Carro usado: 10 fatos sobre o Ford Fusion 2008
Sedã incomodou rivais de duas categorias diferentes e agora é usado com espaço generoso e farta lista de equipamentos
Sedã incomodou rivais de duas categorias diferentes e agora é usado com espaço generoso e farta lista de equipamentos
Em meados dos 2000, aquela dupla que você conhece já era referência quando o assunto era sedã maior e mais equipado. Só que um intruso vindo do México incomodou um pouco a soberania japonesa: o Ford Fusion.
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Não, na prática o modelo não era concorrente direto de Honda Civic e Toyota Corolla. E sim, tinha custo/benefício que incomodou os dois tradicionais sedãs. Na real, o Ford Fusion era um médio-grande com preço competitivo para roubar vendas tanto dos médios, quanto de seus rivais de fato (aí falamos de Accord e Camry, para ficar na dupla de marcas japas).
Foi assim que o Ford Fusion, em duas gerações e 13 anos, fez sua trajetória no mercado brasileiro. Teve tempo para opções V6 com tração integral e até para variante híbrida. Só sucumbiu mesmo à obsessão do mercado por SUVs e às novas estratégias da montadora globalmente.
Mesmo assim, pode se orgulhar de sua história de sucesso peculiar. Ainda mais para um carro de uma categoria mais cara e onde volume de vendas não é o forte. Por esta razão, vamos destacar o Ford Fusion ainda da primeira leva, ano 2008, para você conhecer 10 fatos sobre o três-volumes.
O Ford Fusion desembarcou no Brasil em 2006. Como dito, era importado do México para abastecer principalmente o mercado dos Estados Unidos, onde era a alternativa norte-americana ao Mondeo oferecido na Europa.
A primeira geração do carro usava a base do Mazda 6 em uma época em que a Ford detinha 20% de participação na montadora japonesa. O Fusion estreou aqui apenas com motor 2.3 16V.
Em 2007, já linha 2008, o Ford Fusion ganhou novos equipamentos, como sensor de ré, monitoramento dos pneus e aquelas teclas perto das maçanetas para abertura das portas. Recurso, a propósito, que a marca estadunidense tinha usado no Taurus dos anos 1990 e que ainda é aplicado – hoje na forma de uma tela tátil – em picapes.
O Ford Fusion passou por uma atualização em 2009. De quebra, a engenharia da Ford mudou o motor 2.3 para 2.5, com potência maior (173 cv), e trocou o câmbio automático de quatro por um de seis marchas. Ainda na carona da reestilização de meia-vida, surgiu a versão V6, com 243 cv e tração integral.
Antes da segunda geração, o Ford Fusion ganhou controles de estabilidade e tração e teve outras opções. Além da V6 com tração dianteira, em 2010 foi lançada uma configuração híbrida sobre a qual falaremos mais.
Em dezembro de 2012, já como linha 2013, a Ford apresentou a segunda geração do Fusion com desenho mais imponente e linhas angulosas e menos retonas. O V6 deu lugar a um motor turbo Ecoboost de 240 cv.
Esta segunda fase do Ford Fusion também experimentou configurações híbridas, enquanto o motor 2.5 litros foi mantido e ainda virou flex. Foi reestilizado em 2016 (linha 2017) e no começo de 2019, pouco antes de ter a importação encerrada, com mais de 100 mil unidades vendidas no Brasil.
Sim e não. O Mondeo também era um sedã médio-grande vendido na Europa e que chegou ao Brasil importado da Bélgica em 1994. A segunda geração do modelo também foi comercializada aqui a partir de 2002 até justamente 2006, quando o Fusion foi lançado.
Porém, o Mondeo usava plataforma CDW2, diferente da do seu primo mexicano. Só em 2012, quando foi apresentada a segunda geração do Fusion, é que a linha de sedãs médio-grandes da Ford foi “unificada”, e os dois passaram a adotar a mesma plataforma e design – porém, o nome Mondeo foi mantido na Europa.
Um dos motivos pela opção de trazer o Fusion no lugar do Mondeo era para a Ford conseguir preço competitivo para o seu sedã. Como dito, foi um dos grandes diferenciais do modelo no Brasil.
