10 lançamentos de carros que decepcionaram o consumidor
Alguns modelos apareceram cercados de expectativa, mas frustraram o mercado por fatores como preço, motorização, qualidade e outras promessas
Alguns modelos apareceram cercados de expectativa, mas frustraram o mercado por fatores como preço, motorização, qualidade e outras promessas
Tem automóvel que gera uma expectativa enorme no mercado, às vezes anos antes de ser lançado. Só que na hora agá, alguns destes carros decepcionam o consumidor na estreia. Seja por posicionamento, preço ou mesmo conjunto mecânico e equipamentos.
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Recentemente, tivemos até um veículo elétrico chinês que frustrou não só o potencial cliente, como até a rede de distribuidores da marca. Relembre outros casos de carros que decepcionaram o consumidor.
O Linea foi mais uma tentativa da Fiat emplacar sedãs no mercado brasileiro, depois de Tempra e Marea. Só que o carro em questão era um compacto, derivado do Punto, e a marca italiana acreditou que ele tinha condições de encarar a categoria de médios, com Civic, Corolla e cia.
A Fiat até tentou dar uma crescida no Linea e esticou o entre-eixos em 9 cm. Mesmo assim, a cabine não oferecia o mesmo espaço e conforto que os pretensos rivais. Outro fato que decepcionou o consumidor no carro: o temeroso câmbio automatizado Dualogic, enquanto o segmento oferecia caixas automáticas convencionais melhores.
O preço salgado no lançamento, em 2008, próximo aos dos japoneses, decepcionou o consumidor. O sedã saiu de linha em 2016 sem nunca ter embalado nas vendas, mesmo depois de ter o preço reduzido e ser reposicionado como um “compacto premium”.
A primeira geração do Classe A foi outro que frustrou no preço. Montado em Juiz de Fora (MG) com mais da metade de componentes importados, o modelo foi lançado em 1999 em meio a uma disparada do dólar e ficou muito mais caro do que se imaginava.
Foi um dos carros que decepcionaram também na estratégia de lançamento. A campanha de lançamento com o slogan “Você, de Mercedes” parecia menosprezar tanto o cliente, como a marca alemã premium. O Classe A brasileiro se despediu em 2006.
O Veloster foi decepcionante pela relação expectativa x realidade. Lançado em 2011, o hatch-cupê de três portas teve aparato forte de mídia, com propagandas – e nome – que sugeriam um modelo com pegada esportiva.
Para piorar, a Hyundai Caoa alardeava que o carro teria potência na casa dos 140 cv. Só que os modelos importados para o Brasil usavam o 1.6 do i30 e do futuro HB20, de 128 cv. Ainda decepcionou na paleta de cores: prata ou preto, apenas.
Isso ainda resultou em uma série de ações judiciais contra o importador oficial da marca sul-coreana. As vendas do Veloster foram encerradas no Brasil em 2014.
A primeira marca chinesa a erguer uma fábrica no Brasil foi a Chery. E o primeiro automóvel feito no país por uma montadora do país asiático foi o Celer. Mas o carro foi um dos que decepcionaram o consumidor de cara.
A expectativa era de que o Celer fosse elevar um pouco o nível do que os chineses ofereciam aqui até então. Mas o acabamento do hatch e do sedã era ruim, o nível de construção da carroceria não agradou e o conjunto mecânico deixou a desejar em termos de desempenho e eficiência.
O Celer ainda decepcionou a própria Chery, que começou a colecionar prejuízos no Brasil. A salvação veio em 2017, quando a Caoa se tornou sócia da chinesa e formou a Caoa Chery. Mesmo assim, o Celer não ganhou segunda chance e teve a produção encerrada em 2018.
Em 2010 havia uma inquietação por parte da mídia e do mercado pela chegada da Amarok. A primeira picape média da Volkswagen prometia trazer a robustez típica da marca e a excelência da engenharia alemã para um segmento povoado por fabricantes japonesas e estadunidenses.
A picape realmente era diferente. Tinha comportamento dinâmico muito mais acertado que das rivais, motor de 163 cv e pegada bastante robusta. Mas, cadê o câmbio automático, Volks?
Pois é, o carro decepcionou de cara por ser oferecido apenas com transmissão manual de seis marchas. As versões com caixa automática de oito velocidades só surgiram dois anos depois.
Em 2020, a Mitsubishi lançou no Brasil o Outlander Sport como o seu mais novo SUV. Mas o modelo, na verdade, usava a base da primeira geração do ASX, datada de 2007, só que com uma “casca” inédita.
