Kombi brasileira: 6 fatos para os 60 anos da kombosa no Brasil
Se ainda estivesse na linha de montagem a Kombi completaria hoje 60 anos de produção no Brasil. Listamos seis histórias sobre essa Velha Senhora
Se ainda estivesse na linha de montagem a Kombi completaria hoje 60 anos de produção no Brasil. Listamos seis histórias sobre essa Velha Senhora
“Mas Kombi? Esse carro aí já era”. Talvez seja essa a reação do leitor incrédulo ao ler o título. A produção da Velha Senhora no Brasil realmente acabou antes do aniversário de 60 anos, que seria comemorado hoje. Não tem problema. Nós do AutoPapo acreditamos na vida eterna dos automóveis e queremos homenagear a Kombi assim mesmo.
Sabemos que a Kombi deixou a linha de produção da fábrica de São Bernardo do Campo – a última no mundo a produzir o modelo – em dezembro de 2013, mas permanece viva nos nosso corações <3.
Foi o primeiro modelo fabricado pela VW fora da Alemanha, antes mesmo do Fusca. Em dois de setembro de 1957 começou a ser produzida. Vale destacar que fabricada é diferente de montada. Pois a montagem, com peças importadas da Alemanha, já havia começado em 1953, em um galpão no bairro do Ipiranga, em São Paulo, junto com o Fusca.
Idealizada pelo holandês Ben Pon na década de 1940, a Kombi foi baseada no conjunto mecânico do Fusca e lançada na Alemanha, em 1950. Mais do que um veículo, a Kombi é um negócio, capaz de transportar cargas, passageiros e fazer as vezes de sacolão, lanchonete e mil utilidades sempre ambulante. Tudo isso graças a estrutura leve, do tipo monobloco, e carroceria em forma de caixa, ou, pão de forma, como alguns a chamaram no Brasil.
A Kombi foi assunto da tese do Mestrado em artes de David Burnett, na Universidade da Virgínia, nos EUA. Burnett estudou a história cultural da Kombi e escreveu o trabalho: “From Hitler to hippies: The Volkswagen Bus in America” (De Hitler aos hippies: a Kombi na América).
Burnett explica que o legado hippie da Kombi, ou Volkswagen Bus, como ela é chamada nos EUA, vem das campanhas publicitárias do início da década de 1960, que ligavam o veículo à contracultura hippie. “Nas décadas seguintes, a reputação hippie continuou a crescer, alimentada pelos entusiastas e pela mídia”, analisa.
Na tese, ele explica que os jovens hippies adotavam a Kombi porque ela casava perfeitamente com o estilo de vida que eles levavam. Outros motivos foram o baixo preço, a facilidade de manutenção e excentricidade.
Um dos depoimentos colhidos por Burnett foi o de Bob Thurmond, que comprou uma Kombi no auge da era hippie: “Você pode viver em uma Kombi. Pode facilmente dormir e viver nela. Pode fazer uma festa, ir à praia. Ela se ajusta perfeitamente a um estilo de vida viajante. A vida em comunidade está voltando à moda atualmente. A Kombi se encaixa perfeitamente, pois você pode amontoar todos os membros da comunidade dentro dela”.
O nome Kombi é uma abreviação, adotada no Brasil, para o termo em alemão Kombinationsfahrzeug, que em português significa “veículo combinado” ou “combinação do espaço para carga e passeio”. Na Alemanha o modelo recebeu o nome VW Bus T1 (Transporter Número 1). Além das versões com janelas traseiras de vidro ou furgão, a Kombi também foi fabricada como picape, com cabine simples ou cabine dupla.
Foram várias nos quase 60 anos de vida no Brasil. Veja a linha do tempo:
Quando deixou de ser produzida a VW preparou um vídeo emocionante sobre a história do modelo. Veja:
Pode limpar a lágrima que escorreu, pois a Kombi vai voltar. Vai ser diferente, com outra proposta, mas o espírito deve permanecer. O Boris, inclusive, já até dirigiu o conceito I.D BUZZ que servirá de base para o modelo que chega ao mercado em 2022.
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