7 fatos sobre para-choque que você precisa saber
Curiosidades sobre essa peça fundamental dos carros: como surgiu, como conservar e até como escrever corretamente…
Curiosidades sobre essa peça fundamental dos carros: como surgiu, como conservar e até como escrever corretamente…
Ele é a primeira peça que aparece quando você avista um veículo de frente. O para-choque é quase tão antigo quanto a história do automóvel, mas curiosamente não nasceu junto com o carro. Agora, vamos destrinchar alguns fatos sobre o para-choque que você precisa saber.
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Segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras (ABL), o correto é para-choque, com hífen e sem acento. Portanto, “parachoque” e “pára-choque” são formas erradas de se referir à peça. No plural, escreve-se para-choques.
O automóvel foi inventado em 1885, quando Carl Benz patenteou seu Benz Patent-Motorwagen. Mas o para-choque só surgiu mais de uma década depois. Os primeiros registros de carros com a peça datam de 1897.
Naquele ano, a Nesselsdorfer Wagenbarr-Fabrïksgesellschaft lançou uma linha de para-choques. Mas o equipamento tinha função estética. O item como instrumento para melhorar a segurança dos veículos foi “criado” em 1905, quando o britânico Frederick Richard Simms registrou um pedido de patente para a peça com outras propriedades.
No projeto do engenheiro, o para-choque passou a ter a função de amortecimento, para tentar evitar, em uma colisão, danos a outras partes do veículo. Desta forma, a indicação de Simms era que o para-choque fosse feito de algum material emborrachado – a própria borracha sólida ou couro.
Nas décadas de 1930 e 1940 as fabricantes passaram a transformar o para-choque como um suporte importante ao design do veículo, e até símbolo de status. As peças grandes, cromadas e reluzentes ganharam vez nos automóveis.
Nos carros estadunidenses dos anos 1950 e 1960, então, o para-choque era quase um corpo independente. Grades e até iluminação passaram a compor as peças metálicas, que saltavam aos olhos no contexto do design do automóvel.
Os primeiros para-choques de plástico começaram a pipocar no fim da década de 1960. Um dos primeiros modelos a adotar o novo material, feito de elastômero, foi o icônico Pontiac GTO.
Desde então, os para-choques passaram a ser capazes de absorver choques em pequenas colisões, além de deformáveis e com funções aerodinâmicas. E, claro, dentro de suas “missões estéticas”.
Os para-choque hoje geralmente são feitos de plásticos manipulados, dentre os quais poliéster termoplástico, termoplástico modificado, polietileno ou polipropileno modificado. A popularização destes materiais na peça é uma dádiva para os motoristas – ainda mais os que adoram dar aquelas batidinhas na hora de estacionar.
Porém, mesmo em colisões de baixo impacto, ele pode apresentar mossas. E como faz para desamassar para-choque de plástico? Você pode recorrer a oficinas especializadas, ou tentar fazer na garagem de sua casa.
Isso porque, conforme a avaria no para-choque de plástico, é possível desamassar a peça com um secador de cabelo. Coloque o aparelho em temperatura máxima e jogue o ar quente em cima do amassado fazendo movimentos circulares e uniformes.
Com a outra mão, pressione a parte avariada de dentro para fora para desamassar o para-choque de plástico. O ar quente faz o plástico ceder.
Ainda nesta lógica da dilatação térmica do plástico do para-choque, é possível também desamassar a peça com água quente – não confundir com água fervendo. Neste caso, depois de aplicar o líquido e “ajeitar” a mossa, resfrie o local rapidamente com pano úmido com água gelada, ou mesmo jogando água fria, para que o item retorne a sua forma original.
Tem também a velha técnica do desentupidor de pia – também indicada para pequenos amassados na lataria do carro. Coloque o desentupidor no local da mossa e puxe com firmeza até que ele volte para o lugar.
Os para-choques de plástico acabam mais suscetíveis às intempéries. Apesar de muitos usarem materiais de qualidade e resistentes a raios infravermelhos e ultravioletas, além de chuva, frio ou calor, não custa nada (ou custa bem pouco) seguir algumas dicas.
Evitar a exposição excessiva ao sol é a primeira sugestão, para minimizar que a peça, seja in natura ou pintada, desbote mais rapidamente com o tempo. Na hora de limpar o para-choque, só use sabão neutro e água, e hidrate o plástico pelo menos uma vez por mês com solução específica.
Retoques na pintura do equipamento em lojas especializadas podem custar de R$ 200 a R$ 450, conforme o tamanho da área a ser reparada. Já pintar o para-choque inteiro sai mais caro. Os preços vão de R$ 500 a mais de R$ 1 mil, pois há, ainda, a variável da cor,
Existe ainda um kit de produtos que promete revitalizar o para-choque. O mais famoso é um spray selante à base de titânio cujas propriedades químicas atuam no plástico. Desta forma, ele recupera a estrutura das partículas, a cor original e ainda cria uma camada de alta resistência ao calor.
O produto custa entre R$ 50 e R$ 100 e deve ser aplicado no para-choque por partes e com a ajuda de um pano seco e limpo. Importante que o carro esteja na sombra. Os especialistas dizem que o efeito do produto dura, em média, um ano.
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