Do antigo, só o nome: 10 carros com gerações totalmente diferentes
Entre outra linhagem e outra, as mudanças são tão profundas que envolvem até plataforma e mecânica: nesses casos, o projeto é completamente refeito
Entre outra linhagem e outra, as mudanças são tão profundas que envolvem até plataforma e mecânica: nesses casos, o projeto é completamente refeito
Alguns automóveis agradam tanto os consumidores que acabam permanecendo por décadas no mercado. É claro, porém, que os produtos vão evoluindo ao longo do tempo. Às vezes, as mudanças são tão drásticas que, em relação às gerações passadas, esses carros mantêm apenas os nomes.
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O listão de hoje é justamente sobre isso: enumeramos os modelos à venda no Brasil que já passaram por verdadeiras metamorfoses. Nesse ponto, vale destacar que consideramos novas gerações apenas aquelas nas quais os carros são reprojetados por completo. Reestilizações e outras atualizações superficiais não entraram na conta. Confira!
Há quem diga que a primeira geração do Uno é raiz, enquanto a segunda é Nutella. Independentemente das preferências, o fato é que as duas safras são completamente distintas: o modelo, lançado no Brasil em 1984, foi reprojetado a partir do zero em 2010. Elas conviveram no mercado até 2013, quando a mais antiga saiu de linha.
Apesar das diferenças em termos de concepção, os designers da Fiat se preocuparam em manter a identidade do modelo. Tanto que a segunda geração manteve as linhas retas características da antecessora, mas aboliu os cantos vivos. O fabricante até deu um nome a esse estilo: “Round Square” (algo como quadrado arredondado).
Ainda recente no mercado, a nova Strada dá continuidade a uma história que começou em 1998. Naquele ano, era lançada a picape compacta da Fiat, derivada do primeiro Palio. O modelo chegou para completar a família do hatch, que já contava com o sedã Siena e com a perua Weekend.
A atual Strada não tem uma filiação tão clara: a plataforma mescla elementos construtivos de Mobi e Uno a uma nova seção traseira. As duas gerações da caminhonete estão no mercado e devem coexistir até o fim do ano que vem. A partir de 2022, a antiga deve enfim se aposentar.
Já avaliamos a nova Fiat Strada. Assista ao vídeo!
Outra picape compacta com gerações bastante diferentes no Brasil é a Montana. O caso do utilitário da Chevrolet, inclusive, é bem particular: enquanto a primeira geração, lançada em 2003, era baseada na plataforma Gamma, mais moderna, a segunda, que chegou em 2010, passou a utilizar a antiga base 4.200.
Para muitos, o design da Montana também regrediu em design. É que o modelo original era derivado do Corsa, enquanto o atual baseia-se no Agile. Mesmo ultrapassada, a picape compacta da Chevrolet deve permanecer no mercado ao menos por mais um ano.
O Onix nem tem tanto tempo assim de mercado: estreou no Brasil em 2012. Apesar de ainda ser relativamente jovem, ganhou uma geração inteiramente nova em 2019. Pode até não parecer, mas as mudanças no projeto foram radicais e envolveram até a plataforma. A base Gamma II deu lugar à GEM.
Assim como ocorreu com Uno e Strada, o novo Onix também não tirou o antigo do mercado, ao menos de imediato. O modelo antigo mudou de nome e passou a se chamar apenas Joy, mas segue à venda. Ele é outro que tem um ano de vida pela frente.
Poucos carros mudaram de maneira tão nítida entre uma geração e outra quanto o Ka. O hatch da Ford chegou em 1997 e se destacava pelo design fora do comum. Em 2009, o modelo passou por uma ampla remodelação, mas um projeto realmente novo só ganhou as ruas em 2014.
As medidas do Ka cresceram em todos os sentidos, de modo que ele deixou de ser subcompacto e virou compacto. Outra mudança notável foi a adoção de uma carroceria de quatro portas, coisa que nunca havia existido na gama.
