Única minivan produzida no brasil tem bom espaço, bancos extras e manutenção baixa, apesar de querer ser chamada de SUV
A Chevrolet Spin é a única minivan ainda produzida no Brasil, e tem opção de 7 lugares. Mas desde o seu lançamento a General Motors sempre tentou colar no monovolume compacto uma imagem de SUV.
O fato é que a Chevrolet Spin tem as qualidades de uma minivan de 7 lugares. Bom espaço interno, posição de dirigir mais alta e os assentos extras na terceira fila fazem do modelo uma boa opção de usado para a família ou mesmo para taxistas e motoristas de app. Veja abaixo 10 fatos sobre a Chevrolet Spin 7 lugares.
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A Chevrolet Spin foi lançada em meados de 2012. Começou sua história no Brasil com duas opções. A de entrada LT de 5 lugares e a topo de linha LTZ, de 7 lugares. O motor desde sempre foi o 1.8 8V.
Ainda em 2013 teve série especial Advantage. Na linha 2014 a Chevrolet Spin já passou por atualizações. O câmbio manual foi recalibrado e a versão LTZ ganhou central multimídia MyLink, ao mesmo tempo em que surgiu a configuração aventureira Activ.
Na linha 2016 a GM adotou tons escuros no acabamento interno da Chevrolet Spin de 5 e 7 lugares. Na virada de linha do ano seguinte, o motor 1.8 teve a potência aumentada e o câmbio manual adotou seis marchas. Além disso, recebeu grade ativa do radiador, direção elétrica e OnStar.
Em 2019, o monovolume sofreu sua primeira reestilização. Dentro, ganhou quadro de instrumentos do Tracker, bancos mais macios, comandos melhores distribuídos e nova calibragem da suspensão e do câmbio automático de seis marchas. No embalo, a Chevrolet Spin Activ passou a oferecer 7 lugares.
Curiosamente, a minivan perdeu a grade ativa do radiador na gama 2021. Ao mesmo tempo em que foi equipada com controles eletrônicos de estabilidade e tração por força da legislação.
Chegou 2024 e, com a concorrência do Citroën C3 Aircross de 7 lugares, a GM atualizou novamente a Chevrolet Spin. Tratando-a no masculino como se fosse um SUV, a montadora reestilizou a minivan, reprogramou o motor e deixou o carro mais equipado.
A minivan é um dos muitos produtos que a GM lançou no Brasil entre o fim dos anos 2000 e início dos 2010. Sobre a arquitetura Gamma II, a montadora abandonou a fase Opel e começou a adotar projetos asiáticos de suas subsidiárias na Coreia do Sul e China.
Desta leva nasceram, além da Chevrolet Spin, modelos como a primeira geração do Onix, o segundo Prisma e o sedã Cobalt. Porém, a minivan pode ser considerada um projeto com foco mais no mercado brasileiro.
Curiosamente, a Chevrolet Spin também foi vendida em outro país. Entre 2013 e 2015 a minivan foi fabricada e comercializada na Indonésia com basicamente o mesmo desenho do carro feito em São Caetano do Sul (SP). Mas com peculiaridades.
Entre elas, volante na direita e opções de motores 1.2 e 1.5. A outra peculiaridade é que a Spin Activ foi lançada na Indonésia como série especial por lá e antes de estrear no Brasil. Com os mesmos apliques “jipeiros”, só que sem o estepe pendurado na tampa do porta-malas.
O desenho da Chevrolet Spin é bastante controverso. O capô prolongado, os contornos arredondados e o teto mais retilíneo renderam à minivan o apelido de Capivara. Pior é a versão Activ com o pneu pendurado na traseira: Capivara com mochila. Ainda bem que o bicho virou mania e se destaca pela empatia…
Apesar de controversa, a Chevrolet Spin sempre manteve um bom volume de vendas. Em seu primeiro ano cheio, teve quase 42 mil unidades emplacadas. Mesmo com o arrefecimento do mercado no decorrer dos anos 2010, manteve-se sempre acima dos 22 mil carros/ano.
