Carro usado: 10 fatos sobre o Chevrolet Cobalt 2015

Espaço, porta-malas e conjunto mecânico são algumas das qualidades que fazem do Chevrolet Cobalt boa opção de usado

CHEVROLET COBALT 2015 CHUMBO FRENTE LATERAL MOVIMENTO
Lançado em 2011, o Cobalt era o sedã "esticado" para concorrer no segmento criado pelo Logan (Fotos: GM | Divulgação)
Por Fernando Miragaya
Publicado em 09/11/2024 às 13h00

No fim dos anos 2000 as montadoras perceberam que os sedãs compactos precisavam ser funcionais. Desta lógica nasceu o Chevrolet Cobalt, três-volumes com porte de médio e preço de hatch que fez sucesso justamente pelo espaço interno e custo-benefício.

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Tanto que o Chevrolet Cobalt foi um carro bastante querido por taxistas e locadoras. Hoje, cinco anos após o fim de sua produção, o modelo da General Motors é opção de carro usado especialmente para quem precisa de porta-malas e não quer ter aporrinhação com manutenção.

CHEVROLET COBALT 2015 CHUMBO TRASEIRA MOVIMENTO
Um dos destaques do Chevrolet Cobalt sempre foram o amplo espaço interno e o imenso porta-malas

Separamos agora 10 fatos sobre o Chevrolet Cobalt ano 2015.

Trajetória

A história do Chevrolet Cobalt nasce a partir do momento em que a General Motors do Brasil se rende aos projetos sul-coreanos e chineses da montadora, e deixa os modelos europeus da Opel de lado. Dentro desta estratégia, a fabricante traz para cá a plataforma Gamma II que deu origem ao sedã.

O carro teve sua estreia em 2011, com motor 1.4. No ano seguinte aparece a versão com motor 1.8 e opção de câmbio automático. Depois, ganhou equipamentos como central MyLink e OnStar e, em 2015, o Chevrolet Cobalt passou por uma atualização no design e no acabamento interno.

CHEVROLET COBALT 2015 INTERIOR QUADRO DE INSTRUMENTOS MULTIMIDIA
Central Multimídia MyLink é um dos recursos do Cobalt 2015

Em 2017, o motor 1.8 teve a potência aumentada e o carro adotou câmbio manual de seis marchas e direção com assistência elétrica. A GM encerrou a produção do sedã em outubro de 2019. Ao todo, foram 280 mil unidades vendidas em nove anos de mercado.

Ideia brazuca

Apesar da plataforma Gamma II, de origem GM Korea, o Cobalt é um dos muitos projetos que usam essa base, mas que foram concebidos aqui pela engenharia brasileira da montadora e pensados para o nosso mercado. Da arquitetura ainda saíram modelos como Spin, a primeira geração do Onix e a segunda geração do Prisma.

Compacto com tamanho de médio

O Chevrolet Cobalt aproveitou a onda dos sedãs compactos com espaço de médio. Só no entre-eixos o modelo tem 2,62 metros – o Toyota Corolla da época tinha 2,60 metros desta medida. Esse segmento de mercado tinha começado a ser explorado por Renault Logan e seguido por Nissan Versa e Fiat Grand Siena.

CHEVROLET COBALT 2015 PRATA LATERAL
Com distância entre-eixos superior ao do Corolla da época, o Cobalt logo chamou atenção de quem precisa de um carro para trabalhar na praça

Esse conceito de carroceria resulta em espaço interno bastante satisfatório para até cinco ocupantes, que desfrutam de bom vão para pernas e joelhos. Na frente o motorista se garante com posição de dirigir funcional na maior parte do tempo, e o Chevrolet Cobalt melhorou o revestimento dos bancos na reestilização de 2015.

Depõem contra o conforto o isolamento acústico falho, o excesso de plástico no painel e o acerto da suspensão traseira, que oscila bastante nas curvas.

Que porta-malas é esse?

É o grande destaque do Chevrolet Cobalt. São 563 litros de volume e espaço para as bagagens dos mais variados tamanhos. Naqueles tempos, poucos sedãs médios – mais caros – chegavam perto dessa capacidade do veículo compacto da General Motors.

Desempenho

Com o motor 1.4 8V Família I da GM é preciso paciência ao volante do Chevrolet Cobalt  Os 106 cv com etanol e 98 cv, com gasolina (começou com 102/97 cv), pedem trocas constantes de marchas no câmbio manual para manter o powertrain na faixa de giros ideal. O 0 a 100 km/h demanda mais de 11 segundos.

Chevrolet Cobalt
Motor 1.8 oferece bom comportamento e entrega o torque que falta nas versões com bloco 1.4

O motor 1.8 é a pedida para quem quer um motor com respostas mais fortes, em em baixos e médios giros. Começou com 108/106 cv, com 0-100 km/h também na faixa dos 11 segundos. Na linha 2017, passou a gerar 111 cv com etanol, mas o 0-100 não baixou tanto.

O upgrade se deu nas retomadas, com 90% do torque de 17,1 kgfm disponível a 2.500 rpm.

Com câmbio automático de seis velocidades, o sedã atrai pelo conforto. Mesmo casada com um motor datado, a transmissão proporciona trocas ágeis, com um leve buraco entre a terceira e a quarta marchas.

Chevrolet Cobalt Advantage Interior
Chevrolet Cobalt tem acabamento simples, mas muito espaço interno

Mas se você gosta de fazer mudanças sequenciais, fica a má notícia: o Chevrolet Cobalt é um dos muitos carros da GM que usa teclinhas pouco práticas no pomo da alavanca da transmissão para fazer as trocas.

