Concessionária Yamaha critica BR-319 com desafio na terra

A concessionária Braga Motors Yamaha levou sete pilotos a rodar na única estrada brasileira que liga Manaus ao resto do país

Yamaha Crosser
A estrada nunca recebeu uma manutenção adequada (Foto: Yamaha | Divulgação)
Por Lucas Silvério
Publicado em 01/10/2024 às 19h00

A concessionária Braga Motors Yamaha promoveu o “Desafio Amazônico Crosser”, evento que reuniu sete pilotos com a missão de percorrer a BR-319 em cima da menor trilheira da japonesa. A aventura que durou três dias foi uma forma que a marca encontrou de criticar a qualidade da estrada, que é a única que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO) e ao resto do país e claramente necessita de pavimentação.

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Sete pilotos participaram do desafio (Foto: Yamaha | Divulgação)

O desafio que aconteceu na última semana percorreu 1.800 km, considerando ida e volta de Manaus a Porto Velho. 

Além da crítica à estrada, a concessionária Yamaha ainda aponta para o severo período de seca que atinge a região Norte e mostra a importância de diferentes alternativas de deslocamento. No Amazonas, por exemplo, o transporte fluvial, um dos principais meios utilizados na região, foi muito afetado pelas baixas dos rios. Ademais, o estado não tem uma rota terrestre adequada para suprir as necessidades geradas pela seca. Como consequência, cidades, comunidades e setores econômicos se tornaram mais isolados e tiveram o abastecimento de insumos essenciais prejudicados.

De acordo com o CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), a indústria também é afetada pelas limitações logísticas existentes e estima sobrecusto na casa de R$ 500 milhões para a transportação de produtos.

  • No segmento de motos, a Kawasaki foi uma das afetadas com a baixa das águas. A fábrica de Manaus da verdinha está paralisada até o dia 18 de outubro devido a seca no Canal do Panamá, que culmina em transtornos logísticos para a chegada de insumos. Com isso, matérias-primas para a fabricação estão escassas e a montadora optou pelas férias coletivas dos funcionários.

Na nossa viagem, pudemos presenciar a dificuldade de realizar esse trajeto. Havia muitos buracos e a nossa visibilidade foi muito prejudicada pela poeira de terra, algo muito perigoso por aumentar as chances de acidentes”, afirma Fernando Goellner, um dos pilotos que participaram do desafio.

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Os pilotos realizaram arrecadação e doação de alimentos, para as famílias da comunidade Igapó Açú (Foto: Yamaha | Divulgação)

A concessionária Yamaha acredita que a revitalização da estrada poderá gerar novas oportunidades de crescimento para a região.

Como ação de compensação de emissões de carbono, uma muda de árvore será plantada para cada quilômetro percorrido no desafio Yamaha.

BR-319

Inaugurada em 1976, a BR-319 tem 918 quilômetros de extensão, interliga 22 cidades e nunca passou por uma manutenção adequada. Na década de 1980, a rodovia começou a ser engolida pela floresta Amazônica, chegando até a ser fechada em 1988. Atualmente, recomenda-se que o trajeto seja utilizado de julho a outubro, período de seca na região Norte. Nos meses chuvosos, grande parte da estrada se torna intrafegável, por conta dos lamaçais causados pelas torrenciais.

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4 Comentários
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Marcos 3 de outubro de 2024

Puxa! Ainda bem q plantaram árvores lá. Está faltando árvores na região.

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Anderson Rafael Giacullo 3 de outubro de 2024

Que nosso país é muito mal cuidado em todos aspectos isso nos já sabemos, resta saber o real motivo dessas condições na rodovia, com certeza muitos se beneficiam dessa condições bem vindos ao Brasil.

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Guilherme Couto 3 de outubro de 2024

Hehehe Com duas Crosser, uma XRE 190, uma CB 500 X e uma Yamaha Super Ténéré eu e mais 4 amigos (4 mineiros e 1 capixaba) fizemos o mesmo percurso em um dia e meio

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Vana Guiomar de Queiroz Palmeira 2 de outubro de 2024

Nós amazonenses, precisamos urgentemente que a BR-319 seja recuperada, nossa sobrevivência depende disso. É inadmissível que o Amazonas, seja o único Estado Brasileiro a não ter uma estrada que o interligue ao restante do País. É desumano o que estão fazendo conosco, especialmente agora com esta seca devastadora que nos deixou totalmente isolados do restante do Brasil.
Quem manda no Brasil, somos nós brasileiros, ou essas ONG’s que se dizem ambientalistas, preocupados com a preservação
da floresta amazônica, mas não com a sobrevivência dos amazônidas que dependem da estrada para sobreviver.
Busquem soluções imediatas para esse imbróglio, dependemos disso, nossa sobrevivência depende disso. Tem solução. Basta ter boa vontade, humanidade, e solidariedade.

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