Conheça 5 motores que são derivados do famoso AP
O motor AP é bastante popular no Brasil, mas a engenharia da Volkswagen e da Audi usaram ele como base para outros propulsores
O motor AP é bastante popular no Brasil, mas a engenharia da Volkswagen e da Audi usaram ele como base para outros propulsores
O motor AP virou um ícone da indústria automotiva brasileira. Ele tem uma legião de fãs devido a facilidade de manutenção, desempenho e também por ser muito usado em preparação. Esse propulsor chegou aqui com o Passat (na época se chamava MD) e morreu só quando a Parati saiu de linha em 2013.
O nome original do motor AP é EA827. Ele estreou no Audi 80, em 1972, em versões 1.3 e 1.5. A Volkswagen fez o Passat derivado desse modelo, reaproveitando a plataforma e o motor. No Brasil o EA827 ganhou o nome AP (Alta Potência) após uma série de atualizações feitas pela engenharia. O nome colou e acabou virando um apelido oficial.
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Lá fora o AP também foi longevo, durando até 2013 no Santana Chinês. Na Europa ele teve diversas variações, como versões 16 válvulas, sobrealimentadas e até serviu como base para outros motores. Que são esses que listamos a seguir.
O bloco do EA827 foi usado para fazer o primeiro motor diesel de produção da Volkswagen. Tudo começou com um 1.5 aspirado de 50 cv no Golf de primeira geração. O Brasil conheceu esse lado queimador de óleo diesel através do 1.6 usado pela Kombi e pela Saveiro.
O motor diesel derivado do AP começou a brilhar mesmo em sua versão 1.9 TDI, já nos anos 90. Carros de todo o grupo Volkswagen usavam esse propulsor, a marca tinha uma boa fama devido a durabilidade e economia do propulsor. Até tudo ir pelo ralo com o escândalo do Dieselgate.
Existiu também versões de cinco e seis cilindros do motor diesel, que foram usados pelo caminhão leve LT e por carros da Volvo. O 240 e o 740 são considerados hoje como os últimos carros robustos da marca sueca. O motor vindo da Volkswagen ajudou a construir essa reputação ao lado do quatro cilindros a gasolina da própria Volvo.
Ao contrário do AP a gasolina, o motor diesel feito sobre o EA827 continua em produção até hoje. O 1.9 é feito para uso industrial e marítimo. Já os novos 2.0, que é o motor da Amarok, são de uma família nova.
A Audi ficava posicionada acima da Volkswagen, mas sem chegar a ser uma marca de luxo como é hoje. Para diferenciar mais seus carros, ela passou a ofertar opção de motor cinco cilindros e tração integral.
Esse cinco cilindros foi feito usando o EA827 como base, adicionado um cilindro a mais. Ele teve versões 1.9, 2.0, 2.1, 2.2 e 2.3, com cabeçote de duas ou quatro válvulas por cilindro. O icônico Quattro usou um 2.2 turbo para dominar o campeonato mundial de rali.
O moto de 5 cilindros derivado do AP durou até os anos 90, quando foi sucedido por um V6. A versão mais forte desse motor ganhou preparação da Porsche e equipou a super perua RS2 Avant. Então, de certa forma, é certo dizer que a Porsche já mexeu no APzão da galera.
Já falamos acima que teve um motor de seis cilindros diesel derivado do AP, agora vamos aprofundar mais pois também teve movido a gasolina. O Volkswagen LT foi o primeiro caminhão da marca, que mais tarde cederia sua cabine para os caminhões brasileiros da marca.
Ele oferecia opções de motores a gasolina: um 2.0 de quatro cilindros da família EA831 e um seis em linha 2.4 que foi feito sobre o EA827. As versões diesel usavam o motor a diesel que citamos anteriormente, que foi usado também pelos carros da Volvo.
Hoje a Audi briga em pé de igualdade com a Mercedes-Benz e a BMW no mercado de luxo, mas nem sempre foi assim. Até os anos 80 ela era uma marca intermediária que conquistava mais pela tração Quattro e por oferecer um “algo mais” em relação a Volkswagen.
A Audi resolveu se prover como marca de luxo com um sedã topo de linha chamado apenas de V8, antecessor do A8. O motor 3.2 era derivado do AP 1.8, reaproveitando medidas internas, desenho do bloco e alguns componentes. Ele produzia 250 cv, números bons para 1988.
O Audi V8 também foi usado em competições, correndo na DTM. O motor de corrida era derivado desse V8 3.6, podendo chegar a 462 cv. Três V8 ficaram nas três primeiras colocações do campeonato de 1990.
Esse motor V8 derivado do AP só foi usado por esse modelo. O Audi V8 passou a oferecer também um 4.2, mas esse já era um propulsor totalmente novo e que seria usado mais tarde pelo A8.
Lembra de quando o Volkswagen Golf de quarta geração chegou ao Brasil? Ele trazia como opção de entrada um 1.6 todo em alumínio chamado de SR. Esse motor trazia funcionamento suave e melhor dissipação do calor produzido, por causa do alumínio.
