Carro usado: 9 fatos sobre o Volkswagen Golf 2014
Ícone da indústria global, hatch médio alemão é opção de carro usado com pegada esportiva em sua sétima geração
Ícone da indústria global, hatch médio alemão é opção de carro usado com pegada esportiva em sua sétima geração
Tem carros que gravaram seu nome na história. Podem até sair de linha, perderem parte de suas origens, mas serão lembrados eternamente. O Volkswagen Golf é um desses e, por isso mesmo, o hatch médio, ano 2014, de sétima geração, é uma opção para quem quer um automóvel global, com pega esportiva e cultuado nos quatro cantos do mundo.
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No Brasil, o Volkswagen Golf VII foi o último vendido e produzido aqui, mas o modelo 2014 ainda era importado da Alemanha. Com motor turbo, o hatch também oferece boa dose de conforto e a dinâmica mais firme típica da montadora.
Veja agora 9 fatos sobre o Volkswagen Golf 2014.
O primeiro Volkswagen Golf foi lançado em 1974, mas passou a ser importado para cá apenas em 1994, em sua terceira geração trazida do México. Em 1998, surgiu a geração 4 (o “sapão”) importada da Alemanha, que, um ano depois, começou a a ser produzida no Brasil.
Essa fase do hatch teve suas peculiaridades. Isso porque enquanto a Europa experimentava as fases V e VI, o nosso Volkswagen Golf passou por uma remodelação em 2006, única para o Brasil, o que lhe rendeu apelidos como Golf 4,5 ou Golfssauro.
O mercado brasileiro só teria um novo Volkswagen Golf em 2013, já linha 2014, com a importação do modelo de sétima geração (MK7) – sim, ficamos com um hiato de duas fases do hatch médio -, sempre com motor turbo e em três versões com potências diferentes. E é sobre essa época do carro o nosso foco.
O modelo começou vindo da Alemanha, mas, em 2014, linha 2015, o Volkswagen Golf ganhou uma opção de entrada Comfortline e no fim daquele ano começou a ser importado do México, aliviado em alguns equipamentos. Dois anos depois, voltou a ser produzido no Brasil, na mesma fábrica de São José dos Pinhais (PR).
A partir de então, o Golf sofre diferentes mudanças técnicas. O motor 1.4 TSI se tornou flex, o câmbio DSG deu lugar a uma caixa automática convencional e o hatch passou a dispor de motor aspirado 1.6, além de uma curiosa versão 1.0 TSI com câmbio manual de seis marchas.
Em 2018, o carro foi reestilizado, o modelo 1.0 ganhou câmbio automático e teve a potência elevada. Mas o destino dos hatches médios no Brasil já estava sacramentado com a avalanche de SUVs no mercado.
O Volkswagen Golf perdeu versões e ficou apenas na esportiva e emblemática GTI. Em 2019, a produção chegou ao fim. A despedida para valer foi com uma versão híbrida GTE importada da Alemanha naquele mesmo ano, restrita a 100 unidades.
Esta sétima geração do Volkswagen Golf foi lançada como linha 2013/2014 e já com a versão mais desejada. A opção GTI desembarcou no Brasil com motor 2.0 de 220 cv, 35,7 kgfm a 1.500 rpm e câmbio automático DSG com dupla embreagem e seis marchas. O 0 a 100 km/h? Em 6,5 segundos.
Com calibragem mais firme dos amortecedores e da direção, suspensão baixa, freios dimensionados e os pipocos do escapamento, o Volkswagen Golf GTI ganhou cidadania brasileira três anos mais tarde.
Detalhe que foi o último Golf a ser vendido e produzido por aqui. Antes de se despedir, em 2019, seguiu a reestilização da linha e o motor EA888 teve potência aumentada em 10 cv.
Em 2015, a Volkswagen quis salvar as peruas e lançou a Golf Variant. Foi lançada em duas versões com o motor 1.4 de 140 cv e torque de 25,5 kgfm. O grande diferencial é que a station-wagon média conseguiu aliar a dinâmica e dirigibilidade do hatch com um espaço no porta-malas para 605 litros.
