Shark é fundamental para crescimento da BYD no Brasil
Picape híbrida média acaba de estrear no mercado brasileiro, onde terá como rivais tradicionais caminhonetes com motores turbodiesel
Picape híbrida média acaba de estrear no mercado brasileiro, onde terá como rivais tradicionais caminhonetes com motores turbodiesel
Em um movimento alinhado aos seus planos de rápido crescimento no mercado brasileiro, a BYD lançou uma picape média híbrida plugável cujas especificações técnicas impressionam. Motor a gasolina turbo de 1.5 L, 183 cv e 26,5 kgfm. Há mais dois motores elétricos: dianteiro, 231 cv e traseiro, 204 cv; 31,6 kgfm e 34,7 kgfm, na mesma ordem. De acordo com o fabricante, os 437 cv (torque combinado não se pode calcular) — permitem acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 5,7 s.
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Indicadores muito melhores que os mais de 10 modelos hoje oferecidos, quase todos com motores Diesel, cujas vantagens tradicionais são robustez e economia de combustível. Agregam, além de arraigada e dominante preferência entre os compradores, tradição de durabilidade e adequação ao perfil de uso do veículo.
No quesito economia de combustível — pelo menos até surgir uma picape híbrida a diesel — os números da Shark (tubarão, em inglês) empolgam e obviamente previsíveis, segundo a homologação Inmetro: 24,6 km/l na cidade e 19,9 km/l na estrada. Mesmo com apenas 57 litros no tanque roda 1.400 km, na cidade e 1.134 km, em estrada. A líder do segmento, Hilux, consegue apenas 10,1 km/l e 11,3 km/l, na mesma ordem, com alcance de 808 km e 904 km, respectivamente. O tempo de recarga até 80% da bateria é de pouco menos de uma hora.
Principais dimensões: comprimento, 5.457 mm; largura, 1.971 mm; altura; 1.925 mm. Há amplo espaço interno graças ao entre-eixos de 3.260 mm. Bancos em couro, sendo os dianteiros elétricos, tela multimídia giratória de 12,8 pol. e conexão Apple CarPlay e Android Auto são os destaques. Capacidade de carga de 790 kg é 21% inferior às picapes deste porte. Já o volume da caçamba, 1.200 litros, inclui três tomadas para equipamentos externos.
Em um primeiro contato no autódromo Ayrton Senna, Goiânia (GO), com pista molhada, a tração 4×4 mostrou-se eficiente. Corrigiu instantaneamente todos os desvios de trajetória, inclusive em frenagens. Na pista off-road desempenhou muito bem graças ao ângulo de ataque de 31°, ângulo de saída de 19,3° e vão livre do solo de 210 mm, considerando ainda sua massa de 2.665 kg. Há três programações de tração: Lama, Areia e Neve. Porém, concorrentes oferecem até seis opções. Silêncio a bordo é um ponto alto graças ao motor de ciclo Otto, neste aspecto incomparável ao Diesel.
Preço promocional de lançamento, R$ 379.800,00, é alto e pode limitar as vendas.
Mesmo sem produção local, a empresa do oval azul continua a expandir suas atividades em Camaçari (BA) dentro do Senai Cimatec Park, um impressionante complexo de instalações dedicadas à pesquisa e desenvolvimento. Neste campus integrado de tecnologia e manufatura, a Ford vai inaugurar no início de 2026 um novo prédio com capacidade para 1.000 pessoas. Assim poderá se integrar ainda mais dentro do complexo que poucos acreditavam existir na Bahia, até conhecer de perto. E se impressionar.
Trata-se de colaboração estreita entre governo estadual, ensino técnico-profissionalizante do Senai e empresas interessadas em criar um ambiente de estímulo a novas ideias por meio de pesquisas avançadas. No caso da Ford integra-se com a matriz em Dearborn, Michigan e outras oito instalações da companhia ao redor do mundo. A exportação de serviços anualmente gira em torno de US$ 100 milhões (R$ 570 milhões).
Desenvolvem-se partes de plataformas veiculares mundiais com responsabilidade ampliada no SUV Explorer, três das oito famílias de motores da marca, elementos de chassi e conjuntos completos de transmissão para veículos de carga da América do Norte e evolução de estilo dos modelos Escape, F-150, Super Duty, Mustang e Bronco. Tudo em interação com o Campo de Provas de Tatuí (SP) para testes de resistência e durabilidade.
Softwares complexos, conectividade avançada (inclusive módulos over-the-air de atualização automática), além de realidade virtual como suporte indispensável para estilo e ergonomia, estão incluídos nos trabalhos do Cimatec.
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