Estes 7 carros automáticos têm que ser evitados! Entenda

Modelos e marcas cujas transmissões costumam dar mais dor de cabeça do que oferecer conforto para o proprietário

cambio i motion novo fox
Existe transmissão ruim, mas o I-Motion da Volkswagen consegue rivalizar o Easytronic, Dualogic e Easy'R (Foto: VW | Divulgação)
Por Fernando Miragaya
Publicado em 28/06/2024 às 11h03
Atualizado em 29/06/2024 às 00h46

O câmbio automático foi criado principalmente para proporcionar conforto ao motorista. Só que muitos carros automáticos costumam dar tanto problema que muitas vezes é mais prudente evitar sua compra.

VEJA TAMBÉM:

Separamos marcas e modelos de carros automáticos usados para se evitar. Desde caixas convencionais com conversor de torque até transmissões automatizadas.

Carros automáticos da Volkswagen para se evitar: i-Motion

volkswagen polo usado automatizado imotion
A primeira geração do Polo é um carro que teve poucas versões nefastas, mas o I-Motion é um automático para evitar (Foto: VW | Divulgação)

Trancos e falta de grip marcaram essa transmissão automatizada de embreagem simples da marca alemã. A caixa robotizada equipou diferentes carros compactos da Volks nos anos 2000 e 2010, como Fox, SpaceFox, Polo e Up!.

O funcionamento ruim fez até o feitiço virar contra o feiticeiro. No vídeo da campanha publicitária do câmbio, a Volkswagen brincou com uma pessoa soluçando para dizer que a transmissão não dava trancos. Mas a caixa logo recebeu o apelido de “ic-Motion”.

Além disso, costuma dar bastante problemas. O mais comum é o vazamento de fluido do atuador da embreagem e do robô. Embreagem patinando também é um defeito normal relatado por donos.

Carros automáticos da Chevrolet com caixa Easytronic

chevrolet agile vermelho dianteira grade
O Agile foi um dos piores carros que a GM vendeu no Brasil, e a versão automatizada conseguia ser mais irritante que a manual (Foto: GM | Divulgação)

A General Motors foi uma das primeiras fabricantes a apostar nas transmissões automatizadas de embreagem simples para tentar agregar conforto no segmento de compactos a um baixo custo. Tanto que a Easytronic foi aplicada em modelos como Agile e Meriva.

São carros automáticos para se evitar pelos motivos comuns em relação ao equipamento: excesso de trancos e imprecisões. No caso da “Easytranco” são frequentes também as trepidações e o travamento das marchas, cujo reparo pode custar mais de R$ 5 mil.

Carros da Peugeot e Citroën com câmbio automático para evitar

peugeot 407 2004 prata em movimento
O Peugeot 407 tinha suas virtudes, mas a caixa de quatro marchas deixava o carro travado, além de ser pouco confiável (Foto: Peugeot | Divulgação)

A caixa AL4 é quase onipresente quando falamos de carros automáticos da então PSA Peugeot Citroën do início deste século. Equipou desde 206 e C3 até sedãs e minivans mais completos, como 407 e Xsara Picasso.

Por ser um conceito de câmbio automático antigo e com apenas quatro marchas, costuma apresentar imprecisões em médios giros. Fora isso, ainda tem um problema crônico onde a transmissão patina e parece segurar o desempenho do carro.

Neste caso é preciso fazer uma espécie de reinicialização do gerenciamento do câmbio automático e trocar seu módulo. Coisa que não sai por menos de R$ 1.500.

Carros da Fiat com câmbio automatizado para não ter

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O caixa automatizada Dualogic ficou famosa por seus trancos e trocas inesperadas, sem contar que não ajudava na eficiência de modelos como o Stilo (Foto | Fiat | Divulgação)

A Fiat foi na onda do mercado na década de 2000 e lançou sua versão de transmissão automatizada de embreagem única com o nome Dualogic. Seu funcionamento era tão ruim quanto as caixas disponibilizadas pelos rivais e ganhou o apelido nada nobre de “Burralogic”.

