Versão mais descolada do SUV urbano é dica para quem quer um crossover com pegada aventureira e bom de dirigir
O fato de o Ford EcoSport ser um SUV com proposta originalmente urbana não quer dizer que o dono do crossover citadino e sem tração 4×4 não possa demonstrar um espírito aventureiro – mesmo que para ir ao shopping. A marca estadunidense resolveu isso com o EcoSport Freestyle.
Detalhe é que o Ford EcoSport Freestyle foi por anos a versão mais vendida do SUV. Tanto na primeira geração do modelo, como na segunda e última que o mercado brasileiro conheceu.
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Neste conteúdo vamos trazer 9 fatos sobre o Ford EcoSport Freestyle.
O Ford EcoSport foi o segundo veículo do Projeto Amazon, iniciado com o Fiesta produzido na então nova planta da marca em Camaçari, na Bahia. Lançado em 2003, o SUV usava a base monobloco do hatch, sem qualquer recurso off-road ou pretensões mais radicais para o fora de estrada.
Por isso mesmo, chegou como o SUV mais barato do país, custando quase metade do então utilitário mais acessível da época – o Mitsubishi Pajero TR4. Mesmo assim, por teimosia da matriz norte-americana, o Ford EcoSport teve versões 4WD.
O EcoSport iniciou sua carreira com motores 1.0 (este com uma variante com compressor mecânico), 1.6 e 2.0. Ao longo dos anos, o crossover compacto também virou flex e estreou opções com câmbio automático. Por uma década, essa primeira geração do Ford EcoSport reinou absoluta na categoria, sem rivais diretos.
A segunda geração estreou em julho de 2012. Desta vez, a plataforma era a do New Fiesta, e trouxe o motor 1.6 16V Sigma, mas manteve o 2.0.
Em 2018, o Eco passou por reestilização e o conjunto 1.5 Dragon entrou em cena no lugar do 1.6. Três anos depois, contudo, a Ford encerrou suas atividades industriais no Brasil e o SUV deixou de ser feito após mais de 720 mil unidades fabricadas.
Como dito, o Ford EcoSport foi o primeiro SUV para andar na cidade. Algo que todo mundo copiou, só que um bom tempo depois.
Na segunda metade da década de 2000 algumas marcas até tentaram roubar a ideia de SUV urbano do Eco. Teve a Kia, com a importação do Soul, e a Citroën, que iniciou a produção da minivan C3 Picasso na variante aventureira Aircross.
Os dois pouco incomodaram. O primeiro concorrente direto que o Ford EcoSport teve para valer foi o Renault Duster, lançado em 2011 com porte maior, mais espaçoso e no mesmo preço do líder da categoria.
Mesmo assim, o Ford EcoSport seguiu na ponta. A coisa só complicou mesmo para o jipinho baiano quando diferentes crossovers começaram a ser lançados a partir de 2015: Honda HR-V, Jeep Renegade, Peugeot 2008, Nissan Kicks, Hyundai Creta…
A faceta mais aventureira do SUV urbano nasceu como série especial. O Ford EcoSport Freestyle começou em 2005, como edição limitada. Fez tanto sucesso que ganhou lugar cativo no catálogo anos depois, sempre com motor 1.6.
Na segunda geração do utilitário esportivo compacto, o Ford EcoSport Freestyle se consolidou como versão mais vendida. Por isso mesmo, teve direito à opção de motor 2.0, com tração 4×4 e câmbio manual de seis marchas, em 2013.
Com o 2.0, o EcoSport Freestyle não escapou do controverso câmbio automatizado de dupla embreagem Powershift. A mesma caixa equipou o Ford EcoSport Freestyle Plus, em 2015.
Ao atualizar a linha, em 2018, a Ford aliviou o EcoSport Freestyle em equipamentos. A configuração teve o número de airbags reduzido – de cinco para os dois frontais exigidos por lei – e perdeu as luzes de LEDs nos DRLs e nos faróis.
