Aisin? ZF? Quais são os câmbios automáticos usados no Brasil?
Esse componente é muito compartilhado dentro da indústria, com alguns fornecedores principais atendendo a várias marcas
Esse componente é muito compartilhado dentro da indústria, com alguns fornecedores principais atendendo a várias marcas
Os carros com câmbios automáticos já se tornaram figurinhas carimbadas nas ruas brasileiras. Muitos motoristas nem querem mais saber de trocar as marchas no próprio carro.
Diferente dos motores, esse componente costuma ser feito por um fornecedor e compartilhado por várias marcas. Isso ajuda na hora da manutenção ou até mesmo a ter uma referência da qualidade em um lançamento.
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Em nossos testes costumamos falar que carro X usa câmbio Aisin, marca Y usa ZF. Fizemos essa lista com todos os câmbios automáticos utilizados nos principais carros vendidos no Brasil para descomplicar.
A Aisin Seiki é uma fornecedora de transmissões da Toyota, na ativa desde 1949. Seus câmbios automáticos e CVT são usados por marcas de todos os continentes.
A Chevrolet utilizou câmbio de quatro marchas da Aisin no Vectra, no Astra e no Corsa, mesma caixa que foi usada pelo Fiat Marea e pelo Toyota Corolla. O câmbio de seis marchas da japonesa foi responsável por aposentar a criticada AL4 nos carros da Peugeot e Citroën. Veja as caixas da marca que estão em uso hoje:
Esse câmbio automático de seis marchas é usado hoje pelos Volkswagen de motor 170 TSI, herdada do 1.6 MSI, e pelo Citroën C4 Cactus. Os recém aposentados C3 e 208 1.6 também usavam a AWF6F16. É uma caixa para uso mais leve e com limite de torque mais baixo.
Essa é uma versão mais parruda da família AWF, para motores com até 30 kgfm. Ela é usada por todos os carros da Stellantis com motor 1.3 turbo, pelo Citroën C4 Cactus THP e pelos carros da Volkswagen com motor 200 TSI ou 250 TSI.
A família F8 é a sucessora da F6 dentro da Aisin, contando com oito marchas. Na Europa ela é adotada no Peugoet 208 e outros carros compactos, mas no Brasil está limitada a alguns importados.
O câmbio K312 é o CVT mais leve da Aisin disponível no Brasil. A Fiat adotou a caixa com seu motor 1.3 Firefly de aspiração natural, enquanto a Toyota usa com o seu 1.5.
A caixa K313 é a CVT mais parruda da Aisin, que já foi usada também pelo Toyota Corolla nas gerações passadas. Hoje ela é usada pela Stellantis junto de seu motor 1.0 turbo.
Junto da nova geração do Toyota Corolla foi lançada a caixa K120 “Direct Shift”. Seu diferencial é possuir uma primeira marcha por engrenagem apenas para arrancadas, com o carro em movimento entra as varrições contínuas do CVT.
A Aisin desenvolveu o câmbio automático AC60F para ser usado em utilitários e caminhonetes. Por isso o seu foco é na robustez, o que é refletido nos poucos relatos de defeitos.
Esse câmbio automático de oito marchas é o sucessor do AC60F. Por enquanto só o encontramos no Brasil no Mitsubishi Pajero Sport, mas ele poderá vir na próxima geração da Hilux.
A ZF Friedrichshafen é um grupo alemão que fornece diversos componentes para automóveis, incluindo câmbios automáticos. Seu carro chefe é a caixa de 8 marchas, que está nos principais carros de luxo do mercado e até mesmo em utilitários.
Esse câmbio automático é um dos mais populares no mundo. Ele possui um gerenciamento inteligente para as trocas de marcha e também é robusto. Nos utilitários é usada a versão 70, com maior limite de torque.
Esse câmbio de 9 marchas foi feito para motores transversais. Geralmente uma caixa com mais marchas é fisicamente maior, mas a ZF conseguiu fazer essa quase tão compacta quando a antiga de 6 velocidades.
