10 curiosidades sobre carros que você não deve conhecer
Fatos sobre o universo automotivo que talvez você não conheça e que vale compartilhar com os amigos em um bate-papo
Fatos sobre o universo automotivo que talvez você não conheça e que vale compartilhar com os amigos em um bate-papo
Papo de boteco é sempre legal, mas o clima pode esquentar. Na hora de falar de política ou futebol, os ânimos costumam se exaltar. Antes que o convescote vire um Fla-Flu, vale sacar fatos sobre carros para contar aos amigos e amigas na mesa do bar.
Separamos 10 curiosidades sobre carros que talvez você não conheça, ou não se lembre. São fatos sobre carros, montadoras e até personalidades do setor para contar na mesa do bar e se divertir antes que os copos voem.
Na segunda metade dos anos 1990 a Volkswagen praticamente entregou o segmento de sedãs compactos para General Motors e Fiat. Isso porque abdicou de fazer um Voyage derivado da segunda geração do Gol, lançada em 1994 e conhecida como Bolinha.
A evolução do hatch foi seguida por Parati e Saveiro, mas não pelo três-volumes. A curiosidade sobre carro é que o Voyage Bolinha existiu, pelo menos até a fase protótipo. E chegou a ser apresentado na matriz da montadora alemã.
A questão é que esta segunda geração do Voyage teria sido desenvolvida meio que sem o conhecimento do board da Volks. Aí, meu caro, foi uma briga de egos que mexeu com os brios de altos executivos da matriz, que vetaram o projeto. Algum “iluminado” ainda teve a ideia de colocar o argentino Polo Classic para fazer as honras do Voyage.
O ex-projetista da Volkswagen do Brasil, Luiz Alberto Veiga, inclusive recentemente revelou detalhes e imagens desta história. O fato é que a marca alemã ficou mais de uma década sem um sedã de entrada e a concorrência se esbaldou. Quando o novo Voyage apareceu, em 2008, já chegou defasado em termos de espaço e plataforma e praticamente virou modelo de venda direta.
Muita gente acha que as pessoas que emprestam seus sobrenomes à icônica marca britânica de carros de luxo desenvolveram juntas o primeiro carro da empresa. Mas não foi bem assim.
Em 1884, o engenheiro Frederick Henry Royce fundou sua oficina para serviços mecânicos, em Manchester. Foi nela onde ele criou, 20 anos depois, seu primeiro automóvel com um motor de dois cilindros. Nesta época, ele se esbarrou com Charles Stewart Rolls, um aristocrata e empresário inglês.
Charles era apaixonado por automobilismo e tinha uma rede de lojas de carros de luxo em Londres, chamada CS Rolls & Co. Já Frederick queria comercializar sua invenção e convenceu o lorde a dar uma volta no seu automóvel.
Ele ficou impressionado com o requinte do carro e os dois fecharam uma parceria. A CS Rolls passou a vender com exclusividade os carros fabricados pela Royce Limited. Nasceu, então, a montadora até hoje referência em marca de alto padrão.
Outro fato para contar sobre carros na mesa do bar a respeito da Rolls-Royce é o símbolo com as iniciais da fabricante. Após a morte de Henry, em 1933, a plaqueta com as letras RR adotou fundo preto, em vez do vermelho original, em sinal de luto.
Para evitar a treta na mesa do bar, conta essa curiosidade sobre carros que também deram treta nos anos 1990. Eram tempos de Autolatina e a Ford desenvolveu um hatch compacto em cima da plataforma do Gol Bolinha. Só que a parte Volks da holding, inclusive a rede de concessionárias, não gostou nem um pouco dessa história.
O Gol da Ford teve até um protótipo feito em clay (argila especial usada pela indústria) e seria lançado em 1996. As portas eram idênticas às do hatch da Volks, só que o projeto da Ford revelou um carro com desenho mais refinado e com o estilo liftback do Escort.
Dizem que o hatch foi o estopim para o fim da Autolatina, anunciado em 1994 e formalizado em 1996. Fato é que, com o rompimento, a Ford não conseguiu lançar o seu modelo de entrada e teve de correr para lançar o Fiesta no Brasil, inicialmente importado da Espanha.
Todo mundo já teve essa relação ao entrar em um automóvel 0 km na concessionária. Quem nunca soltou um “hummmm, cheiro de carro novo é tudo de bom”? Só que esse odor agradável é criado em laboratório.
Isso porque a cabine de um veículo tem diferentes plásticos, tecidos, borrachas e espumas misturados a colas, tintas e solventes. As fabricantes têm equipes específicas de osmólogos para evitar que esses materiais emitam odores de vapores que podem ser tóxicos. Desta forma, o “cheiro de carro novo” é resultado da combinação de 50 compostos orgânicos voláteis. Você conhecia essa curiosidade sobre carros?
O Brasil tem uma triste estatística que mostra que o trânsito no país mata cerca de 50 mil pessoas por ano. O primeiro acidente registrado por aqui, felizmente, não teve óbito. E ainda envolveu uma celebridade da época.
