Relembre 10 carros que fizeram sucesso quando Lula foi presidente
Eleito para um terceiro mandato, ex-metalúrgico já comandou o Brasil entre 2003 e 2010, época marcada por lançamentos importantes da indústria automotiva
Eleito para um terceiro mandato, ex-metalúrgico já comandou o Brasil entre 2003 e 2010, época marcada por lançamentos importantes da indústria automotiva
No último domingo (30/10), Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito presidente do Brasil pela terceira vez. O ex-metalúrgico já esteve no poder entre 2003 e 2010, época marcada pelo crescimento na produção de carros no país.
Esse período antecedeu ao recorde de vendas de carros novos no Brasil, em 2012, com 3.801.859 unidades emplacas de acordo como a Fenabrave. Nesse período dos dois primeiros mandatos do Lula houve lançamentos importantes, confira a seguir.
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Hoje a Ford nem produz mais no Brasil, mas no fim de 2002 apresentou para a imprensa o revolucionário EcoSport. Esse carro inaugurou o segmento dos SUV compactos, que hoje é um dos mais fortes do mercado nacional.
Suas vendas se iniciaram em 2003, quando emplacou 27.177 unidades e conquistou a 13ª colocação no ranking dos carros mais vendidos. Isso o colocou na frente de outros carros familiares compactos, como a Chevrolet Meriva, o Fiat Palio Weekend e o Honda Fit.
A Toyota começou a fabricar o Corolla no Brasil em 1998, mas o sedã só dominou o segmento de médios a partir da geração seguinte. Ele foi lançado em meados de 2002, e conquistou o público de forma a se manter como o último sedã médio nacional atualmente.
Em 2004, já com o Brasil sob a gestão de Lula, a Toyota lançou a perua Fielder. O modelo nacional da station era algo único no mundo – ela era feita apenas no Japão com uma dianteira diferente da usada por aqui.
A Fielder reviveu o mercado de peruas médias no Brasil, que contava apenas com a Marea Weekend e a importada Peugeot 307 SW. O sucesso foi grande, mas ela não teve sucessora, pois a a geração seguinte, vendida no Japão, trazia carroceria mais estreita que a do sedã nacional.
A Volkswagen já tinha o carro mais vendido do país há décadas, porém o Gol já estava envelhecido e sua concepção de motor longitudinal limitava o espaço interno. O Fox nasceu como uma alternativa de compacto mais espaçoso, trazendo soluções vindas das minivans.
Ele era feito na moderna (para a época) plataforma PQ24, a mesma do Polo. O desenho foi assinado por Luiz Alberto Veiga e pode ser considerado como um dos melhores da marca na Brasil, recebendo elogios até da matriz alemã.
O Fox nunca chegou a incomodar o Gol, mas obteve bons resultados no mercado. Com exceção de 2003, o Fox, junto do aventureiro CrossFox, ficou no top 10 de carros mais vendidos de toda a gestão Lula. O melhor ano desse período foi 2010, com 143.768 unidades e a 4ª colocação.
A Meriva é um projeto muito importante para a Chevrolet do Brasil, mas não é pelas suas vendas. A engenharia brasileira projetou essa minivan derivada da terceira geração do Corsa, e o serviço ficou tão bom que os alemães da Opel produziram o carro por lá.
Ela trazia soluções inteligentes no interior: o banco traseiro trazia o sistema FlexSpace, que permitia regular a distância longitudinal do assento para priorizar passageiros ou carga, além de ter a função de escamotear a porção central e fazer da Meriva um carro para quatro ocupantes.
Sua sucessora foi a Spin, que também substituiu a minivan média de 7 lugares Zafira. O modelo mais novo era mais espaçoso que a Meriva, mas trazia bancos simples e nenhum tipo de modularidade.
Os japoneses começaram a fazer carros de passeio no Brasil com os sedãs médios. A Honda foi a primeira a se aventurar no segmento de compactos trazendo o Fit, uma mistura de hatch e minivan com bastante espaço interno.
