Papinho furado: veja 5 argumentos sem lógica para vender carro
Listamos algumas frases de efeito que os vendedores costumam usar, mas que não implicam em vantagens práticas: confira
Listamos algumas frases de efeito que os vendedores costumam usar, mas que não implicam em vantagens práticas: confira
Eles estão em sites de anúncios ou na ponta da língua dos vendedores: são os argumentos para valorizar ao máximo o produto em oferta e impressionar os potenciais compradores. O caso é que algumas dessas alegações não fazem sentido algum: são pura conversa fiada de quem quer vender o carro.
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Pois o listão de hoje é justamente sobre esse papo furado dos negociantes: o AutoPapo enumerou 5 frases comuns de se ver em anúncios ou de se ouvir em lojas, mas que não têm qualquer fundamento. Todas elas não passam de especulação: são argumentos absolutamente vazios de quem quer vender o carro. Confira:
A profissão do proprietário é capaz de definir se ele é cuidadoso com o carro? Para alguns anunciantes, a resposta é sim: na hora de vender, enchem a boca para dizer que o carro pertencia a um médico. Como se não existissem profissionais da saúde relapsos com os próprios automóveis; ou professores, engenheiros ou advogados zelosos…
É verdade que esse argumento até faz algum sentido: significa que o veículo foi pouco utilizado e tem baixa quilometragem. O caso é que falta de uso não significa, necessariamente, boa conservação: carros que permanecem longos períodos sem rodar podem apresentar ressecamento de mangueiras, correias e de outras peças de borracha, ou ainda problemas em componentes da suspensão.
Vale lembrar que automóveis que permanecem muito tempo parados também precisam de manutenção preventiva: fluidos e pneus, por exemplo, demandam substituição após determinados períodos de tempo, independentemente do uso. Se esses serviços estiverem em dia, aí sim, pode valer a pena fechar o negócio. Mas se esse não for o caso, melhor deixar tal o carro de garagem para vender e procurar outro.
Outro argumento que até tem um fundo de verdade: afinal, ao menos em tese, veículos que rodam majoritariamente por rodovias sofrem menos desgaste. Isso porque, em centros urbanos, freios, embreagem e sistema de arrefecimento, entre outros componentes, são bem mais solicitados.
Só tem um “probleminha”: é simplesmente impossível saber por onde o antigo proprietário circulou, a menos que o comprador conheça-o pessoalmente. Normalmente, essa frase é só mais uma conversinha para vender carros muito rodados por um preço um pouco maior.
Essa frase era mais comum há uma ou duas décadas atrás, quando o ar-condicionado ainda era item de luxo no Brasil. Bastava abrir os classificados para se deparar com carro “completo, menos ar”. Porém, ainda hoje, é possível ver anúncios de veículos ditos recheados, com exceção de airbags, ou central multimídia, ou teto solar, ou algum outro item.
Ora, se o bem não tem determinados equipamentos, ele não é completo, certo? Trata-se somente de mais um papinho furado para vender carro, que não implica em vantagem prática.
Eis um papo furado típico das lojas de seminovos: para fechar o negócio rapidamente, o vendedor diz, enfaticamente, que o dono do estabelecimento está com pena de vender o carro. Afinal, o veículo estaria tão bem cuidado que o chefão estaria cogitando ficar com ele para uso pessoal, ou para dá-lo para a esposa, ou para o filho…
Será mesmo que alguém leva essa historinha a sério? Bem difícil acreditar que o experiente dono de uma loja de carros usados ficaria hesitante ao se deparar com aquele modelo que ele sonhava, seja para si mesmo ou para algum parente.
É bem fácil atestar se essa afirmação é verdadeira: por isso, ela entrou como bônus. Porém, a questão é que o estepe nunca ter rodado não consiste, necessariamente, em uma vantagem. Afinal, como já foi dito, os pneus têm prazo de validade: duram, no máximo, 10 anos. Depois disso, precisam de substituição, mesmo se estiverem sem uso.
Se o componente ainda não tiver atingido a idade limite, tudo bem. Caso contrário, é mais uma conversa fiada de quem quer vender o carro.
Boris Feldman fala sobre a validade dos pneus em detalhes: assista ao vídeo!
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Boris, se o dono da agência tivesse interesse no carro tirava do pátio. Não só, os vendedores da loja quando se interessam fecham com o patrão quando o carro chega e este sequer vai para o pátio ser exposto a potencial comprador
Faltou comentar o carro que pegou enchente. Vendedor deixou secar e tentou “empurrar ” limpo com perfume.
Outra coisa que as mulheres (pelo menos a maioria) fazem: esterçam o volante com o carro parado. Haja pneu.
Eu tive um professor de Engenharia Mecânica que a correia dentada do carro dele quebrou e estragou as válvulas. Em casa de ferreiro espeto de pau!
Tenho um Onix 1.4 comprado 0 km em Nov/2019 e agora está com 5.900 km (cinco mil e novecentos quilômetros) rodados apenas devido a Pandemia Covid-19 que tive que cancelar algumas viagens de rotina. Eu troquei óleo desse carro a cada 6 meses, pois é o que recomenda o manual do proprietário. Eu só uso este carro nos finais de semana, então meu uso é severo de acordo com o manual do meu carro.
Boris, faltou citar o “é carro de mulher” para tentar dizer que o carro está bem cuidado. Sei que vivemos ao lado de uma geração de feministas descontroladas que acha que tudo é preconceito, mas via de regra mulher apenas coloca combustível no carro, raras fazem manutenção preventiva. Algumas, se não tiver orientação, nem o óleo trocam.
Pior que é verdade kkkkkk
Do ponto de vista da manutenção pode ser uma desvantagem, até porque as mulheres estão mais propensas a serem enganadas nas oficinas. Quanto a parte estrutural do carro, é mais provável que o carro de uma mulher esteja em melhores condições que o de um homem.
Certa vez um vendedor veio com o papo de “carro de mulher” e eu imediatamente disse que não me interessava, porque mulheres esquecem de trocar o óleo, fazer geometria, balanceamento e “otras cositas más”.
Ah! Minha esposa concorda com o que eu digo.
Mulher sabe deixar o carro bem limpinho e só isso.