13 caminhonetes para evitar estresse com o biodiesel

A oferta de picapes com motores a gasolina ou flex diminuiu, ainda existem essas 13 opções no mercado para quem não quer diesel

Ford Maverick Tremor cinza frente parada em trilha
A Maverick vem com 2.0 turbo e terá versão híbrida (Foto: Ford | Divulgação)
Por Eduardo Rodrigues
Publicado em 26/09/2025 às 17h00

A mistura de biodiesel no óleo diesel virou a nova preocupação dos donos de caminhonetes no Brasil. Hoje o teor dele na mistura está em 15%, conhecido como B15, e há previsão de aumentar.

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Segundo as montadoras, seus motores já estão preparados para queimar o diesel B15 ou até mistura maiores. Mas o problema maior está nos veículos que rodam pouco, o biodiesel absorve umidade e isso gera borra no tanque.

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Se você quer ter uma caminhonete, mas não quer se preocupar com o biodiesel, a solução é partir para um modelo a gasolina ou flex. Infelizmente a oferta das médias com esse tipo de motor acabou, sobraram apenas modelos especiais delas, fora as compactas e as grandes. Confira:

BYD Shark

BYD Shark 2025 azul frente parada
Ela é a única híbrida plug-in da lista, com dois motores tracionando o eixo dianteiro e um no traseiro (Foto: BYD | Divulgação)

A chinesa BYD trabalha apenas com veículos eletrificados. A Shark é sua única caminhonete e possui powertrain híbrido plug-in, que utiliza motor 1.5 turbo a gasolina junto de dois elétricos.

Ela possui construção tradicional, com chassi separado da carroceria. Mas a bateria fica no centro como parte estrutural, impossibilitando passar um cardã. Por isso, o motor a gasolina traciona o eixo dianteiro junto de um elétrico, enquanto o segundo motor elétrico mais fraco traciona o eixo traseiro.

Outra diferença da Shark para as médias tradicionais é ter a suspensão traseira independente. Sua capacidade de carga é de 790 kg e a de reboque fica em 2,5 toneladas.

Chevrolet Montana

Chevrolet Montana Premier 2026 prata shark frente parada
A linha 2026 trouxe painel digital e nova central multimídia (Foto: Chevrolet | Divulgação)

A Chevrolet Montana estreou como competidora da Fiat Strada de cabine dupla. Por ser derivada do Tracker, ela possui cabine mais larga e um interior mais caprichado, além de parecer um sedã quando está em movimento.

A sacada da Chevrolet com a nova Montana foi de assumir que os compradores de caminhonetes pequenas escolhem elas pelo estilo e rodam mais na cidade. Por isso sua capacidade de carga é baixa, mas a caçamba conta com soluções práticas, como as divisórias e a capota com vedação aprimorada.

O único motor disponível na Montana é 1.2 turbo flex, que agora possui injeção direta e rende 141 cv. O câmbio pode ser manual de seis marchas nas versões 1.2 MT e LT, ou automático de seis nas LTZ, Premier e RS.

Chevrolet Silverado

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É a picape V8 mais econômica do Brasil, caso alguém se importe com isso (Foto: Chevrolet | Divulgação)

As três picapes grandes vendidas no Brasil possuem personalidades distintas. A Chevrolet é a mais equilibrada em nível de acabamento e tecnologia, mas perde em desempenho por ter o V8 “mais fraco” do segmento, com o 5.3 de 360 cv.

Isso dá a ela uma vantagem em consumo, é a mais econômica. Não que o público dela se preocupe com isso, mas a autonomia ajuda a parar menos em viagens.

Fiat Strada

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A Stradinha é muito usada para trabalhar e conta com um confiável 1.3 aspirado (Foto: Fiat | Divulgação)

A caminhonete mais vendida do Brasil é também um dos carros que mais trabalha nesse país. A Strada é uma compacta bem parruda, a única com molas semielípticas no segmento, e utiliza o robusto motor 1.3 Firefly. Os modelos Ranch e Ultra utilizam o 1.0 turbo com câmbio CVT.

Ela é vendida em versões de cabine simples ou dupla. A suspensão possui um grande vão livre e todas as versões agora contam com o bloqueio TC+, que ajuda a sair de enrascadas na lama.

Fiat Toro 1.3 turbo

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Agora as versões de entrada contam com um 1.3 turbo, sem a lerdeza do antigo 1.8 (Foto: Fiat | Divulgação)

A Fiat Toro foi uma das sacadas mais geniais da marca italiana no Brasil. Ela utilizou a arquitetura de SUVs da Jeep para criar uma picape intermediária entre a Strada e as médias tradicionais.

Ela possui porte maior, posição de dirigir alta e pacote de equipamentos mais recheado, mas sem a pulação de uma média. A cereja nesse bolo era ter a oferta de motor diesel e tração integral, ainda mais diante do 1.8 E.Torq subdimensionado para um carro com mais de 1.700 kg.

Hoje a opção de motor flex melhorou, é o 1.3 turbo de 176 cv e 27,4 kgfm. O que não ficou melhor foi o consumo, continua alto. Mas pelo menos pode rodar com etanol, que baixa o custo por km rodado em algumas regiões.

Ford F-150

Ford F 150
A F-150 utiliza V8 e conta com a versão off-road Tremor (Foto: Ford | Divulgação)

O carro mais vendido dos EUA é a Ford F-150. No Brasil ela possui presença mais discreta, sendo vendida apenas nas versões intermediárias Lariat e Tremor, sempre com o V8 5.0 Coyote.

