Yamaha XJ6: você lembra da arquirrival da Hornet?
Um dos modelos preferidos dos fãs de motocicletas naked deixou muitas viúvas após o fim das vendas no ano de 2019
Um dos modelos preferidos dos fãs de motocicletas naked deixou muitas viúvas após o fim das vendas no ano de 2019
O lançamento da nova Honda Hornet 750 trouxe de volta a memória da clássica 600 e com isso não há como não se lembrar da sua principal concorrente, a Yamaha XJ6.
A gigante da Yamaha foi sucesso durante seu período de vendas, de 2009 a 2019, e deixou vários fãs com saudades.
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A Yamaha XJ6 N, sim, com “N” — letra sempre deixada de lado — teve como lançamento o seu modelo de ano 2010 e tomou lugar da antiga FZ6, a famosa Fazer 600. A sucessora chegou um ano depois da segunda geração da Hornet, que teve sua primeira fase de 2004 a 2008 e foi redesenhada para a versão 2009.
As duas nakeds de média/alta cilindradas logo se tornaram concorrentes e começaram a dominar a categoria. As duas lideraram o mercado durante os anos de 2010 a 2013 e só saíram da liderança após novos lançamentos das próprias marcas, cedendo lugares para CB 650, CB 500 e MT-07.
As queridinhas do mercado eram famosas por seus motores de quatro cilindros que apresentavam um ronco inigualável. Entretanto, elas têm diferenças bem perceptíveis. E neste quesito não há muito o que se discutir: são 102 cv de potência da Hornet, a 12.000 rpm, contra 77,5 cv a 10.000 rpm da XJ6 N.
Na comparação de torque, a Honda também leva vantagem com seus 6,53 kgfm a 10.500, um pouco a mais que a Yamaha que fica com 6,1 kgfm a 8.500 rpm. Realmente, neste ponto de robustez no motor, a 600 que leva vantagem é a Hornet.
Apesar de não ser tão eficiente na sua motorização, a Yamaha XJ6 N se destaca na comodidade e conforto. A suspensão traseira é do tipo monochoque regulável, o que permite ao piloto ajustar de acordo com seu peso e preferência. Além disso, nas últimas gerações da naked o banco é bipartido, o que serve até como um leve apoio para o piloto.
A suspensão dianteira é telescópica de 130 mm de curso e mesmo sendo sem ajustes absorve bem os impactos do cotidiano.
Além do conforto, o modelo é certeiro no quesito segurança. O sistema de freios é composto por um disco simples de 145 mm na dianteira e dois na traseira de 298 mm. Ela também conta com ABS, mas só nos modelos a partir de 2015.
Todos estes equipamentos são acoplados nas suas rodas aro 17 de pneu traseiro de 160 mm e dianteiro de 120 mm.
Com seus 210 kg, 212 cm de comprimento, 77 cm de largura, 108,5 cm de altura e tanque de 17 l, a XJ6 é capaz de acelerar de 0 km/h a 100 km/h em 4,5 segundos.
Estes conjuntos que formam o corpo de uma das maiores 600 da Yamaha e do motociclismo brasileiro compõem uma moto que, apesar de ser relativamente pesada e grande, também é muito boa para o deslocamento urbano do dia a dia.
A Yamaha XJ6 encerrou suas vendas para dar lugar a uma outra muito forte da categoria, a MT-07. Este modelo da japonesa veio com uma proposta bem diferente da sua antecessora. Com uma pegada mais esportiva do novo estilo streetfighter, a MT que não é tão potente (74,8 cv) é mais forte que suas irmãs mais velhas (6,9 kgfm) e até que a antiga rival, a Hornet.
O modelo da Yamaha XJ6 N ainda pode ser facilmente encontrado em lojas de seminovos. Segundo a tabela Fipe do mês de outubro de 2022 os preços podem variar entre R$ 30.342 e R$ 43.051, de acordo com o ano de fabricação, mas por ser um modelo tão desejado é possível encontrar anúncios em sites de vendas chegando a quase R$ 50.000.
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