Em 1897, o poeta e jornalista carioca Olavo Bilac bateu o Serpollet, um triciclo francês com motor a vapor, em uma árvore no bairro da Tijuca, na zona norte do Rio. O carro pertencia a José do Patrocínio, amigo do autor do Hino à Bandeira, que foi para o carona para Bilac fazer sua estreia ao volante. Os dois saíram sem ferimentos.
Até 1967, vale contar essa curiosidade sobre carros na mesa do bar que os carros na Suécia obedeciam a mão inglesa. Só que as autoridades do país europeu estavam preocupadas com o aumento da frota e dos acidentes viários. A quantidade de veículos mais que duplicou e o número de ocorrências de trânsito triplicou entre as décadas de 50 e 60.
Os acidentes, inclusive, se concentravam em regiões fronteiriças da Suécia com seus vizinhos escandinavos Dinamarca, Noruega e Finlândia, que usavam a mão direita. Some-se a isso o fato de que o governo sueco queria melhorar a imagem e a integração do país, e muitos carros (inclusive os da “nativa” Volvo) já eram vendidos com a direção do lado esquerdo.
Para a alteração, os governos municipais compraram centenas de novos ônibus. Outros 8 mil veículos coletivos foram reformados e adaptados para oferecer portas de ambos os lados. Na parte de infraestrutura de trânsito, 360 mil placas foram trocadas no país em um único dia, véspera da mudança.
Em 3 de setembro de 1967 foi instaurado o Högertrafikomläggningen (verdadeiro palavrão que significa “desvio do tráfego para a direita”, em tradução livre). A data que marcou a mudança no padrão de trânsito da Suécia ficou conhecida como Dagen H (“Dia H”).
No dia, 157 acidentes de trânsito de pequeno porte foram registrados em todo o país, sem vítimas fatais – já abaixo da média das segundas-feiras à época. No primeiro ano da inversão de mão, a Suécia registrou queda de 20% em mortes provocadas por ocorrências viárias.
O nome da marca virou sinônimo de categoria de carro, mas nem mesmo a fabricante tem certeza de como surgiu. Uma das curiosidades legais sobre carros para contar no bar é que a alcunha provavelmente vem das origens militares dos veículos da montadora.
Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), algumas fabricantes estadunidenses estavam credenciadas para fazerem veículos militares, entre elas a Willys-Overland. Oficialmente designado como General Purpose Vehicle (“veículo para utilização geral”, em tradução livre), o modelo era chamado pelos soldados pelas iniciais GP, que, quando pronunciadas em inglês, soam como… “Jeep”.
Mas há outras teorias. Uma delas remete a outro conflito, a Guerra da Coreia (1950-1953). Devido à robustez e simplicidade do carro, os soldados americanos teriam criado uma irônica sigla para definir “Just Enough Essential Parts” (algo como “o mínimo de peças essenciais”).
Ainda existe uma terceira possibilidade. O nome teria sido inspirado em Eugene the Jeep, do desenho animado “Popeye”. O personagem tem poderes mágicos para se teletransportar de um lugar para outro, o que seria uma alusão à robustez dos veículos militares da Willys.
A história oficial diz que o projeto do Fusca é de Ferdinand Porsche, a pedido de Adolf Hitler, que tinha obsessão por um carro realmente popular nos anos 1930. Só que o “carro do povo”, na real, teria sido desenvolvido por um judeu.
Segundo o pesquisador e jornalista holandês Paul Schilperoord, o pai do Fusca é Joseph Ganz. No livro “A Verdadeira História do Fusca”, o autor traz documentos e conta como Hitler se apropriou da invenção do engenheiro judeu e a entregou a Porsche.
Alfred Faucher. Um nome pouco citado no universo dos carros, mas que merece brindes na mesa do bar no bate-papo com amigas e amigos ao falar de curiosidades sobre carros. Oficialmente, o francês foi o inventor de itens que hoje parecem banais, mas que não existiam nos automóveis na virada do século 19 para 20.
É creditada a Faucher, por exemplo, a criação do espelho retrovisor, em 1906. Antes disso, o motorista tinha de botar a cara para fora da janela do carro (ou não) para ver o que se passava ao redor. Na conta do francês também estão equipamentos como a seta indicadora de direção e a luz de freio.
Assim como o nome Jeep, a origem de um dos símbolos mais famosos do mundo tem diferentes teorias. E nem a própria General Motors sabe qual é a certa. Muitos dizem que a gravatinha da Chevrolet foi inspirada em um desenho que o co-fundador da empresa e fundador da GM, William C. Durant, teria visto em um anúncio de jornal.
O historiador estadunidense Ken Kaufmann, inclusive, encontrou uma propaganda, no jornal “The Constitution”, de Atlanta, que pode comprovar tal teoria. O anúncio do carvão Coalettes, na edição de 12 de novembro de 1911 – alguns dias antes da fundação da Chevrolet – da publicação, traz um símbolo bem parecido com a gravatinha.
Já a filha de Durant, Margery, contou no livro “My Father” que o empresário costumava desenhar esboços em pedaços de papel durante o jantar. A marca “teria nascido entre a sopa e o frango frito”, diz ela em sua obra. Outra corrente diz que a gravata, na verdade, é inspirada na cruz da bandeira suíça, país-natal de Louis Chevrolet.
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