Os 10 melhores SUVs médios do Brasil: preço e análise

Depois de pavimentar o segmento de SUVs compactos, a indústria passou a mirar em uma faixa de mercado onde as margens são mais generosas. São os SUVs médios que começaram a botar banca no mercado. Só nos últimos meses, tivemos o lançamento de Toyota Corolla Cross, Volkswagen Taos e do renovado Jeep Compass.

E todos estão de olho no representante da marca estadunidense. O Compass é o líder do segmento com folgas, graças ao seu custo-benefício agressivo e variedade de versões. Mas outras marcas se mexem e novidades estão por vir, entre produtos inéditos, reestilizações e até um HR-V de nova geração, que vai crescer para brigar com essa turma no ano que vem.

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Jeep Compass

• Preços: de R$ 139.990 a R$ 216.990
• Motores: 1.3 turboflex de 185/180 cv e turbodiesel de 170 cv
• Câmbios: automáticos de seis ou nove marchas, tração dianteira ou integral

Na remodelação para a linha 2022 feita recentemente o líder de mercado passou por um belo banho de loja. O design manteve o equilíbrio entre arrojo e robustez, enquanto o acabamento interno evoluiu significativamente.

Além disso, o SUV médio feito em Goiana (PE) ganhou novos equipamentos. Dependendo da versão, recebe itens de auxílio ao motorista, quadro de instrumentos eletrônico e digital e novas centrais multimídias, com direito à tela vertical de 10,2” – muitas das novidades, contudo, restritas às variantes mais caras.

Além disso, a linha do Compass é bem sortida e variada. Tem diferentes versões e inclusive opções com motor turbodiesel e tração nas quatro rodas, com reduzida – conjunto que nenhum dos seus rivais dentro da faixa de preço oferece.

Toyota Corolla Cross

• Preços: de R$ 144.990 a R$ 187.390
• Motores: 2.0 flex com injeção direta e 177/169 cv ou híbrido com 101 cv combinados
• Câmbio: automático do tipo CVT com 10 marchas simuladas – primeira por engrenagem

Lançado em fevereiro, o Corolla Cross tenta se valer do nome famoso e dos preços parecidos para atrair clientes do Compass. O porte também é praticamente o mesmo do rival da Jeep, assim como o nível de equipamentos, mas o acabamento interno empolga pouco.

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Mesmo assim, é um Toyota e tem a seu favor a reputação da marca e o custo de revisões bem mais baixo que a média do segmento. O conjunto mecânico com o 2.0 aspirado com injeção direta também é herança do Corolla e é capaz de agradar ao cliente mais tradicional do sedã.

Um dos diferenciais do Corolla Cross é justamente a variante híbrida. Dentro do segmento por faixa de preço, por enquanto, é o único SUV médio a oferecer o conjunto que mescla motor 1.8 com outro elétrico.

Boris Feldman analisa o modelo

Volkswagen Taos

• Preços: R$ 154.990 e R$ 181.790
• Motor: 1.4 turboflex de 150 cv
• Câmbio: automático de seis marchas

O Taos acaba de ser lançado dentro da nova política de linhas enxutas da Volkswagen. O SUV médio chega da Argentina apenas em duas versões, sempre com o elogiado motor 1.4 TSI e caixa automática de seis velocidades. Nos preços, contudo, a marca alemã posicionou o modelo acima das versões de entrada de Compass e Corolla Cross.

A despeito do nome esquisito e passível de trocadilhos, o Taos tem porte robusto e design com toques arrojados, como a barra de LEDs incrustada na grade frontal. O acabamento inspira mais capricho que nos demais utilitários urbanos da Volks, como T-Cross e Nivus.

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Desde a versão de entrada o modelo é bem equipado, com seis airbags, ar-condicionado automático bizona, carregador de celular por indução e quadro de instrumentos eletrônico em tela de 8”. Mas os itens mais bacanas estão na versão topo de linha Highline, como o pacote de condução semi-autônoma, o painel configurável Active Info Display (em tela de 10”) e até os bancos de couro.

Caoa Chery Tiggo 8

• Preço: R$ 179.990
• Motor: 1.6 turbo de 187 cv
• Câmbio: automatizado de dupla embreagem e sete marchas

Produzido em Anápolis (GO), o SUV médio é feito em versão única TXS com a vantagem de ser um dos poucos do segmento a oferecer sete lugares. Lançado no ano passado, fez sucesso justamente pelo custo-benefício típico dos chineses e dos modelos vendidos pelo Grupo Caoa no país.

O conjunto mecânico não deixa de ser moderno. O Tiggo 8 usa motor turbinado – mas que só bebe gasolina – associado a uma transmissão DCT de dupla embreagem. Em equipamentos, seis airbags, ar automático bizona, painel eletrônico, central multimídia com display de 10”, controle de descida, chave presencial e carregador de celular por indução.

Mas ainda precisa vencer desconfianças, como manutenção, pós-venda e desvalorização como seminovo. E o modelo original chinês tem um aparato tecnológico maior que não veio no brasileiro, com assistentes de auxílio ao motorista, possibilidade de interação do motorista com o carro por meio de inteligência artificial e até reconhecimento facial para abrir as portas e dar partida no motor.

Hyundai Tucson

• Preços: R$ 154.990 e R$ 181.790
• Motor: 1.6 turbo de 177 cv
• Câmbio: automatizado de dupla embreagem e sete marchas

Também produzido pelo Grupo Caoa em Goiás, essa geração do Tucson passa meio esquecida, mas carrega virtudes. Tem bom custo/benefício, elevado nível de conforto e é equipado com motor 1.6 turbinado e caixa de dupla embreagem.