A marca italiana, contudo, foi a que mais insistiu com o câmbio robotizado, aplicado amplamente na sua gama de produtos – até Linea, Bravo e 500 padeceram com o equipamento. Na metade da década passada, a fabricante apresentou o GSR, que nada mais era que uma segunda geração do Dualogic.

A promessa de mais grip e menos trancos ficou só na promessa mesmo. Pior: a nova fase do câmbio passou a ser disponibilizado nos carros por meio de teclas, em vez de alavanca. Um defeito no sensor de detecção de marcha joga o seletor para neutro sem o comando do condutor, o que motivou um recall por parte da montadora.

Toyota também tem seu carro com câmbio automático para evitar

toyota etios hatchback branco frente
Quem almeja um Etios sabe que não terá um carro com grandes refinamentos, mas as versões com câmbio automático deve ser evitado (Foto: Toyota | Divulgação)

Nem a marca com fama de fazer carros inquebráveis se safa da lista dos automáticos que devem se evitar. Mais precisamente na linha Etios. Apesar de ser um veículo de construção sólida e de ter uma transmissão robusta, é bom ter um pé atrás com a caixa U442E da Aisin.

Primeiro, porque as quatro marchas atrapalham muito o desempenho do Etios, seja com motor 1.3 ou 1.5 – os “buracos” entre a segunda e terceira marchas são irritantes. Além disso, passada a garantia, é preciso saber se o proprietário manteve uma manutenção zelosa, já que o fluido da caixa deve ser trocado a cada 40 mil km.

Renault e seu câmbio Easy’R

renault sandero stepway
A segunda geração do Sandero Stepway era muito charmosa, mas a transmissão Easy’R simplesmente tornava o carro insuportável (Foto: Renault | Divulgação)

Mesmo depois da malfadada reputação dos câmbios automatizados de embreagem simples de VW, Fiat e GM, a Renault insistiu. A marca francesa apostou na caixa Easy’R para Sandero e Logan no lugar da transmissão convencional de quatro marchas que equipava a linha compacta – que não era um primor de agilidade, mas era melhor resolvida.

A nova transmissão da Renault estreou na primeira metade dos anos 2010 e não tinha nada de fácil. Padeceu das mesmas imperfeições dos rivais: imprecisão e mudanças bruscas. Não durou nem seis anos no mercado e foi descontinuado em 2019.

O câmbio PowerShift da Ford

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O Fiesta foi uma referência entre os hatches compactos, mas a caixa PowerShift fez dele um carro automático a ser evitado (Foto: Ford | Divulgação)

A Ford resolveu dar uma requintada em sua gama de compactos e se diferenciar com um câmbio automatizado de dupla embreagem. A expectativa era de que a tecnologia adotada em marcas premium – guardada as devidas proporções – livrasse o desempenho dos carros da marca dos trancos insuportáveis.

Realmente, o PowerShift tinha um comportamento muito superior aos i-Motion da vida em automóveis como Fiesta e EcoSport e chegou a equipar a linha Focus. Só que os defeitos logo apareceram. O superaquecimento da caixa provocou travamentos parciais e totais da transmissão.

A Ford teve de fazer um recall dos modelos com PowerShift – que imediatamente recebeu o apelido de “PowerShit”. A marca também estendeu a garantia da caixa, mas o estrago já estava feito. Então, é mais um câmbio automático a se evitar no mercado de carros usados e seminovos.

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14 Comentários
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Sergio 14 de agosto de 2024

A Fiat deve ter insistido no automatizado por não ser um câmbio ruim (de verdade; desde que se saiba o que se está dirigindo). Um automatizado, se dirigido adequadamente (o que não é difícil), além de ‘trocar as marchas para você’ consome tanto combustível quanto um carro com câmbio manual (custo x benefício).

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Joe 30 de julho de 2024

É ruim sim!!!! As pessoas vem aqui uma em cada 10 tem a sorte de ter um cambio bom. Assistam vídeos façam mais buscas.
Eu tenho amigos e parentes e todos reclamaram do powershit vai falar que é coincidência?

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Genivaldo Lourenço de Sena 24 de julho de 2024

Bom dia!
Nunca Tive carro automático , mas percebo que os veículos que tive para rodar bem depende da manutenção correta e de mecânico especializado.