O modelo Lariat possui duas variações, a tradicional cheia de cromados e a Black, com acabamento escurecido. A Tremor, que estreou em 2025, conta com preparação para o fora de estrada, que inclui suspensão elevada e pneus todo terreno.

Ford Maverick

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A versão Black é tabelada em R$ 220 mil (Foto: Ford | Divulgação)

A Ford conseguiu colocar a Maverick reestilizada com preços bastante competitivos no Brasil. A versão Black custa R$ 219.900 e conta com um pacote de equipamentos bem completo para sua faixa de preços.

A versão Tremor, com suspensão elevada e sistema de tração integral mais avançado, com bloqueio no eixo traseiro, custa R$ 20 mil a mais. Mas ambas contam com o motor 2.0 turbo a gasolina de 253 cv.

Também existe a versão híbrida da Maverick, que voltará ao mercado ainda em 2025 e não possui preço ainda. Esse modelo agora terá tração integral, não será apenas dianteira como foi até o modelo 2024.

Ford Ranger Raptor

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A Raptor utiliza um V6 biturbo e foi preparada para alto desempenho fora de estrada (Foto: Ford | Divulgação)

Até por volta de 2021 existiam versões flex da Ford Ranger, da Chevrolet S10 e da Toyota Hilux. Hoje a única dessas sem motor diesel é a Ranger Raptor, mas trata-se de um modelo esportivo.

Sob o capô está um V6 3.0 biturbo de 397 cv, que conta com um escapamento bem livre que solta um ronco forte. É bem diferente do 2.5 Duratec flex da geração anterior.

Mas o grande destaque da Ranger Raptor é a suspensão. Ela possui curso longo e utiliza amortecedores ativos, para poder rodar em altas velocidades nos terrenos mais acidentados e realizar saltos.

Jeep Gladiator

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Ela é um jipe com caçamba (Foto: Jeep | Divulgação)

Se você curte um fora de estrada mais técnico, em velocidades menores e focado em transpor obstáculos, a caminhonete ideal é a Jeep Gladiator. Ela é, de grosso modo, a picape do Wrangler.

O motor dela é o V6 3.6 Pentastar aspirado, que trabalha junto do câmbio automático de 8 marchas. Ela utiliza eixo rígido na dianteira e na traseira, como um utilitário a moda antiga.

Ram 1500

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A 1500 trocou o V8 por um seis em linha biturbo, que a deixou mais rápida (Foto: Ram | Divulgação)

A Ram revitalizou o segmento de picapes grandes quando começou a trazer a 2500, ainda sob a marca Dodge. Mais tarde ela retomou com a fatia inferior desse segmento, com a 1500 equipada com motor V8 Hemi.

Hoje ela traz a 1500 com o seis cilindros em linha biturbo Hurricane, ainda mais forte. Apesar das críticas nos comentários das redes sociais, o modelo segue vendendo mais que as rivais mesmo sem o V8.

A Ram 1500 é também a mais luxuosa do segmento, contando até com suspensão a ar e teto solar panorâmico. Ela voltou a ter opção de V8 nos EUA, mas para o Brasil parece que seguirá com o biturbo.

Ram Rampage R/T

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Agora sobrou apenas a versão R/T com o 2.0 turbo Hurricane (Foto: Ram | Divulgação)

A Ram Rampage estreou no Brasil em três versões, todas elas com a opção do 2.0 turbo Hurricane a gasolina. Hoje a oferta desse motor foi limitada ao modelo esportivo R/T, graças ao sucesso do novo 2.2 turbodiesel.

O modelo R/T é o topo de linha da Rampage. Na linha 2026 ele ganhou acerto de suspensão mais confortável, já que não precisa mais se diferenciar das outras versões. Esse motor deverá virar flex em breve.

Renault Oroch

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A Oroch conta agora apenas com o 1.6 aspirado (Foto: Renault | Divulgação)

A Renault Oroch estreou seis meses antes do Fiat Toro e estreou a fórmula de caminhonetes derivadas de SUVs. Mas a falta do motor diesel e a simplicidade fez dela uma coadjuvante.

Hoje ela foi reposicionada como uma alternativa a Fiat Strada. Seu motor 1.6 com câmbio de seis marchas leva vantagem sobre o 1.3 da rival, além de oferecer cabine mais espaçosa, maior vão livre e suspensão traseira independente.

A Oroch possuía uma versão com motor 1.3 turbo e câmbio CVT, mas ela saiu de linha em 2024. Hoje ela só é vendida com três pedais e motor aspirado.

VW Saveiro

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A Saveiro segue como herança de uma fase antiga da marca (Foto: VW | Divulgação)

O carro mais longevo no mercado brasileiro é a Volkswagen Saveiro. Essa caminhonete teve a geração atual lançada em 2009, é o último carro da marca alemã com a antiga plataforma PQ24 e motor 1.6 aspirado.

Hoje ela aposta no preço baixo para continuar na vice-liderança do segmento, o que ajuda a ganhar licitações. Mesmo antiga, ela ainda é boa de dirigir, graças a suspensão traseira com molas helicoidais e o câmbio preciso da Volkswagen.

A marca prepara uma nova picape compacta, que terá fórmula similar a da Montana, motor turbo e versão híbrida. Isso pode indicar o fim da Saveiro, mas nunca se sabe. Ainda mais vindo da marca que produziu a Kombi até 2013.

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