Esse carrinho de apenas 3,83 m de comprimento trazia espaço no banco traseiro melhor do que muito carro médio e um porta-malas de 353 litros — números que muitos SUV atuais nem sonham em ter. Seu motor 1.4 com duas velas por cilindro rendia 80 cv, mas seu destaque era o baixo consumo de combustível. O Fit teve a primazia de ser o primeiro carro nacional com um câmbio CVT.
O Honda Fit foi bem no mercado. Seu lançamento foi em 2003, primeiro ano da gestão de Lula, e neste ano conseguiu vender mais do que Peugeot 206, Chevrolet Corsa, Fiat Palio Weekend e Renault Clio.
A Chevrolet Montana foi lançada no primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e está programada para voltar em 2023. A picape nasceu como uma compacta, derivada do Corsa de terceira geração.
Ela se destacou pelo design: a caçamba trazia para-lamas destacados inspirados nas caminhonetes step-side norte-americanas. Além disso, ela tinha um degrau para facilitar o acesso. Outro item que chamava a atenção era a boa dirigibilidade e o conforto garantidos pela suspensão traseira com molas helicoidais, que ainda proporcionava uma capacidade de carga para 735 kg.
Por muitos anos a Montana tirou a segunda colocação do segmento da Volkswagen Saveiro. A nova geração, que chega em breve, tem ambições similares. Ela subiu para o segmento intermediário e tem a tecnologia e o espaço interno como argumentos para peitar a Fiat Toro.
De tempos em tempos algum sonhador decide lançar um esportivo nacional. A abertura das importações dificultou a vida desses carros fora de série, mas não impediu os empresários José Orlando Lobo e Fábio Birolini de criar o Lobini H1.
O projeto começou no final dos anos 1990, com planos de usar o motor 2.0 turbo do Fiat Marea. O resultado final trazia mecânica diferente, o 1.8 20v turbo da Volkswagen. O que foi mantido foi a posição central do propulsor e peso baixo de 1.025 kg.
O Lobini foi lançado em 2005, em 2007 passou por uma atualização de estilo e recebeu um novo acerto de suspensão feito pela Lotus. Em 2013 ele saiu de linha, deixando o Brasil sem ter um esportivo genuinamente nacional.
Mais acima falamos de como foi difícil fazer um sucessor para o Gol. O Fox acabou não sendo esse carro, mas serviu como um complemento para a linha de compactos da marca. Dois mil e oito foi o ano que o Gol finalmente passou por uma revolução, apenas dois anos antes do fim do mandato de Lula.
A antiga plataforma com motor longitudinal foi abandonada a favor da PQ24, que já estava há alguns anos no mercado. O Gol era mais simples que o Fox e o Polo em vários aspectos: as rodas eram presas por quatro parafusos no lugar de cinco, a versão 1.0 de entrada não trazia barra estabilizadora e o eixo traseiro foi reaproveitado do Gol antigo.
Várias críticas foram resolvidas, como a da posição de dirigir desconfortável, os movimentos excessivos da carroceria em acelerações e frenagens e o padrão de qualidade da montagem da carroceria subiu para os níveis globais da marca.
Esse Gol lançado em 2008 é basicamente o mesmo que ainda é vendido hoje — e que logo deixará de ser feito. Mudanças no desenho, interior e motorização foram feitas durante esse tempo, mas características como a caixa manual de engates precisos e a boa dirigibilidade continuam.
Como os dados da Fenabrave não separam o novo Gol do antigo G4, fica difícil saber o mix de vendas da época. O hatch feito em Taubaté (SP) emplacou 285.914 unidades em 2008, no ano seguinte passou das 300 mil unidades.
A oitava geração do Honda Civic sozinha já merecia um destaque, mas ter sua versão esportiva produzida por aqui foi um grande feito para a época. Essa geração do Civic Si foi a única feita no Brasil e até hoje é a mais adorada pelos fãs da marca.
O pacato sedã médio ganhou o motor 2.0 K20 de aspiração natural, capaz de girar até 9.000 rpm e produzir 192 cv. O câmbio era manual de seis marchas, que passava a força para as rodas através de um diferencial de deslizamento limitado mecânico. A briga contra o VW Golf GTI era boa, o hatch alemão trazia motor turbo com um comportamento completamente diferente.