OBASERVAÇÃO.: ESTAMOS CHEIO DE MECANICO LADRÃO SEM CONHECIMENTO ATUALIZADO.

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Agnaldo Policate 12 de julho de 2024

Eu tive dois Fiat Duologic e não me arrependo jamais. Infelizmente a assistência técnica das concessionárias não revelam exatamente o suposto problema crônico do cambio entrar em neutro, o qual me foi revelado por um mecânico reparador. Na verdade, essa situação ocorria quando a bateria estivesse com carga insuficiente ou vida útil finalizada, e desse modo, efetuando a substituição da bateria por uma nova, o câmbio voltava a operar normalmente. Infelizmente, não sei porque a Fiat não revelava de forma clara e transparente essa característica mecânica desse cambio automatizado. Tive um Stilo e um Punto, os dois Duologic, que chegaram a rodar mais de 135 mil kms para então ser trocado o kit de embreagem. Fazia todas as revisões e substituições de peças periodicas e somente isso q bastava para se ter um carro em perfeito estado.

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Sergio 14 de agosto de 2024

Tenho um Idea 1.8 com Dualogic+ (versão com “creeping”). Um bom carro – que, além de trocar as marchas sozinho (sem trancos desde que dirigindo ‘tranquilo’), consome tanto quanto um carro manual.

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Renato Ikeda 28 de junho de 2024

Faltou o câmbio a seco de Audi x VW
O Multronic multi tranco tb

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Paulo Maluche 28 de junho de 2024

O câmbio AL-4 faço o Reset em casa. É super fácil. O conjunto fica espetacular. Meu Citroen Xantia Exclusive, automático,99, motor 2.0 16v, está com 150 mil km. Revisão conforme manual. Está perfeito.

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Rogerio 28 de junho de 2024

Seria conveniente o autor dessa reportagem saber do que está falando, pois câmbio automático( Título da Matéria) e câmbio automatizado (caso do Polo e Fox da VW), possuem tecnologias diferentes.

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Waslon 28 de junho de 2024

Corrigir o nome Meriva!

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Vander 28 de junho de 2024

Não entendo pq esse pessoal continua falando mal dos câmbios monoembreagem. Tive um Fox 16 i-motion que rodei 100mil km e zero manutenção de câmbio, e funcionamento muito suave e divertido ao usar os shifters. Hoje tenho um Virtus Tsi que sempre dá um tranco quando diminuo a velocidade (numa esquina por exemplo) e acelero novamente, ele pensa um pouco, joga primeira marcha dá o tranco e segue com giro lá em cima. Curioso que nunca vi reclamações sobre este comportamento…

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Rodrigo 28 de junho de 2024

Pega um vídeo no You Tube e faz um reset do câmbio em menos de 2 minutos…muito fácil e parece ter ajudado muita gente por aí…

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Vander 28 de junho de 2024

Vou procurar, vlw a dica

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Rodrigo 28 de junho de 2024

Quando alguém ganha fama, infelizmente, nem sempre é possível desfaze-la…

O maior problema dos automatizados foi ter sido vendido como se fossem automáticos.

O Automatizado, seja da marca que for, é basicamente um câmbio manual, sem pedal de embreagem, cujo robozinho faz esse serviço para você. Portanto, o famoso soluço é apenas a característica de qualquer carro manual quando se troca a marcha.

Da mesma forma, um câmbio automático pode ser o convencional com conversor de torque ou o CVT. Aqui, é engraçado perceber que os críticos de plantão reclamam que o CVT parece enceradeira e não dá a sensação de reação de marcha do câmbio automático com conversor de torque…

Ué, reclamam dos automatizados por essa sensação e reclamam do CVT porque não tem? Kkkkkkk

Para concluir, tenho carros com câmbio manual, automático e também Automatizado.

No caso do meu automatizado, sou o.segundo dono, comprei-o na época com 15.000 KM, atualmente esta com 75.000 KM e NUNCA tive problema!

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Fernando SD 3 de julho de 2024

Exatamente, o Burris do AutoChato não é capaz de entender que houve falha nos projetos e evoluíram com os erros

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