Apesar das virtudes e de ser belíssima, a perua, importada da Alemanha, padeceu como outros exemplares da sua categoria. Deixou de ser vendida em fevereiro de 2019, meses antes de a Volkswagen encerrar a história do Golf no nosso mercado.
Voltamos ao hatch “civil” para falar de uma de suas principais qualidades. Independentemente do motor, o Volkswagen Golf é aquele hatch alemão onde o motorista encontra uma pitada mais arrojada e firme.
Isso é percebido de cara na direção, que aponta bem nas curvas. Ou na carroceria, que torce o mínimo nas curvas. Ou mesmo na dinâmica, já que o carro parece grudado com as quatro rochas no asfalto em qualquer situação.
Mesmo a suspensão – com acerto bem ao gosto alemão – nesta sétima geração do Volkswagen Golf conseguiu buscar um equilíbrio melhor para o conforto dos ocupantes, e acaba por filtrar bem os buracos sem bater seco. Lembrando que falamos de um sofisticado jogo independente multibraço na traseira.
Vamos de Volkswagen Golf GTI 2014 na versão Highline, com motor 1.4 de 140 cv, câmbio DSG de 7 marchas e ainda importado da Alemanha. Com isso, ele preserva itens como freio de estacionamento eletrônico e o Auto Hold.
Mas a lista é bem farta deste Volkswagen Golf Highline 2014. Seis airbags, controles de estabilidade e de tração, assistente à subida em rampas, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, monitoramento dos pneus, DRL e retrovisor eletrocrômico.
Fique atento que muitos exemplares são vendidos no mercado de usados com os opcionais da época. Na segurança, tem até assistentes à condução, como controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência e indicador de fadiga. Câmera de ré e faróis de xenônio também eram vendidos à parte.
No mais, o Volkswagen Golf 2014 Highline é oferecido com ar-condicionado bizona e com saídas para o banco traseiro, retrovisores rebatíveis eletricamente, aletas para mudanças de marchas sequenciais, capô sustentado por molas a gás, sistema start stop do motor, tomada 12V, piloto automático e sensores de chuva e de luminosidade.
A central multimídia oferece CD player, Bluetooth, entrada USB, leitor de SD card e pode ser operada por comandos no volante. O GPS era opcional. Outros itens à parte eram chave presencial, couro, ajustes elétricos e aquecimento do banco do motorista, Park Assist e teto panorâmico.
Pelo site da KBB Brasil, o Volkswagen Golf 2014 Highline é negociado nas seguintes médias de preços:
Seguimos no Volkswagen Golf ano 2014 na versão Highline, que já garante uma diversão. Mesmo o motor “mais manso” da época é certeza de respostas brutas e ágeis. Se pisar forte, o 1.4 a gasolina da família EA211 e da linha TSI vai mostrar o seu valor.
Auxiliado pelo câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas, as trocas são rápidas, o motor enche forte e o 0 a 100 km/h fica pouco acima dos 8 segundos. O turbo entra sem pedir licença em baixos giros e a 1.500 rpm você já tem o torque todinho para usufruir na estrada.
A manutenção do Volkswagen Golf é historicamente mais cara. É preciso buscar mão de obra especializada em motor turbo e câmbio DSG para não ter dor de cabeça, e isso também tem seu preço.
Veja os valores de peças do Volkswagen Golf 2014 na versão Highline 1.4 DSG:
A primeira coisa a ficar atento é quanto ao câmbio DSG. Ele é uma maravilha no desempenho, mas se dá problema vira um desfalque na conta bancária. Por isso, pesquise sobre o histórico de manutenção do carro e da caixa, que costuma dar problemas justamente no sistema robotizado de mudanças de marcha.
Fique atento, ainda, ao desgaste precoce dos amortecedores traseiros e ao funcionamento do teto solar, se for o caso – olho vivo a sinais de manchas e mofo na forração do teto.
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