Carro elétrico usado: 10 fatos para saber antes da compra
Veículos movidos a bateria merecem alguns cuidados extras e diferentes na hora da pesquisa no mercado de seminovos
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O carro elétrico usado já é uma realidade nas concessionárias e agências de veículos brasileiras. A primeira grande leva de automóveis movidos a bateria (também conhecidos como BEVs) já chegou ao mercado de segunda mão com preços interessantes e o apelo de economia.
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Porém, antes de comprar o carro elétrico usado é importante observar vários aspectos. E engana-se quem acha que só a bateria merece atenção. Como todo modelo de segunda mão, é importante estar atento ao estado geral de conservação e a outros detalhes que vamos especificar agora.
10 fatos para saber antes da compra do carro elétrico usado.
O coração do carro elétrico, usado ou novo, é o que demanda mais atenção, naturalmente. Para começo de conversa é importante fazer um diagnóstico da peça, com um scanner, algo que você provavelmente terá de solicitar no serviço autorizado da concessionária da marca do modelo.
Bom observar que a esmagadora maioria das fabricantes concedem 8 anos de garantia para as baterias de seus modelos zero combustão. Não significa que ao fim desse período a bateria já era, nem quer dizer que muito antes disso o equipamento estará funcionando em sua plenitude.
É consenso entre engenheiros especializados em BEVs que, a cada ano, a bateria perde até 2% de sua capacidade. Então, mesmo em um carro elétrico usado com dois anos de vida, é natural que a autonomia e a capacidade da peça não seja a mesma de quando o veículo saiu da loja.
Em geral, os BEVs são vendidos com cabos originais para carregamento. Então, é importante verificar se o carro elétrico usado no qual você está de olho está com o acessório original. Um cabo novo não sai por menos de R$ 1 mil.
Verifique ainda se o modelo tem aqueles conectores para recarga rápida (DC). Em ambos os casos, fique atento ao estado de conservação dos cabos e não esqueça de fazer testes para ver se eles estão em bom estado de funcionamento, fazendo a recarga e sem folgas nas conexões.
Aqui não tem a ver com o carro usado elétrico em si, mas com a sua preparação para recebê-lo. O ideal é ter um carregador na residência ou no trabalho para não depender de estações em shoppings, supermercados ou estacionamentos.
Antes de mais nada, contrate uma empresa para fazer o orçamento e verificar o que é preciso fazer na sua casa, empresa ou condomínio para instalar o aparelho.
Solicite ao vendedor ou à loja que o carro elétrico usado seja suspenso em um elevador e examine a parte de baixo do veículo. Isso porque a bateria do carro elétrico fica localizada abaixo do assoalho central. Observe se há qualquer deformação, amassado ou avaria na área.
A suspensão de um carro elétrico costuma ser mais reforçada. Isso porque as baterias pesam mais e o centro de gravidade do veículo é diferente se comparado a um modelo a combustão. Então, faça uma inspeção de amortecedores, molas, batentes e buchas.
Os BEVs também demandam pneus com características diferentes. Em geral, com banda de rodagem e compostos específicos para aguentar a maior força e o torque instantâneo desse tipo de modelo, além de oferecer rodar mais “silencioso” – lembre-se que o carro elétrico não tem o barulho do motor de combustão para disfarçar isso. Então, pesquise e veja se o tipo de pneu é original ou atende às mesmas especificações.
Uma pessoa que comprou um veículo movido 100% a bateria 0 km e não fez a manutenção correta na concessionária é louca, mas pode existir. Por isso, confira o histórico de revisões do carro elétrico usado para ver se não houve qualquer “negligência”.
Depois da compra, não esqueça também que você provavelmente vai virar refém da concessionária para fazer a manutenção do veículo. Pelo menos até oficinas independentes especializadas se popularizarem. Mão de obra qualificada e equipamentos adequados são imprescindíveis.
O BEV só não tem óleo de motor. Mas o líquido que resfria as baterias é o mesmo fluido à base de etilenoglicol usado no sistema de arrefecimento dos modelos a combustão. Além disso, carro elétrico tem os velhos fluidos do freio e da transmissão para checar.
Via de regra, os BEVs exibem informações sobre alcance, capacidade da bateria, status de recarga, monitoramento do carro em tempo real etc. Seja pelo quadro de instrumentos, seja pelo sistema multimídia. É primordial que estes painéis estejam funcionando perfeitamente.
No mercado de veículos de segunda mão, quanto mais rodado, mais desvalorizado é o modelo. No caso do carro elétrico usado isso não se aplica mais. Engenheiros, técnicos e especialistas afirmam que uma quilometragem muito baixa do BEV significa que o automóvel foi pouco usado e carregado, o que pode ter afetado a vida útil e a capacidade da bateria.
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ótimo texto, parabéns !