Conheça 9 carros que revolucionaram o mercado brasileiro
Modelos que marcaram a história da nossa indústria automotiva e que definiram segmentos e modelaram sucessores
Modelos que marcaram a história da nossa indústria automotiva e que definiram segmentos e modelaram sucessores
Muito se fala que nosso mercado é defasado em relação à Europa e EUA. De fato, alguns projetos aqui ainda ficam a desejar em termos de plataforma e equipamentos. Mas o que não faltam são exemplos de carros que revolucionaram o mercado brasileiro.
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Separamos modelos que marcaram a história do nosso setor automotivo. De diferentes épocas e segmentos. Relembre 9 carros que revolucionaram o mercado brasileiro.
O automóvel mais vendido em todos os tempos no país é um dos carros que revolucionaram o mercado brasileiro. Lançado em 1980 dentro do Projeto BX – muito por insistência da filial daqui -, herdou a fama de robustez e mecânica simples do Fusca e foi o substituto mais digno que o besouro poderia ter.
O Gol teve mais de 8 milhões de unidades produzidas em 42 anos de existência, 26 deles consecutivos na liderança dos carros mais vendidos do país. Foram três gerações, várias reestilizações, muitas opções de motores e versões emblemáticas (GTS, GTI, Copa, Rallye…).
O Gol foi um dos carros que revolucionaram o mercado brasileiro também em pioneirismos. A versão GTI do hatch lançada em 1988 foi o primeiro automóvel de passeio produzido no Brasil com injeção eletrônica. Em 2003, foi a vez de o compacto ser o primeiro veículo com motor flex, capaz de beber etanol, gasolina ou a mistura dos dois.
Este não foi só um dos carros que revolucionaram o mercado brasileiro, como o mundial. Em 2003, a filial brasileira da Ford fez uma aposta pesada (e arriscada) com um SUV compacto feito sobre monobloco e sem tração 4×4. Parte do Projeto Amazon, o EcoSport chegou para ser um jipe do asfalto.
Era o que o mercado queria. Custava menos da metade que o SUV mais barato à época e vendeu como pão quente na padaria. As montadoras concorrentes acharam que era só uma “modinha”. Erraram feio e a Ford se deu bem com a inércia dos rivais.
No fim, o Eco inaugurou a tendência de SUVs e crossovers baseados em carros de passeio e voltados para uso urbano que dita o mercado nos dias de hoje. Tanto é que, depois do lançamento de sua segunda geração, em 2013, o mercado foi tomado por modelos com a mesma proposta do carro da Ford.
Justiça seja feita, com o 147 a Fiat já tinha um dos carros que revolucionaram o mercado brasileiro de compactos. Mas a marca italiana foi além ao produzir aqui o Uno a partir de 1984, pouco tempo depois de sua estreia na Europa.
Com desenho de Giorgetto Giugiaro, o Uno era inovador em todos os sentidos. Espaço interno superior à média do segmento de compactos, posição elevada de dirigir, ótima ergonomia e o estilo Botinha Ortopédica com coeficiente aerodinâmico (Cx) de 0,35 – para efeito de comparação, o 147 tinha Cx 0,50.
Também teve fama de robusto, muito graças ao jogo de suspensão traseiro independente com feixe de molas transversal herdado do 147. Foi outro que teve versões emblemáticas, como 1.6R e Turbo.
Mas o pioneirismo ficou mesmo por ser conhecido como o primeiro carro popular da história, no começo dos anos 1990. Com motor 1.0 para se enquadrar na tributação mais baixa do IPI à época, nasceu o Uno Mille.
Este primeiro Uno conviveu com a segunda geração a partir de 2010 e sempre figurou entre os veículos mais vendidos do país. Se despediu em 2014, com 30 anos de história no porta-malas e 4 milhões de licenciamentos.
Importado da França em 1999 e produzido no Brasil a partir de 2001, o 206 é um daqueles carros que revolucionaram o mercado brasileiro já na beleza. Em tempos de desenhos previsíveis e arredondados, o Peugeot trouxe para a categoria de compactos um estilo mais arrojado e dinâmico, assinado pelo estúdio Pininfarina.
Mas o 206 também se destacou pelo acabamento interno bem mais inspirado que os rivais da categoria. Sem falar nas opções de motores e nas variadas séries limitadas que experimentou. Caiu nas graças do mercado e somou quase 260 mil veículos emplacados em 10 anos de vendas.