A Fiat sempre tentou inovar nos segmentos que participa. A picape compacta Strada já trazia uma inovação com a opção por cabine estendida. O fabricante notou que um banco traseiro para essa opção de cabine era um acessório comum e viu o espaço para uma versão da caminhonete com mais espaço para pessoas.
Foi assim que a Strada cabine dupla foi lançada em 2009, próximo ao final da gestão de Lula. No começo ela trazia apenas duas portas e um acabamento plástico escondia uma junção das chapas. Mesmo com caçamba menor, essa versão ganhou seu espaço no mercado.
Mais tarde a Fiat atualizou a Strada cabine dupla com uma lateral nova e uma terceira porta, no lado direito. A nova geração lançada em 2020 veio com quatro portas na cabine dupla. A única rival a fazer esse tipo de carroceria foi a Saveiro, que ainda possui apenas duas portas.
Nos anos 1970 o governo criou o Proalcool, programa para incentivar o uso do etanol para fugir da alta do petróleo. Nos anos 1990, o consumo do combustível vegetal começou a cair e era comum ter carros novos sendo lançados apenas a gasolina.
O carro flex veio como forma de voltar a incentivar o consumo do etanol como também dar opção de escolha aos motoristas. O primeiro carro flex moderno apresentado foi um Ford Fiesta, mas quem chegou antes as ruas foi o Volkswagen Gol TotalFlex em 2004.
Hoje existem todos os tipos de motores flex no Brasil, incluindo os turbo e o do Corolla híbrido que funciona no ciclo Atkinson. Agora que a Índia está investindo no etanol, o nosso país poderá ter uma função importante de exportar essa tecnologia para o outro lado do mundo.
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Bons tempos, comprei meu primeiro carro zero em 2003, no primeiro ano do governo Lula, um Renault Clio. Em menos de 3 anos, já pude comprar outro.
Isso não se faz Bóris… ficar sem ideias de assunto de carro e colocar idiotas alienados a brigar. Tenha mais respeito como o zé povinho, por favor. E fiquem à vontade para me criticar.
Que desgraca completa lembrar essa besta ditadora numa materia. Que o diabo o carregue.
Melhor época para as montadoras, neste período me dei ao luxo de ter 2 carros na garagem, ganhaca muito bem, país indo indo bem. Só não concordo terem acabado com as peruas, a fielder é sensacional, hoje tenho uma weekend. Parabéns pela reportagem.
Lamentável fazer reportagem lembrando esse ladrão… Vai pro inferno Vrum…. Vou para outras opções.
Bons tempos, onde foi reduzido artificialmente o IPI para enganar os eleitores. Bons tempos, 9 carros dessa lista já saíram de linha. Bons tempos, ex metalúrgico naquela época e ex outra coisa agora. Bons tempos virão agora, onde todos irão vender seus carros e andar de bike para emagrecer, pois teremos fartura de picanha e cerveja na mesa. Bons tempos.
Naquela época BOB HIPNOTIZADO, comprei tudo o que tenho hoje e acredite, não é pouco.
Ah, e sem precisar sonegar impostos ou cometer falcatruas.
Talkey?
Keylla Patrycya, se você está se referindo a Neymar e aos Imoveis, tá ok sim.
Você deve ser muito rica.
Agora que ficaremos socialistas, vamos dividir tudo então.
Anota meu pix : picanha@triplex.odebtecht.petro
Da série, perco a amizade, mas não perco a piada. Faltou o CARRO FORTE. Acho que roubaram até a foto.???
Kkkkk boa!
Faltou o camburão nessa lista se fosse um país sério ele teria estado na mídia por muito tempo rsrsrsrs
Bons tempos ?aonde todos éramos roubados e não sabíamos né kkk
Você continua a ser roubado, mas está cego e batendo palmas, desejando um ditador. Agora, vc tem a chance de cobrar e exigir o melhor, a não ser que queira continuar sendo roubado.
Ditador é aquele que está na Suprema Corte que faz o que bem entende só na base da canetada.
Bons tempos foram aqueles, que jamais serão esquecidos.