Compacto da General Motors teve passagem rápida pelo mercado brasileiro, mas hatch e sedã podem ser boas dicas de carro usado
A General Motors revelou que seu novo SUV de entrada por aqui se chamará Chevrolet Sonic. Nada muito original, pois um carro de mesmo nome teve uma passagem quase efêmera no Brasil.
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Falamos do hatch e do sedã compactos lançados no começo dos anos 2010. A despeito da vida curta por aqui, o Chevrolet Sonic “raiz” é uma boa pedida de usado com bom custo-benefício e que anda bem.
Veja agora 10 fatos sobre o Chevrolet Sonic.
O Chevrolet Sonic foi apresentado globalmente no Salão de Paris de 2010. Foi um projeto liderado pela General Motors da Coreia do Sul (ex-Daewoo), com colaboração da Opel, que ainda pertencia à montadora norte-americana.

O compacto estreou a plataforma Gamma II da GM, que deu origem a modelos bem mais populares no mercado brasileiro: Cobalt, Spin, Onix (1ª geração) e Tracker (2ª geração).
Com versões hatch e sedã, foi fabricado em diversos países: Coreia do Sul, EUA, México, Colômbia, Rússia, Tailândia e China. Em alguns mercados, inclusive, o Chevrolet Sonic foi vendido como a segunda geração do Aveo.
No Brasil, chegou em 2012, sempre com motor 1.6. Contudo, não durou nem três anos. Lá fora, o Chevrolet Sonic recebeu ainda um outro facelift na segunda metade da década e durou até 2020. Em 2023, uma nova geração foi lançada na China.
O Sonic teve uma passagem tão rápida quanto o famoso ouriço azul homônimo dos games. Lançado em maio de 2012, chegou importado da Coreia nas versões hatch e sedã, apenas com o motor 1.6 e câmbio manual ou automático.
Em 2013, passou a vir do México, mas a mudança não garantiu muito tempo de vida ao compacto: em setembro de 2014, a GM encerrou sua comercialização no país.
Detalhe que ainda teve tempo para a série limitada Effect, com 900 unidades, em 2013. Foi vendida na cor branco Ice e com adesivos na carroceria.
O motor 1.6 16V Ecotec com comando variável entrega 120 cv com etanol e 116 cv, com gasolina. O câmbio manual de cinco marchas garante arrancadas interessantes para a cidade, com 0 a 100 km/h em cerca de 11 segundos.

Já com a transmissão automática de seis marchas, o Chevrolet Sonic leva 12 segundos para o mesmo desempenho, com leve delay e imprecisão da caixa em rotações médias.
O consumo urbano gira em torno de 7 km/l (etanol) e 9 km/l (gasolina), com pouca diferença entre as transmissões.
O Sonic tem acerto mais firme que outros compactos da GM da época, com direção leve na cidade e relativamente precisa em curvas. A suspensão, com McPherson na frente e eixo de torção atrás, equilibra conforto e estabilidade, mesmo em pisos irregulares.
Com 2,52 metros de entre-eixos, o hatch acomoda dois adultos no banco traseiro com espaço razoável. O acabamento interno é bem montado, mas o plástico é mandatário.

O painel de instrumentos tem visual inspirado nos das motocicletas, com velocímetro digital e conta-giros analógico. Só que tudo azul, o que, para muitos, soa como excesso de simplicidade.
O isolamento acústico é apenas regular. E o porta-malas do hatch é limitado: apenas 265 litros.
A proposta da GM era posicionar o Sonic como um compacto premium, rivalizando com Volkswagen Polo, Ford New Fiesta, Fiat Punto e Honda Fit. No entanto, enfrentava concorrência interna: o Onix tinha acabado de ser lançado, era mais barato e similar em espaço, enquanto o Cobalt oferecia (bem) mais espaço por um preço próximo.

A logística de importação também pesava contra, mesmo quando passou a ser mexicano. Além disso, tinha a questão de ser o único GM vendido à época com o motor 1.6 Ecotec, o que complicou questões de pós-venda e deixou a manutenção do modelo bem mais cara.
A versão LTZ 2014, importada do México, é a mais completa da linha do hatch compacto. Na segurança, airbag duplo frontal, freios com ABS e EBD, sensor de ré e Isofix.
Também traz central multimídia MyLink, com tomada USB e conexão Bluetooth, ar-condicionado, controle de cruzeiro, direção com assistência hidráulica e ajustes de altura e profundidade, rodas de liga leve aro 16”, bancos de couro e faróis de neblina.

No site da KBB Brasil o Chevrolet Sonic LTZ automático 2014 tem preço médio de revendedor de R$ 42 mil – valor apurado na segunda quinzena de novembro de 2025.
Os componentes mecânicos do compacto têm preços acessíveis, mas peças externas podem ser difíceis de encontrar.
Veja alguns valores médios de peças do Chevrolet Sonic AT:
O Chevrolet Sonic durou pouco tempo no mercado, teve vendas para lá de tímidas, mas tem seus problemas comuns relatados no site do Reclame Aqui e em fóruns com donos do modelo.
Entre as queixas, câmbio automático apresentando falhas, ar-condicionado com funcionamento irregular, batentes da suspensão com desgaste precoce e defeitos na sonda lambda.

Pois bem, apesar desse passado não tão notável no Brasil, a GM vai reviver o nome no seu futuro SUV de entrada. O novo Chevrolet Sonic será produzido em Gravataí (RS) sobre a plataforma do Onix e será lançado em 2026 para brigar no segmento de VW Tera, Fiat Pulse e Renault Kardian.
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