Somente após flagra do MP, BYD melhora condições de trabalhadores

Montadora foi flagrada com operários em situação degradante no fim do ano passado e teve parte de suas obras paralisadas

obras fabrica byd bahia janeiro 2025 (7)
Parte das obras está paralisada até regularização (Fotos: BYD | Divulgação)
Por AutoPapo
Publicado em 16/01/2025 às 19h00

A montadora chinesa BYD está construindo fábrica em Camaçari, Bahia, na área que pertenceu a Ford. No fim de novembro de 2024, a Agência Pública denunciou que os operários chineses que trabalhavam na construção tinham tratamento degradante e condições de vida sub-humanas.

Mas quase um mês depois, no dia 23 de dezembro, nada tinha se alterado e o Ministério Público do Trabalho (MPT) teve que interditar as obras e exigir que os operários fossem hospedados decentemente em hotéis da região.

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Enquanto isso, parte das obras estão paralisadas. No planejamento divulgado, a fábrica deverá entrar em operação ainda neste ano.

Nesta quinta-feira (16), a BYD divulgou que contratou uma construtora brasileira para realizar as adequações nas obras da fábrica de Camaçari. Essa construtora fará os ajustes necessários para que o MTE suspenda os embargos parciais e a obra seja totalmente retomada.

Segundo a montadora, os detalhes da nova construtora como nome da empresa e o plano de ação serão divulgados nos próximos dias. A substituição da construtora Jinjiang ainda está sendo estudada.

A BYD também destacou que, no momento, todos os trabalhadores estrangeiros estão hospedados em hotéis. Novas moradias estão sendo selecionadas para os que ficarem no país a trabalho e deverão seguir todas as normas brasileiras.

“Todos os trabalhadores das construtoras contratadas para a obra agora almoçam no refeitório e recebem as refeições de acordo com as regras trabalhistas. O espaço é o mesmo usado pelos colaboradores da BYD em Camaçari”, divulgou a montadora em comunicado.

Comitê de compliance

A BYD também divulgou que criou um comitê de compliance para acompanhar de perto a conclusão da obra. Ele é formado por representantes da empresa, escritórios de advocacia, especialistas em direito trabalhista e segurança do trabalho, além de um consultor independente, que estão se reunindo periodicamente para acompanhamento e cumprimento da legislação brasileira e implementar melhorias nos processos durante todas as etapas da construção do complexo fabril.

Estão responsáveis, também, por avaliar as condições de trabalho, alimentação, segurança e moradia dos funcionários terceirizados. O comitê tem total liberdade para atuar na correção de qualquer eventual problema que possa surgir.

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2 Comentários
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Santiago 18 de janeiro de 2025

Agola não vai dá pla vende mais balatinho, né?

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Polvo 17 de janeiro de 2025

As autoridades precisam acompanhar de perto mesmo. Vender produtos de alto valor agregado às custas de exploração de mão de obra é inadmissível.

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