Compacto que mexeu no mercado de automóveis elétricos já é opção de seminovo valorizado e bom para se ter na cidade
O BYD Dolphin mexeu com os brios do mercado de elétricos ao chegar por aqui, em meados de 2023. Isso porque trouxe para a base do segmento um custo benefício bastante agressivo, que obrigou os rivais a se mexerem.
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Passados mais de dois anos, os primeiros BYD Dolphin despontam como opções para quem quer experimentar o universo dos veículos elétricos. Esses modelos seminovos da marca chinesa oferecem boa autonomia, ainda estão dentro da garantia, mas demandam atenção quanto ao histórico de manutenção.

Veja agora 9 fatos sobre o BYD Dolphin na versão GS.
O BYD Dolphin foi revelado pela primeira vez no Salão de Xangai de 2021 e começou a ser produzido naquele mesmo ano na China. O hatch compacto foi o responsável por estrear a e-Platform 3.0 dentro do portfólio da fabricante asiática.
Em junho de 2023, a BYD, que havia iniciado as operações no Brasil com os modelos de luxo Han e Tan, passou a importar para cá o Dolphin em versão única GS, então o seu carro mais barato, por preço inferior a R$ 150 mil.
No ano seguinte, a linha do hatch aumentou. O BYD Dolphin passou a ser vendido também nas variantes Diamond e Plus, com baterias mais parrudas, maiores potência e autonomia. Uma nova geração do compacto já foi mostrada na China e chegará ao Brasil em 2026.
Quando a gente diz que o BYD Dolphin mexeu com o mercado de carros elétricos não é exagero. Até meados de 2023, os carros movidos a bateria mais acessíveis do mercado eram subcompactos, com plataformas adaptadas para serem elétricos e preços na casa dos R$ 150 mil.
Pelo mesmo valor, a BYD chegou com o Dolphin com arquitetura originalmente desenvolvida para veículos elétricos. Além disso, o hatch era maior e muito mais equipado que os então rivais de preço: Caoa Chery iCar, Renault Kwid e-Tech e JAC E-JS1.

Causa e efeito: nos meses seguintes o que se viu foi um reposicionamento destes subcompactos. Todos baixaram de preço e o exemplar da Renault chegou a custar menos de R$ 100 mil.
Não admira o número de unidades comercializadas. Na metade de 2023, o BYD Dolphin vendeu mais de 6 mil unidades. Em seu primeiro ano cheio, 2024, foi o segundo carro elétrico mais licenciado do país, com mais de 15 mil unidades. Até novembro de 2025, foram outras 13 mil.
A opção GS do BYD Dolphin é a mais “mansa” da linha. Mas os 95 cv de potência e 18,3 kgfm de torque máximo, alimentados pelas badaladas (pela marca, claro) baterias Blade, são mais que suficientes para um uso urbano bacana do carro.
Com 1.400 kg e dimensões enxutas, o hatch se mostra ágil no trânsito da cidade e em eventuais ladeiras. Além disso, tem aquela resposta imediata ao pedal do acelerador típica dos carros elétricos.
O carro oferece três modos de condução (Normal, Eco e Neve) e permite a regulagem da frenagem regenerativa. Deve a função “one pedal”, que otimiza as desacelerações apenas ao tirar o pé do acelerador. Pelos números da BYD, o Dolphin é capaz de fazer o 0 a 100 km/h em 10,9 segundos.
O motor elétrico do BYD Dolphin GS é alimentado por baterias com 44,9 kWh de capacidade. Segundo o ciclo Inmetro do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), o carro tem autonomia de 291 km. O “consumo equivalente” seria de 51,9 km/l e, na cidade.

O modelo vem com carregador portátil DC CCS2 de 60 kW. Em corrente alternada, o aparelho completa as baterias em até oito horas. Já em equipamentos rápidos, a recarga de 20% a 80% pode ser feita em 30 minutos.
O BYD Dolphin GS tem tamanho de compacto, contudo o espaço interno se assemelha ao de um médio. São 4,12 metros de comprimento (é pouca coisa maior que um Volkswagen Polo, por exemplo) e tem o mesmo entre-eixos que o SUV Renault Boreal: 2,70 metros.
Isso resulta em uma cabine muito bem aproveitada. Na frente, o motorista tem posição agradável de dirigir e ligeiramente alta para um hatch, o que favorece a visibilidade frontal e lateral. A ergonomia é favorável na maior parte do tempo.

No banco traseiro cabem tranquilamente dois adultos e uma criança, com espaço digno para pernas e joelhos. O porta-malas não é dos melhores: 250 litros.
O acabamento chama a atenção pelo design com elementos ondulados no painel e materiais que aparentam qualidade, apesar do plástico imperar. Console central elevado e os painéis da porta passam um “quê” de requinte e modernidade.
Já a suspensão sofre daquele padrão de chinês. Muito molenga nos buracos. O volante pede correções em velocidades altas e o isolamento acústico é apenas regular.
O hatch elétrico foi o primeiro carro a vir com… karaokê. Isso aí. O aplicativo com catálogo internacional de músicas da Stingray roda na central multimídia do veículo e permite a conexão de dois microfones.
Por segurança, obviamente a rolagem da letra é desativada no display quando o BYD Dolphin está em movimento.
Na segurança, o BYD Dolphin GS oferece seis airbags, controle de subidas, câmera 360 graus, sensor de ré, monitoramento dos pneus, freios a disco nas quatro rodas com sistema de limpeza automático, faróis full LED e Isofix.
No conforto, ar-condicionado automático, central multimídia com tela giratória de 12,8”, conexão com smartphones e tomadas USB, chave presencial, retrovisores externos com desembaçador e aquecimento, freio de estacionamento eletrônico e sensor de luminosidade.

Por fora, as rodas de liga leve usam aros de 16”. E o BYD Dolphin ainda tem iluminação de boas vindas nas capas dos espelhos externos.
Segundo a KBB Brasil, o BYD Dolphin GS ano 2024 tem preço de loja de R$ 128.889 e preço de particular de R$ 117.289 (valores levantados em dezembro de 2025).
O BYD Dolphin oferece seis anos de garantia, ou seja, qualquer modelo usado ainda está dentro do prazo de cobertura. Os planos de manutenção do hatch elétrico preveem revisões a cada 20 mil km ou 1 ano. Confira os preços:
As queixas em relação ao BYD Dolphin recaem mais sobre o pós-venda da marca chinesa em si. Demora na reposição de peças e nos serviços são as principais fontes de reclamação de donos do compacto em fóruns de discussão e no site Reclame Aqui.
Os primeiros carregadores que vinham com o carro também costumam dar problemas. Fique atento ainda a ruídos estranhos vindos da suspensão traseira.
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