Esses 10 macetes vão livrar seu carro de problemas
Infelizmente a manutenção dos carros no Brasil é cercada de mitos e pessoas de má fé, com essas dicas você vai se livrar de alguns problemas
Infelizmente a manutenção dos carros no Brasil é cercada de mitos e pessoas de má fé, com essas dicas você vai se livrar de alguns problemas
Um dos objetivos do AutoPapo é ajudar quem precisa de carro, mas não é especialista no assunto. O Boris alerta sobre picaretagens que os mecânicos de má fé tentam passar e também dá dicas que ajudam no convívio com o carro ou se livrar de problemas.
Fizemos esse compilado para facilitar a sua consulta a nossas dicas mais importantes — e interessantes. Separamos assuntos de manutenção, de como dirigir melhor, cuidados básicos e alertas para fugir dos picaretas.
VEJA TAMBÉM:
Hoje no Brasil se vende mais carros novos com câmbio automático que manual. E para muitos brasileiros ter um carro com dois pedais é uma novidade. Apesar de ser uma coisa simples de usar e feita para facilitar a direção, ainda existem muitos mitos e boatos sobre o câmbio automático por aí.
Na hora de dirigir é preciso apenas colocar em D e seguir a vida. Modos sequenciais, borboletas e posições como o Sport são para situações específicas, no uso comum o ideal é usar apenas o D.
Na hora de estacionar, coloque o câmbio em neutro (posição N), puxe o freio de mão, solte o pedal do freio para o carro assentar e só aí coloque em parking (posição P). Essa posição trava a caixa de marcas e segundo esses passos irá diminuir o desgaste do componente.
E aqui no AutoPapo não defendemos esse negócio de descanso para a perna esquerda. Como assim? Boris Feldman explica:
Em filmes vemos motoristas pilotando carros com os braços esticados e o corpo bem recuado. Isso pode até parecer bonito na telona, mas na prática não é confortável e chega a ser inseguro. No vídeo acima o Boris explica que o ideal é estar confortável e com os braços levemente flexionados.
Estar bem posicionado ao volante permite que os pedais e volante sejam usados com segurança em qualquer situação. Além disso, é mais confortável em viagens longas ou para enfrentar o trânsito.
Tem jeito errado de desligar um carro? Mais ou menos. É preciso ter atenção para alguns detalhes mesmo. Quando for estacionar puxe o freio de mão com força. A explicação disso é que os componentes do freio estão dilatados pelo calor, mas conforme vai esfriando ele retrai. Se não tiver bem acionado o carro pode ficar solto.
O Boris explica que alguns minutos antes de chegar em casa é bom desligar o compressor do ar-condicionado e deixar apenas na ventilação. Isso evita a formação de gotículas nas saídas de ar, que com o tempo pode virar ambiente propício para fungos e bactérias.
Nós entendemos que o carro é o seu xodó e você trata com todo carinho. Mas na hora de fechar o capô não é bom ser delicado. Muito apenas encostam a peça no batente e forçam para travar. Apesar de parecer uma atitude cuidadosa, isso pode amassar o capô.
O certo é soltar o capô de uma altura, para que ele já se feche travando. Cada carro possui uma altura ideal para soltar o capô, alguns modelos tem a peça mais leve e precisam de mais altura para travar; outros carros com capô mais pesado não precisam de tanto e já fecham caindo de uma altura menor.
A troca de óleo é um serviço essencial nos carros. Alguns recomendam ela a cada 5 mil km, outros a cada 10 mil km. Se você não roda muito tem que trocar por tempo: a cada 6 ou 12 meses geralmente, consulte o prazo no manual do veículo.
E cercando as trocas de óleo estão diversos mitos: tem que completar quando o nível está baixo? Precisa de aditivo? Devo usar um óleo mais grosso acima de 100 mil km? E por aí vai. A maioria desses mitos são picaretagens. O certo é seguir o que consta no manual do veículo sem inventar moda.
