10 motivos para comprar ou não o novo BYD Dolphin
Compacto chinês chega ao mercado brasileiro com custo-benefício agressivo e abala segmento de carros elétricos de entrada
Compacto chinês chega ao mercado brasileiro com custo-benefício agressivo e abala segmento de carros elétricos de entrada
A BYD começou no mercado brasileiro pelo andar de cima. Mas só agora, depois de lançar modelos elétricos de luxo perto de meio milhão e SUVs médios eletrificados, é que a marca chinesa lança um carro abaixo dos R$ 150 mil. Mas quais os motivos para comprar, ou não, o BYD Dolphin?
O modelo chegou, chegando. Com espaço interno generoso e recheio de equipamentos interessante, o BYD Dolphin tem atributos que valem a compra, como o fato de ser o segundo carro elétrico mais barato do país – R$ 148.900. Mas também, existem motivos que questionam sua aquisição.
VEJA TAMBÉM:
Um dos bons motivos para comprar o BYD Dolphin é sua cabine muito bem aproveitada. Com jeitão de monovolume, o carro tem entre-eixos de 2,70 m, mesmo de um Toyota Corolla, por exemplo.
Isso significa um espaço bom para pernas e joelhos de todos os ocupantes. Só mesmo o vão para cabeças atrás é mais limitado. Já o motorista ainda desfruta de posição alta de dirigir e ergonomia funcional. Os bancos têm boa densidade e acomodam o corpo de forma satisfatória.
Para andar na cidade, o Dolphin entrega um desempenho bastante interessante. Como é de se esperar em um carro elétrico, as respostas ao acelerador são imediatas e os 93 cv garantem acelerações bastante fortes. Os 10,9 segundos no 0 a 100 km/h são mais que suficientes para a proposta do automóvel.
Por mais que a BYD já tenha – e vá ter – outra fábrica no Brasil, trata-se de uma marca pouco conhecida. Como com todo player recente no mercado, isso acaba resultando em desconfianças quanto à qualidade dos produtos e do pós-venda, o que se reflete na própria desvalorização e liquidez do veículo quando chegar a hora de revender.
Verdade que na parte de segurança, o Dolphin decepciona por não ter itens de auxílio à condução, porém, a lista de itens de série se destaca, ainda mais em meio à concorrência. São seis airbags, além de sistema de limpeza dos discos de freio, câmera e sensores de ré, assistente de partida em rampas e dos obrigatórios controles de tração e estabilidade.
A relação de equipamentos inclui ainda ar automático, chave presencial, quadro de instrumentos digital em display de 5”, retrovisores com desembaçador e aquecimento, sensor crepuscular, faróis full LED, rodas de liga leve aro 16”, entre outros.
Destaque ainda para a central multimídia na gigante tela de 12” rotativa e para os comandos de voz para regulagem de diversas funções do veículo. O sistema inclui karaokê e videogame.
Para andar na cidade, o BYD Dolphin vale o investimento. Com 295 km de alcance, de acordo com os padrões do Inmetro, o monovolume elétrico chinês é mais do que suficiente para o uso urbano. Se o motorista rodar 60 km por dia, vai precisar carregá-lo apenas duas vezes por semana.
Além disso, o tempo de recarga é bem satisfatório. As baterias Blade precisam de menos de sete horas para serem carregadas em uma tomada comum de 220V, e de 3h30 em carregadores rápidos do tipo Wallbox. Em aparelhos rápidos, 25 minutos para passar de 20% para 80% da capacidade de armazenamento de energia.
Além disso, o porta-malas do BYD Dolphin é menor do que de muito hatch compacto. O compartimento tem volume de 250 litros – muito por culpa da obrigatoriedade de estepe no Brasil – e comporta, com dificuldade, uma mala grande.
O nível de construção do BYD Dolphin configura um bom motivo para comprar o carro elétrico chinês. Ao contrário da maioria dos rivais da mesma faixa de preço, o modelo foi desenvolvido sobre uma plataforma originalmente elétrica, em vez de ter tido a arquitetura adaptada
A E-platform 3.0 resulta em um veículo zero emissões bem equilibrado no rodar. Ao volante, o Dolphin não aparenta fragilidade. O que é percebido também ao passar em buracos e no abrir e fechar de portas.
A BYD lançou o Dolphin com um plano de manutenção com preço fixo bastante razoável. As revisões devem ser feitas a cada 20 mil km e oferecem preços que se alternam entre R$ 400 e R$ 1.040 para cada visita alternada. Isso até os 200 mil km, segundo a marca.
Novamente por ser uma marca iniciante no país, o BYD Dolphin tem uma rede de distribuidores ainda tímida. Apesar da meta ousada da montadora de ter 100 concessionárias até o fim deste ano, a realidade é que atualmente são só 24 revendas com pontos de assistência técnica.
Um bom motivo para comprar o BYD Dolphin logo é o preço e o que ele oferece. Custa a mesma coisa que boa parte dos subcompactos elétricos do pedaço, mas oferece mais espaço e mais equipamentos. E neste primeiro lote de 300 unidades, quem comprar ainda leva o carregador do tipo Wallbox de graça.
É bom lembrar que esse preço de R$ 148.900 é de lançamento e para garantir mercado de cara. Provavelmente, o segundo lote de BYD Dolphin virá mais caro.
👍 Curtiu? Apoie nosso trabalho seguindo nossas redes sociais e tenha acesso a conteúdos exclusivos. Não esqueça de comentar e compartilhar.
TikTok | YouTube | X |
Ah, e se você é fã dos áudios do Boris, acompanhe o AutoPapo no YouTube Podcasts:
Podcast - Ouviu na Rádio | AutoPapo Podcast |
Gostei. Vou comprar um.
Qual carroça elétrica que dá para viajar nesse país? Se estão criticando não deve ser tão ruim.
Melhor que um Chevrolet, isso é!!
O carro é bonito e até parece um pouco com o atual HB20X Diamond da esposa. Se colocarem ao menos EDA com a frenagem autônoma e derem 5 anos de garantia é uma opção, pois não temos “medo” de carros chineses. Compramos o JAC J3 (Faustão) no ano de lançamento e este rodou 60 mil km impecáveis com a esposa e mais de 60 mil km com minha filha, e, fora a chaparia, que teve dois reparos em garantia, aos 3 anos e aos 5 anos de uso, foi impecável. Apenas uma substituição de embrenhagem aos 80 mil km.