Já na estreia o Ford Fusion apresentou suas credenciais: era vendido completo, com seis airbags, retrovisor interno eletrocrômico, Isofix, regulagens elétricas do banco do motorista, sensores crepuscular e de chuva, entre outros.
Com isso, o Ford Fusion em 2007 e 2008 não só vendia mais que os rivais diretos de categoria: Honda Accord, Toyota Camry e Volkswagen Passat. Como também beliscava vendas das versões mais completas daquela duplinha que citamos no começo deste conteúdo: isso mesmo, Civic e Corolla.
Tanto que Honda e Toyota tiveram de se mexer. Reposicionaram seus sedãs médios, criaram novas versões e aumentaram a oferta de equipamentos nas opções mais caras dos seus principais carros no país.
Prova disso está naquela planilha de vendas. O Ford Fusion foi líder absoluto da categoria de sedãs médios desde 2007 e 2008 até sua segunda geração. Veja agora o número de licenciamentos nos primeiros anos de mercado do modelo.
O Ford Fusion 2008 só existe com motor 2.3 16V a gasolina da família Duratec. Nesta época, ainda eram 162 cv de potência a 6.500 rpm. Com o vacilante câmbio automático de cinco marchas, as acelerações são competentes para um sedã com mais de 1,5 tonelada. O 0-100 km/h é feito em 10,3 segundos.
Nas retomadas atenção mais uma vez à transmissão. Há um buraco entre a terceira e quarta marchas e quando você pisa fundo para fazer uma ultrapassagem, a caixa segura um tempo os giros até embalar. Para completar, o torque de 20,7 kgfm só está disponível em 4.500 giros.
Mas depois, o Fusion deslancha e na estrada se mostra forte e estável. O consumo é o esperado para um carro deste porte. As médias ficam entre 8 km/l e 9 km/l na cidade.No ciclo rodoviário, passa dos 10 km/l.
O Ford Fusion sobra nesse quesito. Com 4,83 metros de comprimento, 1,83 m de largura e 2,72 m de entre-eixos, o sedã médio-grande recebe bem cinco passageiros. Ainda oferece porta-malas de 530 litros, mas a suspensão independente na frente e atrás tem um acerto mais macio, bem ao gosto norte-americano.
O motorista também desfruta de bastante espaço para pernas e joelhos. A posição de dirigir é confortável e ergonômica. Só que o acabamento interno tem falhas e até parafusos aparentes, meio imperdoável para um carro desta categoria.
Em uma época em que nem se sabia direito o que era um carro híbrido, a Ford lançou uma versão eletrificada do Fusion. Foi um dos primeiros modelos vendidos no Brasil que combinava um motor de combustão com outro elétrico.
Lançado em 2010. o Ford Fusion é um híbrido convencional, que combina o 2.5 aliviado de 158 cv a um propulsor elétrico para gerar a potência combinada de 193 cv. O câmbio é o automático do tipo CVT e a tração, dianteira. Detalhe que custava, no lançamento, 30% a mais que a versão topo de linha V6.
O Ford Fusion 2008 foi importado em versão única SEL. A lista de equipamentos de segurança reúne seis airbags, sensor de ré, monitoramento dos pneus, retrovisor eletrocrômico, Isofix e cintos de três pontos para todos os ocupantes.
No mais, destaque para o ar-condicionado automático, banco do motorista com ajustes elétricos, revestimento de couro e espelhos externos com aquecimento.
Trio elétrico, ajustes de altura e de profundidade do volante, sensores de luminosidade e de chuva, piloto automático e encosto traseiro bipartido completam a lista. O som original de fábrica tem o básico: rádio, CD player e comandos no volante.
O Ford Fusion 2008 com motor 2.3 tem manutenção que não é das mais simples e é preciso ficar de olho no histórico de revisões e das trocas de óleo e do fluido do freio.
Veja os preços de alguns componentes do Ford Fusion 2008:
As principais queixas de donos de Fusion e problemas relatados no site do Reclame Aqui dizem respeito a falhas no câmbio automático e no sistema de injeção. Também observe possíveis vazamentos na tampa de válvulas e a perda de força do motor em marcha lenta.
Recalls desta primeira geração do Ford Fusion
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