Mas em 2001 a marca trocou ele pelo EA111, produzido por aqui e que seria usado também por outros carros da marca como o Fox e o Polo. Mas afinal, qual é a origem do 1.6 SR? Esse motor era um AP 1.6 com o bloco fundido em alumínio.
Essa origem explica o funcionamento suave, já que o 1.6 EA827 tinha diâmetro maior que o curso. O SR acabou sendo feito apenas como 1.6. No Brasil sua vida foi curta, mas na Europa ele equipou diversos modelos da Volkswagen, Audi, Seat e Skoda.
Sabe quem também usa um motor AP? O Voyage do Boris:
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Eu perguntei qual tipo de óleo usar no Audi 1.8 turbo 1999
No órgào publico que trabalhei, tinha um gol quadrado 1994 com motor AP 1.8, pensa num carro que levou pau!!! Todo
mundo dirigia, não tinha um motorista só pra ele, andava em estradas de chào batido e asfalto, debaixo de pau, o painel do gol parecia uma escola de samba de tanto barulho que fazia e com 5 anos de uso extremo a carreceria arriou, a carcaça praticamente se desmanchou, mas o Motorzão AP tava lacrado já tinha rodados 650.000km , tinha folego pra mais e foi colcado em outro gol para seguir trabalhando, até que um motora, bêbado, daqueles facão inrresponsável, demoliu o motor contra um poste de concreto o choque foi tão violento que partio veículo em 2 pedaços.
A pergunta que fica é: porque a VW não continuou a produzir o motor 1.6 SR de alumínio no Brasil? Se na Europa continuou, porque no Brasil não?
A pergunta que fica é: porque a VW não continuou a produzir o motor 1.6 SR de alumínio no Brasil? Se na Europa continuou, porque no Brasil não?
Porque as coisas se atualizam e ficam mais modernas meu caro, tinha um alto consumo.
“”Sabe quem também usa um motor AP? O Voyage do Boris””.
Eu creio que o Voyage do Boris tem motor MD270, antecessor do AP, exceto se ele trocou o motor do Voyage dele.
O motor VW-AP só surgiu na linha VW – pra valer! – em 1996, ressalva ao Passat Pointer 1.8 do final de 1985, não o Passat GTS Pointer, que trazia motorização 1.6, nem o Passat GTS Pointer do início de 1985, cujo motor era um MD270 1.8. Em 1997, o Gol GTS recebeu o AP 1.8S, idêntico ao do Passat Pointer 1.8.
No início de 1986 meu amigo meu comprou uma Parati Ls 1.6 na Concessionária Vimave do Silvio Santos. Estava muito Feliz porque já tinha Fama o Alta Performance, Só que não era fabricação 85 mod.86 e veio com o motor MD270. Percebemos pelo Desempenho e pelo ronco do Motor comparado aos Passat gols e Paratis de amigos.Verificou-se o nº Motor e cosntatou-se que era MD270 e logo fomos reclamar na Vimave porque foi vendido como motor 1.6 AP.Após Insistência e Discussão do Problema a Gerência rersolveu troacar o Veícluo por uma Parati LS 1.6 ano/mod. 1986 com o Legítimo motor AP, e realmente o carro Voava, dava Pau nas carroças.
Em Resumo Ano/MOD 1986 na linha Volkswagen Água introdiziu=se o Motor AP 1.6 e 1.8 na linha Santana.
“Em Resumo Ano/MOD 1986 na linha Volkswagen Água introdiziu=se o Motor AP 1.6 e 1.8 na linha Santana.”.
Certíssimo CHARLES!
Mais bacana ainda era a chance de “transformar” os motores, dada a intercambiabilidade das peças, por exemplo, fazendo de um AP2000 “biela-curta”, um biela-longa com o bloco do Golf. Os cabeçotes de fluxo-cruzado do Golf, e de fluxo-paralelo do AP2000 nacional “falavam” perfeitamente com cada bloco. Daí era possível montar um AP2000 nacional “biela-longa”, r/l favorável, turbinar e quase fazer cambota num Golzinho quadrado, originalmente 1000.
Três V8 ficaram nas três primeiras colocações do campeonato de 1900.
Puxa!
MOTOR VW AP
“Três V8 ficaram nas três primeiras colocações do campeonato de 1900.”, conforme está na matéria, é bem difícil!
Em 1998, nos USA, eu disse a um expert americano que “… no Brasil nós temos um motorzinho quatro cilindros com cerca de 600 CV turbinado…”: QUASE APANHEI POR CONTA DISSO!
Más, era – É – verdade: hoje existem motores AP “mistos” (bloco de Golf 2.0 biela-longa, etc., etc.) com pouco mais de 1000 CV.
Vejam: é a potência de supercarro!
A versatilidade inerente ao motor AP será praticamente insuperável em termos de custo ($)-benefício (CV), creio que até o fim dos motores de combustão interna.
Convém mencionar, o combustível utilizado nos motores VW AP preparados aqui no Brasil, é sempre “quase” limpo para a atmosfera, sempre álcool, o etanol, ou o metanol, ou ambos combinados.
Em suma, eu sou fã – um dos fãs – do VW AP!
Rodrigo MARTINIANO.
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