Outro exemplo dos carros que revolucionaram e quebraram paradigmas no mercado brasileiro de compactos. Assim como o 206, o HB20 trouxe um frescor no desenho previsível dos hatches de entrada da época, bom nível de acabamento e uma plataforma moderna.
Projetado para o Brasil, o modelo também se destacou de cara pelos motores modernos e eficientes e pelas versões com bom custo/benefício. Não admira que até hoje, três remodelações depois, o HB20 continue como um dos automóveis mais vendidos do país – a ponto de vender praticamente tudo que é produzido na unidade de Sorocaba (SP).
Em 1994, a General Motors botou banca ao democratizar a ainda incipiente injeção eletrônica. E com o Corsa, projeto da alemã Opel, com arquitetura das mais modernas para a categoria de compactos e motores 1.0 de 50 cv e 1.4, de 60 cv.
Detalhe é que o Corsa brasileiro estreou por aqui um ano após o lançamento na Europa. O sucesso foi tão grande que teve fila de até três meses para comprar o carro. O que motivou o famigerado ágio nas vendas do hatch compacto.
Além do sucesso nas vendas, o Corsa foi mais um dos carros que revolucionaram o mercado com inovações, e também com versões emblemáticas. Em especial, a configuração esportiva GSI, com motor 1.6 16V importado da Hungria de 106 cv de potência.
O Dolphin foi lançado em meados de 2023 e foi um dos que mais revolucionaram o mercado brasileiro de carros elétricos. Isso porque o hatch com tamanho de modelo médio foi lançado por preços iniciais de R$ 150 mil, o que provocou uma reação em cadeia no segmento.
Isso porque rivais bem menores e feitos sobre plataformas cuja eletrificação foi adaptada, tiveram seus preços reduzidos quase que imediatamente após a chegada do Dolphin. Foi o que aconteceu com elétricos subcompactos como Renault Kwid e-Tech, Caoa Chery iCar e JAC EJS-1.
Isso sem falar que o Dolphin ainda oferece mais equipamentos. Além de motor com 93 cv de potência e autonomia de 295 km pelos padrões do Inmetro.
Antes de mais nada, sempre bom frisar que a Toro não inaugurou o segmento de média-compactas, posto que pertence à Renault Oroch. Mas foi a Fiat quem criou um dos carros que revolucionaram o mercado de picapes intermediárias, graças a um projeto muito bem resolvido em vários aspectos.
Para começo de conversa, a Toro já tem um design bastante esportivo, que foge do lugar-comum das picapes. Ao mesmo tempo, o veículo usa estrutura monobloco e elementos da plataforma do Jeep Renegade, o que contribui para a dinâmica e o conforto de sedã.
Tanto que puxou a reboque outras rivais para o segmento. A Chevrolet lançou a nova Montana, e Volkswagen e Toyota preparam picapes do mesmo porte para bater de frente com o exemplar da Fiat.
Não tem como escrever sobre carros que revolucionaram o mercado sem citar o Fusca. Mais de 70 anos atrás o besouro iniciou sua história no Brasil ao ser montado em sistema CKD em um galpão paulistano. Começava ali a história de um dos veículos mais queridos dos brasileiros.
O Fusca passou a ser feito na fábrica da Volks em São Bernardo do Campo (SP) e foi um sucesso absoluto no mercado brasileiro nos anos 1960, 1970 e começo dos 1980. Durante décadas foi o líder absoluto de emplacamentos e figura onipresente nas ruas do país com o mesmo design básico de sempre, robustez e mecânica simples.
O carro é tão especial e marcante que, sete anos após sua aposentadoria, o Fusca voltou a ser produzido como um movimento diplomático e institucional. O Governo Itamar Franco, em 1993, queria impulsionar a ideia de carro popular e “sugeriu” a volta do Besouro, que voltou a ser fabricado até 1996.
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Só uma correção; o HB20 é produzido na fábrica da Hyundai em Piracicaba e não em Sorocaba.
Faltou o Toyota Bandeirante ! Um ícone nas estradas de terra desse país ! Até hoje ainda trabalha nas piores estradas desse país. Levando mudanças, compras, manutenção de redes elétricas rurais e muitas outras !
“Para se redimir”