A dinâmica e o espaço do Outlander Sport eram os mesmos do ASX – que continuava em linha – e em nada lembravam o Outlander importado do Japão. O carro foi uma decepção e o SUV não durou nem dois anos no mercado, com sua produção em Catalão (GO) encerrada em 2021.
Considerado um dos maiores vacilos da Peugeot por aqui, o 207 brasileiro custou caro às operações locais da marca francesa. O 206 tinha vendido muito bem, só que, em vez de fazer a troca de geração para o 207 como na Europa, a montadora fez uma gambiarra para manter o modelo em linha em Porto Real (RJ).
Em 2008, a Peugeot pegou a arquitetura do 206 e tascou a carroceria do 207 – que ficou famoso como “206,5”. O compacto, inclusive, originou outros carros que decepcionaram o consumidor, como o sedã Passion e a picape Hoggar. Depois disso, a filial brasileira da PSA perdeu qualquer poder de decisão junto à matriz.
Desde as origens, no começo dos anos 2000, o hatch médio foi referência de veículo muito bem construído e acertado.O mesmo valia para as variantes sedã do Focus. Mas a última geração da gama, lançada em 2013, está entre os carros que decepcionaram o consumidor, em especial a variante três-volumes.
Para começar, a Ford batizou o sedã do Focus com o sobrenome Fastback. Não tinha qualquer proposta de estilo neste sentido, muito menos uma pegada esportiva. Pior, a engenharia deu um trato no modelo que o deixou mais parecido com um pacato Corolla. Ainda padeceu com a malfadada transmissão PowerShift.
A Dodge já é mestre em decepcionar o consumidor e o mercado brasileiro. A marca coleciona três sumidas do país e sua última investida se deu com o Durango. O SUV foi mostrado por aqui em 2013 e vinha dos EUA com dimensões generosas: 5,11 metros de comprimento e mais de 3 m de entre-eixos.
Para mover o galipão, motor V6 Pentastar de 286 cv e tração 4×4. Porém, a primeira decepção recaía sobre o câmbio automático de cinco marchas, bastante vacilante e que não contribuía em nada para o desempenho.
A transmissão foi substituída por uma caixa de oito velocidades. Mas o preço do Durango não facilitou as coisas. Em 2015, a Dodge interrompeu a importação do SUV.
O carro mais recente a decepcionar o consumidor é o Dolphin Mini. Isso porque havia uma grande expectativa de que o modelo seria o carro elétrico mais barato do país e custaria menos de R$ 100 mil. Mesmo concessionários da marca falavam disso, o que fez até a Renault a baixar o preço do Kwid E-Tech.
Mas na hora do lançamento, as cifras do carro decepcionaram. O Dolphin Mini custa R$ 115.800, pouco abaixo do Caoa Chery iCar e agora quase R$ 16 mil mais caro que o Kwid elétrico.
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Carro para competir com Corolla e tais éra a Alfa 156. Tinham todo o maquinário disponível como sucata italiana mas….Observamos também nos comentários que nossas montadoras passadoras de chapéu por isenções são mestres no truque de maquiagem para empurrar carros obsoletos do 1º mundo para cá. E o BYD? Com mais uma “ajudazinha” do governo às montadoras passadoras de chapéu tascaram 30% de imposto nos elétricos. Aí aquela mágica de todos estarem baixando seus preços (ué? milagre existe?) para continuar vendendo simplesmente acabou.
Efeito Mini:
The Dream is over !
Ao invés de BYD Bild Your Dream
O Linea é um ótimo carro, muito espaçoso, bem acabado e muito bem equipado, em especial nas versões Absolute e T-Jet.
O problema foi achar que concorria com Civic e Corolla, sendo que era concorrente de City e Polo Sedan.
Mesmo mal que a VW vem cometendo hoje com o Virtus, que concorre com Onix Plus e HB20 sedan, jamais com Corolla… A diferença é que o Linea tinha um nível de acabamento espetacular, enquanto que o Virtus é tosco, com plásticos de Gol 1000 e nunca de um Jetta…
Essa é a qualidade que nos empurram com preços similares àqueles melhores que só o 1º mundo tem o direito de ter.
No caso da VW Amarok 2.0… o Motor era um bloco AP (bem mal) modificado para Diesel que não aguentava nada e quebrava bastante. Sem durabilidade que é o mínimo que consumidores esperam de veículos a Diesel (ainda de alto custo). Tanto que foi apelidada de Bombarok.
A VW já havia feito esta gambiarra no passado com a Kombi Diesel, que não deu certo… e a VW não aprendeu.
Somando o caso do Dieselgate mundialmente famoso, conclui-se que a carros a Diesel não é o melhor da VW. Melhor ficar bem longe.
Vai de V6!!