Que tal um Ford EcoSport na versão Freestyle XLT e com motor 2.0 16V 2010? Era a versão topo de linha dos últimos anos da primeira geração do SUV compacto.
Desta forma, o modelo oferece ar-condicionado, trio elétrico, direção hidráulica, volante e banco do motorista com ajustes de altura, alarme, luzes no teto, no porta-luvas e no porta-malas, encosto traseiro rebatível e bipartido, som com CD player, Bluetooth e tomada USB, rodas de liga leve aro 15” e faróis de neblina.
Só lembre que nessa primeira fase o EcoSport tem acabamento bem simples, com excesso de plástico, erros de fechamento e encaixes mal feitos. E que o espaço é condizente com o de um antigo Fiesta. O porta-malas tem volume para até 296 litros.
Preços médios do Ford EcoSport Freestyle XLT 2.0 2010, segundo a KBB Brasil (julho de 2025):
O 2.0 16V Duratec gera até 145 cv de potência com etanol e 141 cv, só com gasolina no tanque. Isso proporciona boas arrancadas e consegue dar certa agilidade ao SUV de mais de 1,2 tonelada. Porém, é preciso esticar as primeiras marchas do câmbio manual para se conseguir um honesto 0-100 km/h em torno de 10 segundos.
Nas retomadas, aí é preciso reduzir bem para usufruir da boa força do motor. O torque máximo de 19,4 kgfm com etanol e 19,1 kgfm, com gasolina, só aparece a 4.250 giros.
Motor forte, aerodinâmica prejudicada pelo design mais quadradinho e o peso do Ford EcoSport cobram na hora de abastecer: as médias urbanas do SUV ficam entre sofríveis 5,5 km/l e 6,0 km/l (etanol), e 8,5 km/l e 9,0 km/l (gasolina).
Tem também o Ford EcoSport Freestyle 2015 com motor 1.6. O acabamento continua simples, mas é bem mais caprichado que o da geração anterior. Nos equipamentos, também é mais generoso.
Na segurança, o Ford EcoSport Freestyle 2015 oferece controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistente à partida em rampas, sensor de ré, Isofix, alarme e luz de condução diurna, além de airbag duplo e freios com ABS.
Ar-condicionado, direção elétrica, trio, volante com ajustes de altura e de distância, telecomando das portas com abertura remota da tampa do porta-malas, banco traseiro bipartido e som com Bluetooth e entrada USB estão entre os equipamentos.
Nos apliques jipeiros, molduras escuras nas caixas de rodas, adesivos com o nome da versão, imitação de peito de aço, bagageiro no teto, faróis de neblina e rodas de liga leve com aros de 16”. O porta-malas recebe 362 litros.
Preços médios do Ford EcoSport Freestyle 1.6 2015, segundo a KBB Brasil (julho de 2025):
O motor 1.6 16V da família Sigma é um projeto mais moderno e tem rodar mais suave que os anteriores 1.6 8V e que o próprio 2.0 Duratec. São 115 cv com etanol e 110 cv, com gasolina, o que demanda paciência nas arrancadas, com mais de 12 segundos para fazer de 0 a 100 km/h.
Os 15,9 kgfm (e)/15,7 kgfm (g) de torque surgem a 4.500 rpm, ou seja: aquelas reduzidas no câmbio manual para garantir retomadas seguras. O consumo na cidade com etanol fica na casa dos 7 km/l, mas com gasolina passa dos 10 km/l.
O SUV se vale de componentes com preços dentro da média do segmento. Confira valores de peças do Ford EcoSport Freestyle 2015 com motor 1.6 Sigma:
Em fóruns com donos de Ford EcoSport de segunda geração são comuns os relatos sobre desgaste precoce dos discos e pastilhas de freios. A bomba de óleo também é outra peça que costuma apresentar problemas, além do sistema de injeção.
Ao avaliar o EcoSporr usado do seu interesse, fique atento a folgas na coluna de direção, às vedações das portas e ao estado das peças plásticas do acabamento.
Recalls
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