O óleo do motor já traz aditivos, portanto não é necessário misturar mais nada a ele. Na hora de medir o nível, não precisa completar caso a vareta indique estar entre o mínimo e o máximo. E os motores modernos são mais duráveis que os antigos e mantém as folgas por mais tempo, não precisa trocar o óleo por um mais grosso se passar de 100 mil km. Ou 200 mil km.
Ter a pressão correta no pneu e essencial para a dirigibilidade do carro, para controlar o desgaste do mesmo e até na economia de combustível. Por isso, o ideal é calibrar o pneu semanalmente, sempre com ele frio. A justificativa é que o ar se expande quando está quente, aí a calibragem feita com ele quente será abaixo do ideal.
O Boris ensina que o melhor mesmo é ter um aparelho para medir a pressão, pois nem sempre o calibrador do posto está com a aferição correta. Na hora de pegar a estrada com o carro cheio, consulte o manual para ver se existe uma recomendação diferente para esse tipo de situação.
Em hipótese alguma deixe o frentista do posto conferir o nível do fluido de freio. Bom, o ideal é que ele nem abra o capô do seu carro. O fluido de freio exige atenção especial por ser higroscópico, ou seja, absorve a umidade do ar. Como esse fluído trabalha com calor, a unidade vai afetar no funcionamento dos freios.
Outra atenção é sobre a troca do fluido do freio. Ela deve ser feita sempre por tempo, a cada 3 anos independente da quilometragem. Essa troca costuma ser esquecida pois a degradação do desempenho do freio é gradual, mas na hora que é feita a troca do fluído a diferença é grande.
O certo é sempre evitar os buracos, mas tem vez que é impossível desviar. Como proceder diante desse impacto iminente? Antes de atingir o buraco, freie o mais forte possível. Mas na hora que a roda for passar pela cratera é preciso soltar o pedal do freio.
Durante a frenagem a suspensão do carro é comprimida devido ao deslocamento do peso para a dianteira. Se passar no buraco com ela nessa situação, o conjunto de molas e amortecedores não irão fazer o seu papel de absorver o impacto. Quando você solta o freio o carro se estabiliza e, assim, a suspensão irá absorver o impacto. Dos males o menor.
Você comprou um carro usado e um dos “pontos positivos” mostrado pelo vendedor foi que o estepe nunca rodou. Muitos acreditam que isso é positivo pois mostra que o carro foi bem cuidado e nunca furou o pneu. Mas se o carro tiver mais de 5 anos significa que o pneu de emergência está vencido.
Os pneus tem data de validade de 5 anos. Independente do desgaste, a borracha perde suas propriedades com o tempo e resseca. Um pneu velho não possui boa aderência, não é eficiente na chuva e tem mais risco de estourar. Aí o estepe, que deveria ajudar em emergências, acaba aumentando o perigo.
Assim como o câmbio automático, os motores turbo popularizaram bastante nos últimos anos. E junto vem sempre os mitos que mais atrapalham que ajudam. Um antigo é sobre ser preciso esperar um minuto antes desligar o carro. Isso é válido para carros preparados que receberam um turbocompressor, quando ele vem de fábrica não é preciso,
Outro mito é sobre a manutenção. Apesar do motor turbo ter componentes extras, as revisões periódicas são bem parecidas com as de um motor com aspiração natural. O turbo em si só precisa de manutenção com quilometragens altas. O que pode existir é um consumo de óleo maior, mas nada que não esteja previsto nos planos de revisão.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Gostaria de fazer 2 observações: o fluido de freio deve ser trocado a cada dois anos no máximo (não três como a reportagem menciona). Isso está no manual de todos os carros. Alguns até recomendam troca anual, mas nesse caso seria o famoso excesso de zelo. Na questão do pneu, não está corretamente dita. Pneu não vence em 5 anos, o que vence é a garantia. Mas concordo que a borracha vai sim ressecando. Porém ela se torna perigosa acima de 8 anos pois aí sim começam a aparecer rachaduras na banda.