Estes 10 carros não foram nem para o 2ª turno e estão fora do mercado
Aproveitamos a onda das eleições de 2022 para relembrar modelos que deixaram de ser produzidos e/ou vendidos este ano
Aproveitamos a onda das eleições de 2022 para relembrar modelos que deixaram de ser produzidos e/ou vendidos este ano
O ano nem chegou ao fim, as eleições vão pegar fogo no segundo turno, mas já tem uma penca de carros que não se reelegeram. São automóveis que tiveram suas produções encerradas entre o apagar das luzes de 2021 e esses nove meses de 2022.
Não foram poucos. Pelo menos 10 carros deixaram de existir neste período. Uns por estratégias das marcas, outros porque já tinham estourado o banco de horas, muitos sacrificados pelo Proconve e alguns porque já não vendiam nada mesmo.
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O fechamento da fábrica da Caoa Chery em Jacareí (SP) pegou muita gente de surpresa. Especialmente quem tinha comprado um Tiggo 3x, lançado em maio de 2021. Pois bem, o SUV compacto, espécie de remodelação do Tiggo 2, chegou cheio de pompa exatamente um ano antes, com motor turbo flex e até teto pintado de preto.
Teve a produção encerrada em maio de 2022 depois que a marca sino-brasileira optou por fechar a fábrica. A empresa alega que vai adequar a unidade paulista para ser uma linha de montagem de modelos elétricos, mas o futuro é incerto, ainda mais que a Chery tem novo controlador lá fora.
Teve quem apostasse que o WR-V duraria um pouco mais que as antigas gerações de Fit e City, com os quais o crossover compartilhava plataforma e que foram descontinuados em novembro de 2021. Mas em janeiro deste ano o monovolume metido a SUV deu adeus ao mercado brasileiro, 14 meses após ser remodelado e ganhar mais equipamentos.
A expectativa era de que o WR-V até durasse um tempo para cobrir o portfólio da marca, uma vez que o City hatch só foi lançado no fim de fevereiro e a segunda geração do HR-V só chegou no segundo semestre. As baixas vendas e readequação na linha de montagem, contudo, selaram o fim do modelo.
Outro que morreu antes do Carnaval. O ix35 deixou de ser fabricado na unidade do Grupo Caoa em Anápolis (GO) na última semana de fevereiro e pôs fim a uma história de 13 anos. Segunda geração do Tucson, o modelo foi lançado aqui em 2009 com este nome para conviver com o velho SUV médio.
Passou a ser produzido em Goiás em 2013 e um dado curioso é que três gerações diferentes do mesmo carro chegaram a ser produzidas na unidade: o velho Tucson já citado, o ix35 e o New Tucson, a terceira fase do utilitário esportivo, apresentada aqui em 2016.
De qualquer forma, o ix35 foi tirado da prateleira também pelas novas normas de emissões do Proconve L7. As baixas vendas e o projeto defasado não justificavam o investimento necessário para adequar o SUV à nova legislação.
Um dos primeiros produtos da Chery feitos sob a tutela do Grupo Caoa, o Tiggo 2 foi outra vítima do fechamento da fábrica de Jacareí. O compacto, que nada mais era que um Celer metido a SUV, estreou em 2018 para ser a porta de entrada da marca no país. Usou o mesmo motor 1.5 16V de 115/110 cv até o fim de vida, decretado em maio.
O simpático jipinho feito pela HPE Motors em Catalão (GO) foi outro que não sobreviveu ao Proconve L7. Oficialmente, o Jimny de primeira geração – a mais nova é importada do Japão – deixou de ser feito na unidade goiana em fevereiro, mas a verdade é que o utilitário esportivo compacto sequer virou o ano.
Foi outro que fez hora extra, justiça seja feita. O Jimny começou importado do Japão em 1998 e durou até 2003, quando a Suzuki Veículos bateu as asas do país. Retornou em 2008 por meio do Grupo Souza Ramos (hoje HPE) e em 2012 começou a ser montado em Itumbiara (GO), para depois ser transferido para Catalão.
No último dia de 2021 a Fiat decidiu encerrar a produção do Grand Siena. Lançada em 2012, a segunda geração do sedã compacto foi produzida em Betim (MG) por quase 10 anos e tinha forte apelo nas vendas diretas, graças ao custo/benefício. Teve três opções de motores, muitas versões (inclusive a Tetrafuel, com GNV) e algumas séries especiais.
Deixou de existir em parte pela cota de emissões que a montadora precisa atingir para atender ao Proconve. Mas também por ser um modelo datado em um segmento cujas vendas desidratam ano a ano – e onde o Cronos se apresenta mais moderno e espaçoso.
O SUV deixou de existir na mesma época do fim “oficial” do Jimny. Ambos os modelos eram feitos em Catalão pela HPE, mas na ocasião (fevereiro) a empresa chegou a dizer que a produção do Outlander Sport estava “suspensa” e que o modelo poderia se adequar à norma do Proconve. O que não aconteceu e o crossover não se reelegeu.
Detalhe é que o Outlander Sport é outro caso de carro que deve ter deixado seus donos muito felizes com a marca. Lançado em 2020 e feito sobre a plataforma do ASX, chegou com uma proposta de se posicionar entre o crossover de entrada e o Eclipse Cross. Mas foi para a cova quase simultaneamente com o ASX, que deixou de ser fabricado em dezembro de 2021.
A dupla se despediu das linhas de montagem da General Motors em Gravataí (RS) no último dia de 2021. Gerações antigas de Onix e Prisma, os modelos compactos já estavam também sem muita força na produção, já que, com a crise dos semicondutores, a montadora obviamente preferia privilegiar a segunda geração do Onix.
Pesou o fator Proconve também. Projetos de 2012, hatch e sedã usavam o velho motor 1.0 Família I da GM.
A então única multivan de passageiros do mercado teve a produção finalizada juntamente com a do Grand Siena, no apagar das luzes de 2021, depois de 20 anos de labuta. Lançado em 2001, o Doblò foi outro modelo cujas vendas não justificariam um investimento para adequá-lo às novas normas de emissões.
Até porque o carro – produzido sobre a base do primeiro Palio, de 1996 – já era feito basicamente sob encomenda. Dizem que, nos últimos três anos, só entrava na linha de produção em Betim (MG) quando tinha encomenda de algum grande frotista.
A gente encerra a lista de carros que não se reelegeram com um cuja candidatura já está comprometida em um futuro breve. Após 42 anos, o Gol vai se despedir do mercado brasileiro como o carro de maior sucesso da nossa indústria, com mais de 8,5 milhões de unidades produzidas desde 1980.
Três gerações e cinco reestilizações depois, o hatch compacto encontrará o descanso até o início de 2023. Tem se destacado no ranking de emplacamentos recentemente pelo fato de a Volks priorizar a produção do carro em Taubaté (SP) para atender a encomendas represadas de frotistas.
No primeiro trimestre de 2023, a função de Volkswagen de entrada no país passará para o Polo Track, que terá design diferente do hatch recentemente remodelado, e que será bastante aliviado em equipamentos. Para 2024, ainda é aguardado o “substituto” do Gol, uma nova linha de SUVs de entrada para brigar na base do mercado
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Pra mim, os 2 únicos que deixarão saudade é o Jimmy e o Doblo. Pelo uso que se dava a eles eram satisfatórios.