Na pandemia, esse patamar baixou para 14 mil, mas em 2023 a Chevrolet Spin voltou a vender mais de 20 mil unidades e, em 2024, chegou perto dos 25 mil licenciamentos. Além disso, já soma mais de 350 mil unidades produzidas em São Caetano desde o lançamento.
Desde o seu nascimento a Chevrolet Spin 5 ou 7 lugares usa sempre o mesmo motor. O 1.8 8V soou familiar? É o velho Família I da General Motors que teve outras capacidades volumétricas e que sobrevive justamente na minivan até hoje.
Na Chevrolet Spin, o motor 1.8 com comando simples começou com potência de 108 cv com etanol e 106 cv, com gasolina, além de torque máximo de 17,1/16,4 kgfm a 5.400 rpm. O 0 a 100 km/h fica acima dos 10,5 segundos.
Em 2018 o conjunto mecânico foi recalibrado. A potência foi elevada para 111/106 cv e o torque subiu para 17,7/16,8 kgfm – e, o melhor, disponível bem mais cedo, a 2.600 rpm. O câmbio manual passou a ter seis marchas, mas o desempenho 0-100 km/h ficou praticamente o mesmo.
Na última modificação, os números do motor da Chevrolet Spin foram mantidos. Porém, a GM diz que colocou um novo módulo de gerenciamento eletrônico do powertrain, com o dobro da capacidade de processamento. A promessa é de redução de 11% no consumo e um 0-100 discretamente melhor: 10,2 s.
É o grande trunfo da Chevrolet Spin, ainda mais com 7 lugares. Tudo bem que os bancos da terceira fila não são lá para qualquer tipo de pessoa, mas acomodam bem crianças. Têm o defeito de não serem totalmente rebatíveis, contudo, mesmo assim, permitem um volume de mais de 520 litros para bagagens.
Na frente, o motorista tem posição relativamente alta de dirigir e com boa parte dos comandos ao alcance dos olhos e das mãos. O volante tem pegada de minivan, mais inclinada e sem ajuste de profundidade, mas os bancos a partir da reestilização de 2019 são confortáveis e com boa densidade.
Na segunda fila os passageiros desfrutam de espaço interessante para pernas, joelhos e ótimo vão para cabeças. Ali cabem três adultos de estatura normal numa boa. A suspensão trabalha bem na dianteira, só que tende a ser meio molenga na traseira. O isolamento acústico é falho.
Vamos de Chevrolet Spin LTZ 7 lugares ano 2017, com motor já recalibrado para até 111 cv e com câmbio automático de oito marchas. Tem preços entre R$ 60 mil e R$ 65 mil e na segurança vem com o básico. Airbags frontais, freios com ABS, sensor de ré, monitoramento de pressão dos pneus e assistente de chamada de emergência.
No conforto, ar, trio elétrico, direção com assistência elétrica, controle de cruzeiro, encosto da segunda fila rebatível e bipartido e ajuste de altura do volante. A central multimídia MyLink tem tela de 7 polegadas, conexão com smartphones, entrada USB e Bluetooth, além de comandos no volante. Rodas de liga leve e faróis de neblina completam o pacote.
Essa linha 2017 da Chevrolet Spin tem grade dianteira com regulagem ativa. Ou seja, ela se fecha para melhorar a aerodinâmica conforme a velocidade. Um recurso que promete melhorar o consumo.
Pela tabela do referido ano do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), a Chevrolet Spin 2017 automática de 7 lugares anota médias urbanas de 7,5 km/l com etanol e 10,9 km/l, com gasolina. Na estrada, respectivamente, 9,2 km/l e 13,1 km/l.
Vamos nos basear na Chevrolet Spin LTZ 2017. O motor 1.8 é bem conhecido dos mecânicos e não costuma ser complexo de mexer. Peças também são fáceis de achar para este conjunto mecânico.
O motor 1.8 é barato de manter mas tem históricos de vazamentos de óleo lubrificante, problemas no cabeçote e defeitos recorrentes no virabrequim, segundo relatos de donos em fóruns digitais e no Reclame Aqui. O motor de arranque é outro ponto sensível na minivan.
Recalls da Chevrolet Spin
10 fatos sobre a Chevrolet Spin 7 lugares:
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