10 coisas que o seu mecânico vai odiar que você faça com seu carro!
Quer visitar a oficina só de vez em quando? Siga essas dicas bem básicas para passar bastante tempo longe dela
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Tem gente que é amigo do mecânico, daqueles fiéis. Volta e meia está na oficina, já conhece todos os funcionários pelo nome, leu todas as revistas da sala de espera do estabelecimento e sabe até a data de aniversário do pessoal. Mas não é longe ficar dessa rotina.
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Basta seguir as dicas simples que o AutoPapo traz agora. São 10 coisas que o seu mecânico vai odiar, mas seu carro vai agradecer que você faça.
São vários os fluidos que fazem as engrenagens do seu veículo funcionarem. Só basta respeitar os prazos de trocas e as recomendações de fábrica que você provavelmente não terá problemas.
A começar pelo motor. Troque o óleo, geralmente a cada 10 mil km – o manual do proprietário indica os intervalos. Em caso de carro com cinco ou mais anos de uso, a dica dos engenheiros é reduzir esses prazos para a cada 7 mil ou 8 mil km.
Tão importante é colocar o lubrificante dentro das especificações ditadas pela montadora – está no manual também. Óleo errado vai fazer o motor trabalhar com maior atrito entre as peças e em temperaturas mais altas, o que vai acelerar o desgaste do conjunto, aumentar o consumo de combustível e até originar a formação de borra.
O mesmo vale para outros fluidos. O óleo do freio, por exemplo, tem a função de transferir a pressão correta do pedal durante o acionamento das sapatas e pastilhas para ajudar o carro a frear. Além disso, evita a oxidação dos componentes do sistema de frenagem. A troca, geralmente, é a cada 20 mil km, mas confira no manual.
Não esqueça o fluido da transmissão, que deve ser vistoriado frequentemente. Os prazos de trocas do óleo da caixa são bem mais espaçados – confira no manual -, porém é preciso monitorar se não há vazamentos.
Tem ainda o sistema de arrefecimento. A “água do radiador” é responsável por manter a temperatura ideal do conjunto, de forma que o motor opere nas condições corretas. Por isso, deve ser checada regularmente.
Geralmente as fabricantes sugerem a troca do líquido do sistema de resfriamento a cada 30 mil km, mas é preciso ver no manual do automóvel. Nada de “completar a água” – até porque se o nível está baixo pode ter algum vazamento – e se o líquido estiver com aspecto sujo é hora de trocar, independentemente da quilometragem.
A água usada no sistema de arrefecimento deve ser desmineralizada. Ao mesmo tempo, é preciso aplicar o aditivo recomendado pelo fabricante, o etilenoglicol, que vai evitar que o sistema tenha superaquecimento ou atinja o ponto de congelamento do líquido em regiões frias.
Deixe para acelerar que nem um esganado no “GTA”. Com seu carro, acelere com parcimônia. Principalmente logo após dar a partida do motor. Nos dois primeiros minutos, evite acelerações bruscas e ou passar das 2.500 rpm com o motor ainda frio, o que forçará o propulsor e suas peças.
Mesmo com o sistema “quente”, não tem porquê acelerar forte nas saídas de semáforo. Tal prática gera uma sobrecarga desnecessária em todo o conjunto mecânico, causando folgas nos componentes internos do motor.
Aquela prática de, mesmo com trânsito parado à frente, acelerar e parar em cima é outro desastre para o carro. Comece a desacelerar já ao avistar o semáforo vermelho ou a via engarrafada.
Além de evitar danos mais extremos, como empeno dos discos dos freios, você vai poupar as pastilhas. Quer dizer, não vai precisar trocar as peças antes dos prazos, uma coisa que seu mecânico vai odiar.
Ande com o carro sem excesso de peso. O manual do proprietário informa a carga útil permitida, ou seja, o quanto de peso o veículo foi projetado para suportar. O número considera passageiros e bagagem.