Ainda existe… no Uzbequistão!

CHEVROLET COBALT COM GRADE DE MERCEDES
O Cobalt não só existe por lá, como existe uma moda de transformá-lo em pseudo-Mercedes (Foto: Kolesa | Reprodução)

O sedã é um dos carros da General Motors mais vendidos no Uzbequistão. Na antiga república soviética localizada na região central da Ásia, tem desenho diferente. Porém, uma remodelação está prevista para 2025 o que deixará o Chevrolet Cobalt lá com a cara da reestilização aplicada no Brasil em 2015.

Nossa dica

Vamos de Chevrolet Cobalt 2015 na versão LTZ com motor 1.8 e transmissão automática de seis marchas. Os preços apurados na última semana de outubro de 2024 nos principais sites de classificados digitais (OLX, Webmotors, KBB e Mobiauto) apontam preços entre R$ 40 mil e R$ 48 mil.

CHEVROLET COBALT 2015 PRETO FRENTE E LATERAL
Se for comprar um Cobalt, nossa dica é apostar numa versão topo de linha, ano 2015, que alia bom preço e bom conteúdo

Na parte de segurança, o Chevrolet Cobalt 2015 LTZ recebe o trivial: freios com ABS, airbag duplo, sensor de ré e repetidores de setas nos retrovisores. Completam a lista ar-condicionado, trio elétrico, ajustes de altura do volante e do banco do motorista, encosto traseiro bipartido e rodas de liga leve.

Muitas dessas unidades do Chevrolet Cobalt 2015 têm a funcional central multimídia MyLink com tela de 7”, com conexão Bluetooth e tomada USB.

Série especial

Ainda em 2015 o Chevrolet Cobalt ganhou a série especial Graphite. Baseada na LTZ com motor 1.8 de até 108 cv, esteticamente agrega grade, capas dos espelhos e coluna pintados de preto brilhante, faróis com lentes escurecidas e lâmpadas Blue Vision, frisos laterais na cor da carroceria e rodas aro 15”.

CHEVROLET COBALT GRAFITT 2015 PRATA FRENTE LATERAL
Série Especial Graphite é uma das melhores opções para quem está em busca de um Cobalt 2015 

Dentro, costuras aparentes nos bancos, que ostentam revestimento “premium”. Há mais apliques preto brilhante e a edição limitada em 3 mil unidades era equipada com a central MyLink, mas a câmera de ré e o módulo para TV digital eram opcionais. Os preços da série vão de R$ 37 mil a R$ 44 mil.

Manutenção

Os motores Família I são antigos, é verdade, mas são robustos, conhecidos dos mecânicos e com ótima disponibilidade de peças.

Preços de componentes do Chevrolet Cobalt 2015 1.8:

  • Jogo de pastilhas de freio dianteiro: de R$ 90 a R$ 110
  • Kit com 4 velas de ignição: de R$ 70 a R$ 90
  • Kit óleo (4 litros 5w30 + filtro): de R$ 170 a R$ 300*
  • Bomba de combustível: de R$ 550 a R$ 750
  • Jogo de amortecedores traseiros: de R$ 400 a R$ 540
  • Farol dianteiro: de R$ 380 a R$ 520
  • Para-choque traseiro: de R$ 400 a R$ 600 (sem pintura)

* O óleo do motor 1.8 mudou na linha 2017 do Chevrolet Cobalt e passou a ser o 0w20, com menor viscosidade.

Principais problemas

Nos modelos com direção hidráulica são frequentes as ocorrências de vazamentos e trepidações – uma das razões que teria levado a GM a colocar assistência elétrica no sedã após 2017. Também são comuns os casos de central MyLink que trava ou dá a temida “tela preta”.

Desgaste precoce dos componentes da suspensão dianteira e das pastilhas de freio são outros defeitos corriqueiros no Chevrolet Cobalt. Queima da bomba de combustível é mais um problema contabilizado pelos donos do sedã.

Recalls

  • troca do pedal dos freios em modelos fabricados em 2011 e em 2013
  • substituição da porca de fixação da bomba de combustível e eventual troca do tanque nos modelos feitos entre 2011 e 2013
  • substituição do filtro de combustível em unidades produzidas em 2013 e 2014
  • troca dos parafusos dos coxins em carros fabricados em 2014
  • substituição do cinto de segurança em unidades do Chevrolet Cobalt produzidas em 2014 e 2015
  • colocação de isolante nos terminais do relê de carros fabricados entre 2016 e 2018
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3 Comentários
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Jonhy Paiva 11 de novembro de 2024

Possuo um 2013 LTz luto pra apagar a luz da injeção no painel já troquei a sonda lambda e nada alguém pode me ajudar?

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Antonio Pereira 11 de novembro de 2024

Oi Johny, tudo bem?

Já tive três Cobalt LTZ em 2913, dois que comprei para a empresa e gostei tanto que comprei um para meu uso pessoal e esse problema da luz de injeção é crônica, mas fique tranquilo que é devido ao combustível.
No meu caso mandei tirar a lâmpada para não ter aquela luz amarela no painel, sei que é gambiarra, mas se não for assim não tem como resolver.
Os meus carros foram até os 400 mil km sem problemas e o de uso pessoal até os 130 mil km e vendi sem observações.
Sucesso e prosperidade!

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Edson Ázara 10 de novembro de 2024

Tenho um LT Flex 1.4, 2014/2015, não me dá trabalho e é muito espaçoso. Gosto muito!

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