Terceira geração da picape da Chevrolet cresceu, ganhou cabine dupla, tem comportamento de SUV e boa dose de conforto a bordo
A nova Chevrolet Montana foi lançada para tentar fazer frente à Fiat Toro. Não conseguiu muito êxito, fato. Mesmo assim, a picape médio-compacta da General Motors tem predicados que a tornam uma boa opção de seminovo ou 0 km.
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Dirigibilidade de SUV, boa dinâmica e conforto na medida fazem da nova Chevrolet Montana uma dica para quem gosta do estilo picapeiro e não quer um modelo muito grande e desconfortável para andar na cidade. E ainda permite levar uma coisa ou outra na caçamba.

Veja 10 fatos sobre a nova Chevrolet Montana.
A Chevrolet Montana começou como uma picape compacta derivada do Corsa 2, em 2003. Curiosamente, em 2010, a picapinha recebeu uma segunda geração, só que derivada do Agile. Este, por sua vez, usava a base do primeiro Corsa, de 1994. Ou seja, o modelo retrocedeu.

Em 2023, contudo, a Chevrolet Montana deu uma outra guinada em sua história. A terceira geração cresceu para valer para brigar com a Fiat Toro. Feita sobre a plataforma do Tracker e agora uma médio-compacta, a picape adotou o mesmo conjunto mecânico das versões mais caras do SUV.

Depois de estrear uma versão esportiva RS, em 2024 esse mesmo motor da nova Chevrolet Montana passou por atualizações para atender às novas regras de emissões do Proconve L8, como veremos mais adiante.
A linha 2026 da nova Chevrolet Montana trouxe algumas mudanças, porém restritas a partir da versão LT da picape feita em São Caetano do Sul (SP). Uma delas é a nova geração da central multimídia MyLink, que adota tela de 11”.
O quadro de instrumentos passou a ser eletrônico em display de 8” na nova Chevrolet Montana. É o mesmo painel do Tracker e que a Spin adotou recentemente.

Já a opção de entrada MT passou a ter comando elétrico dos retrovisores, iluminação dupla na caçamba, alça de segurança no teto para o carona, capas dos retrovisores e maçanetas na cor da carroceria e desembaçador traseiro.
Preços da nova Chevrolet Montana:
A Chevrolet lançou a nova Montana para brigar com a Toro, mas a picape da GM ainda vende menos da metade do que a Fiat emplaca na categoria. Veja os números de licenciamentos entre as médio-compactas de janeiro a setembro, segundo dados do Renavam fornecidos pela Fenabrave.
Desde o lançamento, a nova Chevrolet Montana usa sempre o motor 1.2 turbo do Tracker, inicialmente com 133 cv com etanol e 132 cv, com gasolina. Com a caçamba vazia, as arrancadas são competentes, com 0 a 100 km/h na casa dos 12 segundos.

O câmbio automático de seis marchas trabalha bem na maior parte do tempo, mas nas retomadas a caixa fica um pouco imprecisa em médias rotações. De qualquer modo, são suficientes 21,4/19,4 kgfm de torque a 2.000 rpm.
Na linha 2026, a nova Chevrolet Montana teve mudanças neste conjunto mecânico. O motor 1.2 ganhou injeção direta, novo mapeamento e passou a gerar 141 cv e 22,9 kgfm com etanol e 139 cv e 22,4 kgfm, com gasolina. Segundo a GM, o ganho foi de quase 1 segundo no desempenho.
Nova Chevrolet Montana (ainda) tem versão manual
Uma das diferenças em relação às principais rivais do segmento é o fato de a nova Chevrolet Montana ter câmbio manual. A caixa de seis marchas está disponível nas versões de entrada da picape. Uma forma da linha ter uma opção para frotistas e locadoras.
Não é exagero falar que a nova Chevrolet Montana é um SUV com caçamba. A picape tem posição de dirigir muito parecida com a do Tracker, de quem é derivada. Chamam a atenção ainda a direção direta e a ergonomia.
Com a caçamba vazia, a Montana é mais comportada que a Toro, por exemplo. A suspensão traseira (eixo de torção) não é tão elevada, o que corrobora para essa percepção ao passar por buracos e quebra-molas.

O acabamento interno não inspira grande requinte, mas é honesto na maior parte do tempo. O isolamento acústico poderia ser melhor, especialmente na estrada.
Em termos de espaço, a nova Chevrolet Montana segue a categoria. Motorista e carona têm certa folga para joelhos e pernas. No banco traseiro, os joelhos dos passageiros ficam rentes, mas o encosto do banco não é tão retão.
A caçamba de 874 litros da Montana é maior que a da Oroch (683 litros), mas perde para a da Rampage (980 l) e da Toro (937 l). Ao menos, vem com oito ganchos de amarração, tampa com alívio de peso e abertura elétrica, iluminação lateral dupla e capota marítima.

O exemplar da GM ainda oferece como acessório o sistema Multi-Board, com até seis configurações para acomodar diferentes tipos de carga. A lista de acessórios disponíveis também inclui capota marítima com acionamento elétrico.
Na capacidade de carga, a nova Chevrolet Montana mostra que tem uma vocação mais urbana. São 600 kg, menos que Oroch (680 kg), que a Toro (750 kg na flex) e até que a picapinha Fiat Strada (650 kg, na cabine dupla).
Sugerimos a Chevrolet Montana na versão topo de linha Premier ano 2023, que tem preço médio de revendedor de R$ 117 mil na KBB Brasil. Na segurança, a picape é equipada com seis airbags, alerta de frenagem de emergência, sensor de ponto cego, câmera e sensor de ré, controles eletrônicos de estabilidade e tração, DRL de LED, monitoramento da pressão dos pneus e assistente de partida em rampas.

A central multimídia é a conhecida MyLink, com tela de 8″, conexão sem fio com Android Auto e Apple CarPlay e tomadas USB (A e C) na frente e para o banco traseiro. O modelo também tem wi-fi nativo, serviço OnStar e aplicativo myChevrolet, todos pagos à parte.
No mais, ar-condicionado digital, chave presencial com partida do motor por botão, carregador de celular por indução, sensor crepuscular e ajustes de altura e profundidade do volante. Por fora, rodas de liga leve aro 17”, detalhes escurecidos, rack no teto e adesivo na coluna central.
Mesmo a nova Chevrolet Montana 2026 ainda está dentro do prazo de garantia. Pelo plano de revisões com preço fixo, a picape não cobra muito caro pela manutenção obrigatória. Veja os valores:
No site do Reclame Aqui e em fóruns sobre a picape, donos relatam o surgimento de trincas no eixo traseiro da nova Chevrolet Montana, mesmo com usuários que não usam o veículo para transporte de carga.
Rasgos na capota marítima, tampa do tanque do combustível que não abre e ruídos no acabamento interno também são comuns. Fique atento ainda a falhas no sistema do ar-condicionado.
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Um problema da Montana é seu o design, bonito porém uma cópia descarada da FIAT Toro.
Se é pra competir com a Toro, não pode chegar sendo uma cópia dela. Senão a tendência de consumidor será mesmo preferir a “Toro original” oferecida pela FIAT.