Popularmente, muitas das reestilizações da linha Gol passaram a ser classificadas como “gerações” pelo mercado. Nessa lógica, já seriam sete safras desde o lançamento, em 1980. O caso é que, a rigor, o hatch só foi totalmente reprojetado duas vezes: em 1994 e em 2008. As outras mudanças foram menos profundas.
O Gol é um dos automóveis mais longevos do Brasil e deu origem a uma gama de derivados. A perua Parati foi extinta em 2012, mas a picape Saveiro segue acompanhando o hatch e ganhou gerações inéditas em 1997 e em 2009. O caso do sedã Voyage é mais particular: a produção foi suspensa entre 1996 e 2008, de modo que, da primeira safra, o modelo saltou diretamente para a terceira.
A atual linhagem do Gol utiliza a plataforma PQ24 e, assim, é a primeira a ter motor em posição transversal. O hatch deve passar por mais uma reformulação completa no ano que vem ou, mais tardar, em 2022. A partir de então, passará a adotar a nova arquitetura global que a Volkswagen chama de MQB.
Externamente, as duas gerações do Citroën C3 são bem parecidas. Isso foi proposital, para manter a identidade do hatch, mas faz com que alguns consumidores pensem que nunca ocorreram alterações radicais na linha. Ledo engano: em relação à primeira geração, lançada em 2003, a segunda, de 2012, é nova até na plataforma.
Por muitos anos, o C3 foi o principal produto mais vendido da Citroën por aqui. Nos últimos tempos, porém, o modelo tem sido ofuscado pelo C4 Cactus. Isso se deve, em grande parte, ao envelhecimento do projeto: um sucessor não deve demorar a surgir.
A abertura do mercado brasileiro às importações, na década de 1990, trouxe um tsunami de novos veículos, entre os quais o Corolla. Em 1998, a Toyota nacionalizou o modelo e, desde então, cinco gerações já foram fabricadas no país. A última linhagem ainda é recente: foi lançada no ano passado.
A evolução do modelo ao longo desse período é tão grande que, comparada à primeira safra, a atual só tem em comum o nome e a carroceria do tipo sedã. Futuramente, as semelhanças serão ainda menores. É que a Toyota está desenvolvendo um SUV baseado no modelo, que se chamará Corolla Cross. O lançamento está previsto para 2021.
O arquirrival do Toyota Corolla tem uma trajetória igualmente cheia de reformulações. O Honda Civic também desembarcou no Brasil como importado e tornou-se nacional. A produção no país iniciou-se em 1997: de lá para cá, cinco gerações passaram pelo mercado.
As similaridades com o principal concorrente não param por aí. Assim como ele, o Civic acabou ficando com poucas similaridades com os antecessores mais distantes após tantas alterações. Uma nova geração deve surgir em 2022.
Desde o lançamento, em 2003, o Fit ocupa a posição de carro de entrada da Honda no Brasil. Desenvolvido para ser pequeno, mas espaçoso, o modelo mescla características de hatch e de monovolume. Esse conceito foi mantido na segunda geração, que data de 2008, e na terceira e última, de 2014.
Um derivado do Fit também já tem diferentes linhagens do país: o City. Nem parece, mas dos dois compartilham mecânica e plataforma. O sedã da linha foi nacionalizado em 2009 e totalmente reformulado em 2014.
Uma nova safra do Fit já é vendida no exterior, mas, devido à ascensão dos SUVs, que derrubou a demanda por hatches e monovolumes, a chegada ao país é incerta. É possível que a Honda reformule apenas o WR-V, outro derivado direto. Porém, a situação do City é mais favorável: o desembarque é esperado para 2021.
Fotos: Divulgação
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Para mim a mais radical foi o classe A da Mercedes.
São carros completamente diferentes.
A atual geração do Ford Ka está muito mais para o Antigo Ford Fiesta (1999/2000), tanto o hatch quanto o sedan. Até parece nova geração deste.
Essas montadoras entendem de Marketing pois sabem da importância de suas marcas e do nome de seus carros de sucesso!