10 receitas (quase) infalíveis para enganar motoristas no posto
Além de pagar caro no combustível, o motorista brasileiro ainda está vulnerável e sujeito a todo tipo de golpe nos postos de combustível
Além de pagar caro no combustível, o motorista brasileiro ainda está vulnerável e sujeito a todo tipo de golpe nos postos de combustível
A maioria dos postos trabalha corretamente e respeita o motorista. Mas, tem os desonestos que aplicam estes 1o golpes:
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Para aumentar desonestamente sua rentabilidade, muitos donos de postos adulteram o combustível, aumentando o volume de etanol na gasolina, de água no etanol hidratado e outras maracutaias. Mas são obrigados a realizar (a pedido do freguês) testes que comprovem a qualidade do que entregam.
Esta é muito engenhosa: quando chegam os fiscais para verificar a qualidade do combustível, o posto abre uma tampa redonda no chão que dá acesso ao tanque no subsolo. Mas, pode-se usar de um artificio para enganar a fiscalização: logo sob a tampa está um reservatório circular, maior, que contem o combustível correto de onde sai a amostra. Mas um outro de menor diâmetro (“caneta”) sob o maior é que efetivamente conecta a bomba com o interior do tanque e que fornece o combustível adulterado.
Fique de olho: o posto representa uma marca tradicional como BR, Ipiranga, Ale ou Shell (Raizen) e tem seu logotipo estampado (na testeira) lá no alto. Mas a ANP (agencia que regula este comércio) permitiu que seja instalada uma bomba com combustíveis de outra procedência, desde que tenha bem visível a identificação deste fornecedor.
Mas, qual motorista entra num posto Shell e imagina que numa das bombas o produto é de outra marca? E até de origem duvidosa, pois por um preço menor? Já houve tentativa judicial de por um fim a esta distorção, ainda sem sucesso. A maracutaia recebe o apelido de “Bomba Branca”…
O posto não distribui combustíveis de marcas tradicionais e não ostenta “bandeira” nenhuma na testeira, pois o dono prefere não estar atrelado a nenhuma grande empresa. Ele tem liberdade de comprar do fornecedor de sua preferência, depois de verificar qualidade e preços.
Outras redes de postos filiadas às grandes companhias de petróleo fazem uma campanha dissimulada insinuando que estes postos não são confiáveis. Não é verdade, pois a qualidade não depende da distribuidora, mas da honestidade do dono do posto. O “Bandeira Branca” pode ter combustíveis honestos e os de marca famosa entregar adulterados.
Um dispositivo eletrônico oculto configura a bomba para registrar um volume maior do que o realmente entregue. O fiscal não pega pois ele confere 20 litros (previstos pela ANP), mas a desonestidade funciona só acima deste volume. Ou o gerente tem um controle remoto que “corrige” a bomba na presença da fiscalização. Já foi regulamentada pela ANP uma bomba com lacre eletrônico que não permite esta maracutaia, que deveria ser instalada a partir do ano passado. O Inmetro, agindo mais uma vez contra os interesses do cidadão, prorrogou por cinco anos sua obrigatoriedade.
É um álcool extremamente tóxico, importado dos EUA, utilizado em indústrias químicas, de biocombustíveis e outras. Apesar de proibido, ele é misturado ao nosso etanol pois custa muito menos. Mas provoca mal estar, diarréia e até cegueira. Já morreram algumas pessoas no Brasil que o ingeriram. Só mesmo num exame laboratorial é possível detectar sua presença. A ANP tem lacrado vários postos flagrados com o metanol.
No cartaz lá fora, preços extremamente convidativos para gasolina, etanol e diesel. Mas, na bomba, só valem no caso do cliente utilizar o aplicativo ou um cartão específico. Uma promoção considerada ilegal mas praticada livremente.
A gasolina aditivada nem sempre tem os aditivos corretos e que atuam com eficiência na limpeza do motor. Acredite! A aditivação não é fiscalizada (nem padronizada) pela ANP. O que resulta numa gasolina tida como aditivada, mas é pouco (ou nada) diferente da comum. Solução? Abastecer com a comum e virar no tanque um frasco de aditivo que se encontra no mercado.
O posto pirata é todo “decorado” com as cores, padrão e logotipo semelhantes aos de uma marca famosa. Até o uniforme do frentista e a cor da bomba. O motorista jura que está entrando num posto da Petrobrás, ou Shell, mas é pura enganação. E, claro, não é ilegal!
Maracutaia do posto combinado com o frentista. Que, ao verificar o nível do óleo no cárter, aperta uma gota entre os dedos e, com ares de expert, explica para o motorista que “seu óleo perdeu a viscosidade”. Ou diz que óleo está “preto” e na hora de trocar. Ou calça com o dedo a vareta de óleo para que ela indique nível bem inferior e diz: “Tem que completar”.
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Sempre observar se a bomba está zerada, as vezes tem frentista espertinho, que dá continuidade em bomba já com marcação de valores baixo, para o motorista não perceber.
Quando o bolsonaro liberou a gasolina de outras distribuidoras em parte das bombas dos postos de bandeiras famosas, o que aconteceu na prática foi a colocação de gasolina formulada de bandeira branca e péssima qualidade em todas as bombas de gasolina comum, com a gasolina refinada, de melhor qualidade, sendo reservada apenas para a gasolina aditivada “de marca”. Com isso, colocar gasolina comum e depois colocar um aditivo por fora já não funciona mais, agora você tem que colocar gasolina aditivada de marca, ou então colocar etanol e usar um aditivo anticorrosivo e lubrificante.
Mais uma vantagem do carro elétrico (se tiver recarga em casa): Nunca mais entrar em um posto. Calibrar os pneus, compre um calibrador.
E quando for pegar estrada, é só embarcar ele encima de um caminhão plataforma (movido a diesel).
A unica desvantagem é o fato de que baterias não armazenam eletricidade, e sim energia química. A consequência disso é que, mesmo se houverem carregadores em cada esquina, o carro elétrico nunca vai deixar de demorar para carregar.
Sempre procura abastecer nos mesmos postos, aqueles com boa aparência, limpeza e conservação e, uma dica importante, dêem preferência por postos localizados nas cidades.
No meu carro, a luz de reserva acende quando cabem uns 38 litros, mas num posto de uma conhecida rede de postos da Rodovia Castelo Branco conseguiram completar o tanque com 41 litros, quando a luz indicadora de reserva nem tinha aceso. Claro que a bomba estava adulterada.
Tem mais um golpe: Abastecer com combustível comum e cobrar como “Aditivado”.
Dicas úteis:
– Nunca, jamais, e de jeito algum destrave o capo quando algum frentista pedir pra “verificar se está tudo em ordem com o motor”.
– Abasteça rotineiramente em postos já conhecidos, e que lhe inspirem confiança. Nem que precise rodar na reserva até um deles.
– Se estiver em viagem, dê preferência a postos que tenham grande estrutura e comércios integrados, e sejam referência na região.
Se a garantia não é total, pelo menos ameniza o risco de cair em arapucas.