Vendido em duas versões, recebe basicamente os mesmos itens que concorrentes como Tiggo 8 e Taos. São seis airbags, ar automático com duas zonas, chave presencial, mas se destaca pelo teto panorâmico e pelos retrovisores rebatíveis eletricamente desde a configuração GLS de entrada.

Apesar de parecer paradão, o Tucson deve se animar nas vendas. Isso porque, no segundo semestre, o modelo adotará o face-lift de meia-vida já lançado em mercados asiáticos. Sò que o desenho frontal promete gerar polêmica…

Chevrolet Equinox

• Preço: R$ 189.900
• Motor: 1.5 turboflex de 172 cv
• Câmbio: automático de 6 marchas

Outro que vai mudar em breve e que teve a linha bastante reduzida. Importado do México, o SUV médio da General Motors agora só chega em configuração única Premier com o 1.5 turbo de 172 cv – não tem mais a opção 2.0. Pelo menos, esta é a opção mais completa.

Além dos seis airbags, ar automático, central MyLink, câmera de ré e abertura do porta-malas por movimento do pé, oferece de série o pacote de itens de auxílio ao motorista, como alerta de colisão com frenagem autônoma de emergência, assistente ativo de faixa, sensor de ponto cego, entre outros.

Um dos SUVs médios mais espaçosos, o Equinox tem acerto de suspensão e carroceria bem macio, ao gosto americano, e a vantagem de oferecer tração integral. Vai ganhar face-lift no segundo semestre deste ano.

Ford Territory

• Preços: R$ 179.900 e R$ 197.900
• Motor: 1.5 turbo de 150 cv
• Câmbio: automático CVT com oito marchas simuladas

Antes de virar uma importadora de carros, a Ford lançou, no ano passado, esse SUV médio chinês como o veículo de passeio mais barato da marca – abaixo dele só a picape Ranger. Se destaca principalmente pelo bom espaço para todos os ocupantes e pelo nível de equipamentos das duas versões disponíveis.

Recebe basicamente o mesmo que a maioria dos rivais já descritos aqui. Contudo, como na maioria dos concorrentes também, cabe à topo de linha Titanium as honras de ter os itens de condução semiautônoma e equipamentos diferentes, como banco do motorista elétrico e câmera 360 graus.

• Territory : Ford se arrepende dos preços

O motor 1.5 é apenas suficiente para o crossover e só bebe gasolina. A Ford tenta fazer o Territory em Pacheco, na Argentina, para baratear o SUV médio e colocá-lo para brigar com as versões de entrada de Compass e cia.

Kia Sportage

• Preço: R$ 195.990
• Motor: 2.0 de 167/156 cv
• Câmbio: automático de 6 marchas

O Sportage já foi o Kia mais vendido do país em um passado recente, mas hoje se sustenta no mercado em uma única versão importada da Coreia do Sul. Dono de um design bem diferentão, moderno e ousado, o utilitário urbano médio tem um generoso porta-malas e entrega conforto na dose certa.

Porém, como muitos modelos da Kia, foi sacrificado pelo InovarAuto e as cotas de importação. Consegue se segurar com preço abaixo dos R$ 200 mil, mas usa o velho e manjado motor 2.0 aspirado. Além disso, é o que tem a lista de itens de série mais previsível, sem grandes bossas.

Mitsubishi Eclipse Cross

• Preços: de R$ 155.990 a R$ 201.990
• Motor: 1.5 turbo de 165 cv
• Câmbio: automático de oito marchas; tração dianteira ou integral

O SUV médio da marca japonesa começou sendo importado da Tailândia e depois ganhou cidadania brasileira na linha de montagem da HPE Motors em Catalão (GO), no fim de 2019. O modelo ampliou o número de versões e melhorou o custo/benefício desde então.

São quatro opções de acabamento, sempre com o 1.5 turbo e a bem escalonada transmissão de oito marchas. O conforto no rodar é um dos quesitos mais elogiados no Eclipse Cross, que, desde a versão de entrada tem sete airbags, retrovisor eletrocrômico, câmera de ré, ar automático, entre outros. Os modelos mais caros recebem os sistemas semi-autônomos, além da tração integral.

A maior crítica ao modelo da Mit está justamente no design. Com estilo controverso, o SUV médio urbano, inclusive, já mudou lá fora com alterações significativas especialmente na traseira, o maior alvo de críticas.

JAC T80

• Preço: de R$ 156.990 a R$ 160.990
• Motor: 2.0 turbo de 210 cv
• Câmbio: automatizado de dupla embreagem e 6 marchas

É um dos SUVs médios mais espaçosos e potentes do segmento, e com o custo/benefício típico dos chineses. O modelo é comercializado em dois pacotes de acabamento, com preços agressivos, sete lugares e um motor de 210 cv aliado a um câmbio de dupla embreagem.

O T80 se vale do entre-eixos de 2,75 m para oferecer um espaço generoso para os ocupantes da primeira e segunda filas, especialmente. Com os bancos extras lá de trás rebatidos, ainda dispõe de 620 litros de volume para as bagagens.

Além do bom recheio, com seis airbags, câmera 360 graus e multimídia com tela de 10” desde a versão inicial, a topo de linha agrega quadro de instrumentos eletrônico configurável, som premium e teto panorâmico. A grande questão para o SUV médio chinês – e todos os modelos da marca – são: custo de manutenção, rede de concessionárias pequena e liquidez entre os seminovos.

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