Os 5 maiores inimigos dos carros brasileiros
Além do preço elevado para comprar e manter, alguns elementos ainda jogam contra quem quer curtir um carro em nosso país
Além do preço elevado para comprar e manter, alguns elementos ainda jogam contra quem quer curtir um carro em nosso país
Uns dias atrás eu estava dirigindo pelas ruas aqui de BH e vi um daqueles buracos que, se você cair nele com o seu carro, pode ter certeza que vai ter prejuízo! Não era fundo: era daqueles que alguma empresa – normalmente de energia ou água – corta o asfalto e fica uma quina. Meu amigo… Se aquilo pega de jeito, certeza que estoura o pneu. Aí estava pensando no que escrever para os meus três leitores nesta semana e “uai, vou falar dos maiores inimigos dos carros brasileiros”. Que tal?
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Claro que um dos grandes inimigos do carro brasileiro é o nosso asfalto, o piso por onde ele roda. Meu amigo… Haja suspensão e pneu para aguentar tanta pancada. E são diversas modalidades de buracos! Tem o buraco de chuva, aquele que abre sempre que dá uma molhadinha, fica coberto de água e você só sente a pancada nos rins. Tem aquele que eu falei acima, que é um degrau com quina, ótimo para rasgar pneu. Outro comum é o bueiro desnivelado.
Uma vez, alguém me falou que um carro que aguenta rodar 200 mil quilômetro no Brasil, dura facilmente 1 milhão de km em um país desenvolvido. Faz sentido, não?
É meus amigos, o Boris fala que a gasolina brasileira é uma das melhores do mundo e vocês ficam #xatiados reclamando que estão cansados de usar “mijolina”. De fato, a nossa gasolina é ótima no posto, mas sofre todo tipo de adulteração entre a refinaria e o seu tanque. Até água do mar já encontraram misturada nela. E fique atento: casos de óleos lubrificantes falsos, adulterados ou vendidos fora da especificação que são anunciados, também estão pipocando por aí.
A história de que brasileiro é apaixonado por carro é um grande lero-lero! A maioria gosta mesmo é de aparecer com o carro. Mas isso não é problema meu, não é mesmo? Voltando ao tema, o motorista brasileiro não cuida do carro. Acha uma baita bobagem seguir plano de manutenção do fabricante. Aceita gambiarras, peças sem procedência e depois reclama que o carro não está durando. Nem calibrar o pneu eles se dão ao trabalho.
O cara não cuida do carro e ainda sai dirigindo sem nenhum cuidado. A pista está esburacada? Continua acelerando! Precisa subir na calçada para estacionar em local proibido? Dá-lhe tranco na suspensão. Pra que frear em quebra-molas, não é mesmo?
O palpiteiro adora falar o que não sabe. Muitas vezes dá pitaco sobre mudar a especificação do óleo, a pressão do pneu na hora de calibrar, a melhor maneira de lavar o carro, tudo baseado em conceitos ultrapassados ou inventados por uma mente criativa. E o pior! Agora, eles têm mais alcance, já que criam perfis em redes sociais e têm a voz amplificada. E se acham muito inteligentes por isso. Opa… Será que eu sou um deles?
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Há três semanas, a menos de 50 km/h, em uma obra mal consertada em rua de bairro nobre da Zona Oeste da cidade de São Paulo, rachou a tampa do cárter de meu veículo. O protetor de cárter não é recomendado, porque o projeto prevê que o motor se desloque para baixo em caso de colisão frontal e não para dentro do habitáculo. Entre peças, que eu mesmo comprei, e mão de obra em oficina especializada, o conserto superou R$ 2 mil.
1º Leitor:
Ainda acho que o pior é mesmo é o motorista brasileiro.