Separamos os 5 modelos principais que se enquadravam na política do veículo acessível nos anos 1990 e que atualmente estão disponíveis no mercado de usados
O carro popular nem voltou e já está numa novela arrastada. Mas para quem quer o automóvel acessível raiz, aquele que realmente fez parte do programa de incentivos nos anos 1990, eles estão dando sopa no mercado de usados.
São carros populares rodados, é claro. Alguns valorizados por terem virado itens colecionáveis. Outros mais baratos do que o que o futuro veículo acessível do novo século pode vir a custar.
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O primeiro carro popular reflete bem o que é o mercado de carros mais antigos. Há unidades anos 1991 e 1992 menos conservadas nos sites de compra e venda de veículos que custam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. E outras mais inteiras que podem chegar a R$ 30 mil pela “raridade”.
No início, o motor Fiasa, originalmente 1.050 cm³, virou 999 cm³ para que o Uno Mille se tornasse um carro popular. Nesta fase, são 48 cv de potência e singelos 7,1 kgfm de torque a 3.000 rpm em um carro bastante aliviado: esqueça retrovisor direito e encostos de cabeça. Tais itens voltaram no Mille Brio, que pode custar acima dos R$ 30 mil…
Esse já virou item de coleção. Em anúncios normais, custa de R$ 30 mil a R$ 50 mil, conforme o estado de conservação. O Fusca “reproduzido” entre 1993 e 1996 tinha versões a gasolina e a etanol, com o velho conjunto com motor 1.6, que recebeu ignição eletrônica sem platinado e catalisador.
Além disso, nesta fase o Besouro usa freios a disco e volante do Gol da época. Mas 1.6? Pois é, a volta do Fusca era também um afago político ao então presidente Itamar Franco e foi incluído na “lei do carro popular”.
Outro carro popular que tem extremos de valores no mercado de usados – e extremos de desempenho. O primeiro Chevette Junior foi lançado em 1991, com a mesma lógica de poucos equipamentos e motor “mil”. Só que o 1.0 de 50 cv sofria muito mais do que nos concorrentes. Afinal, o sedã tinha tração traseira e um pesado eixo-cardã.
Os primeiros Chevette Junior patinavam no desempenho, e nas vendas. São poucos exemplares existentes entre os carros populares usados, e com preços díspares pelo potencial “colecionável”. Vão de R$ 7.000 a mais de R$ 20 mil.
Às vésperas de lançar o Corsa, a General Motors conseguiu se comprometer com o governo e aproveitar a brecha aberta pelo VW Fusca Itamar para ter um Chevette Junior popular com motor 1.6. Esse é ainda mais raro e os preços chegam na casa dos R$ 30 mil.
Um dos retardatários na corrida do carro popular nos anos 1990, o Escort Hobby tem preços entre R$ 8 mil e R$ 35 mil. Isso as versões com o motor 1.0 da família AE da Volkswagen, mesmo que equipava o Gol – eram tempos de Autolatina. Mas antes do modelo da Ford teve sua variante 1.6.
Nesta categoria dos carros populares, o Escort, sem dúvida, é o com nível mais elevado de conforto. O acabamento interno é melhor, tem nível de temperatura da água e hodômetro parcial nos instrumentos, além de melhor tratamento acústico na cabine.
Outro popular valorizadíssimo no segmento de usados. Lançado em 1992, o Gol tem preços entre R$ 25 mil e, acredite, R$ 60 mil nos principais sites de compra e venda de automóveis – isso incluindo modelos até ano 1996.
O motor 1.0 longitudinal de 50 cv é oriundo do AE 1.6, que teve diâmetro e curso reduzidos. Os valores salgados do Gol 1000 estão longe de refletir em equipamentos ou conforto. Volante revestido de plástico duro, painel só com nível de combustível e velocímetro fazem parte da realidade do carro popular da VW.
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Essa matéria não tem o pé nem cabeça. Quem vai querer essas sucatas dos anos 90?
Resumindo, há duas opções desses modelos:
Ou encontra um carro de colecionador, a preço de colecionador; Ou encontra um “bem baratinho” pra passar mais tempo embaixo dele consertando, do que dentro dele dirigindo.
O povo quer carro novo não carro caindo os pedaços de velho por 7 mil reais