Apesar de serem rivais, a General Motors e a Ford possuem uma parceria para desenvolver câmbios automáticos. Antes disso cada uma desenvolvia suas caixas, a GM tinha até a divisão Hydra-Matic focada apenas nisso.
Esse câmbio automático de seis marchas virou o padrão da Chevrolet no Brasil. Ele também foi usado pelo Ford Ka e pelo EcoSport.
Para motores mais potentes houve uma divergência na parceria. A General Motors criou a família 9TXX de nove marchas, que foi usada no Brasil pelo Chevrolet Equinox. A Ford criou uma versão de 8 marchas desse câmbio, que hoje é encontrada no Bronco Sport e na Maverick, ambos com motor 2.0 turbo.
Esse é câmbio automático de seis marchas da Ford não é novidade. Ele é uma versão produzida sob licença da ZF 6HP26, que está em linha desde 2005. A Ranger com motor 2.0 turbodiesel ainda a utiliza.
O câmbio automático de 10 marchas é o novo carro chefe dessa parceria entre Ford e GM. A amplitude de relações de marcha serve para explorar melhor a força dos motores e também reduzir o consumo quando não for muito exigido.
A linha 2025 da Chevrolet S10 e do Trailblazer trouxe ao Brasil o câmbio de 8 marchas que já era usado pela GM nos EUA. Esse câmbio não teve equivalente na Ford.
Assim como a Aisin é a fornecedora de transmissões da Toyota, a Jatco é a divisão de câmbios automáticos da Nissan. Hoje ela faz caixas tradicionais apenas para motores longitudinais, para carros com motor transversal ela fornece apenas CVT.
Esse câmbio CVT é para aplicações mais leves, rivalizando com o K312 da Aisin. A Renault usava ele também no Logan, no Sandero e no Captur.
O CVT8 é o câmbio CVT mais parrudo da Jatco oferecido no Brasil. A japonesa possui uma caixa capaz de lidar com ainda mais torque que é usada em carros com motor V6.
Enquanto o padrão nas caminhonetes médias era usar câmbio automático de seis marchas, a Nissan adotou uma de sete velocidades em sua Frontier. Hoje ela começa a ser ultrapassada pelas rivais que estão com 8 ou 10 marchas.
A Hyundai é uma das marcas que produz seus próprios câmbios automáticos, através da divisão Hyundai Transys. Ela fornece uma caixa de 8 marchas para a Jeep nos EUA, que é usada pelo Compass com motor 2.0 turbo Hurricane em acerto menos potente que o brasileiro.
Esse câmbio automático de seis marchas começou a ser usado no Brasil pela Hyundai com a nova geração do HB20, sucedendo a antiga de 4 marchas. A coreana oferece também CVT e dupla embreagem para carros similares em outros países.
Esse câmbio de dupla embreagem é inédito no Brasil, mas já é o padrão em muitos carros da Hyundai pelo mundo. Ele utiliza embreagens a seco, conceito similar ao que já foi usado pela Volkswagen.
A Magna Steyr é uma fábrica de carros alemã que produz veículos para terceiros. Sua divisão de componentes mecânicos comprou a Getrag, tradicional fábrica de câmbios manuais.
Ela começou a fazer caixas de dupla embreagem com a famigerada Powershfit. Hoje ela fornece para a Renault e para a BMW, já distanciada das criticas de qualidade.
A Renault chama esse câmbio de dupla embreagem apenas de EDC. A DW23 é uma caixa nova já pronta para receber sistema híbridos, que estreou com o Kardian Brasileiro e no novo Dacia Duster europeu.
A Honda, assim como a Hyundai, produz seus próprios câmbios automáticos, manuais e CVT. Hoje ela só oferece o terceiro tipo no Brasil em seus carros de passeio, já que seus híbridos possuem uma ligação direta entre o motor e as rodas.
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Conteúdo maravilhoso!
Faltou os modelos da mini