O excesso de peso no carro sobrecarrega diversos itens, como freios e amortecedores. Se você andar sem abarrotar o carro, vai fazer com que esses componentes dure mais. O motor também vai precisar fazer menos força, o que contribui para a uma maior vida útil do conjunto mecânico e menor consumo de combustível.
Ninguém gosta de cair em buracos, mas às vezes eles são inevitáveis. Se a rua está parecendo um campo de testes de mísseis, tente passar devagar e com as rodas retas. Ao passar leve em buracos você vai preservar o conjunto da suspensão, rodas, pneus, discos do freio, barra de direção e até o eixo.
Abastecer no posto de confiança e com combustível de qualidade é uma das coisas que o seu mecânico vai odiar que você faça. Gasolina ou etanol de boa procedência contribuem para o motor trabalhar bem e o automóvel consumir menos. Você ainda pode dar preferência à gasolina aditivada, que tem dispersantes e detergentes que ajudam a manter o conjunto limpo.
Tenha sempre três ou quatro postos no seu radar para abastecer. Outra pedida é consultar o site da Agência Nacional do Petróleo (ANP) para saber se o estabelecimento já foi autuado por irregularidades. Tem ainda o teste do combustível que qualquer consumidor pode exigir e que, por lei, tem de ser feito na hora e na presença do consumidor.
Passar as marchas no tempo certo e não ficar com aquela mão boba sobre a alavanca são outros hábitos que seu mecânico vai odiar. Esticar demais as mudanças e só fazê-las em rotações altas força o motor, enquanto usar marchas altas em velocidades baixas prejudica as válvulas.
Além disso, faça as mudanças de forma suave, sem movimentos bruscos ou fortes na alavanca, para não acelerar o desgaste do sistema e do trambulador. O mesmo vale para as caixas automáticas. Também só engate a ré quando o carro estiver totalmente parado.
Calibre os pneus do seu carro uma vez por semana e com a pressão indicada pela fabricante no manual. Pneu descalibrado vai aumentar a resistência à rolagem, o que significa que o motor vai fazer mais força para mover o seu carro – além de tudo, beber mais.
Mantenha também o alinhamento e o balanceamento em dia, para evitar desgastes desproporcionais de outros componentes do automóvel. E respeite os diâmetros especificações de rodas e pneus para não comprometer a calibragem da suspensão para o qual o veículo foi projetado.
Apesar de muitas marcas recomendarem a substituição do filtro a cada duas trocas de óleo, faça a reposição dos dois ao mesmo tempo. O filtro de óleo é uma peça barata e é a responsável por impedir a passagem de impurezas e resíduos que podem contaminar o óleo e acelerar o desgaste das peças do motor.
Trocar o filtro de ar (elemento) dentro dos prazos é outro fator que está entre as coisas que você fará e que seu mecânico vai odiar. A peça evita que partículas e detritos passem para a câmara de combustão e causem aquecimento do motor e perda de potência.
Carro que só roda 10 km por dia em trajetos curtos e por pouco tempo estão dentro do que os engenheiros consideram uso severo. O motor demora a atingir a temperatura ideal de funcionamento e, quando atinge, já é hora de parar. Isso exige mais de todo o conjunto e acelera o desgaste de várias peças.
E como viajar é ótimo, aproveite e leve seu automóvel para passear. A velocidade de cruzeiro vai fazer um bem danado ao seu motor.
Na estrada, alterne acelerações (sem exageros) e, de vez em quando, dê uma esticada de leve e em rotações mais altas. Segundo especialistas, essa prática contribui para expelir impurezas da câmara de combustão e do sistema de exaustão.
A manutenção preventiva a cada 10 mil km ou um ano fará até seu mecânico gostar um pouco de você. Claro que quem faz reparos corretivos no carro acaba gastando mais dinheiro nos consertos. Mas a revisão periódica ajuda a manter as boas relações, uma frequência saudável com a oficina e o ganha-pão do mecânico.
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