Carro usado: 10 fatos sobre o Hyundai i30
Modelo chegou a ser o hatch médio mais vendido do país e hoje é opção de usado para quem não gosta de sedã e não aguenta mais SUV
Modelo chegou a ser o hatch médio mais vendido do país e hoje é opção de usado para quem não gosta de sedã e não aguenta mais SUV
Os hatches médios se foram, infelizmente. Mas o mercado de usados sempre está aí para salvar órfãos do setor automotivo. E o Hyundai i30 se mostra um modelo com um jeito mais esportivo, bom custo benefício e uma alternativa para quem não aguenta só ouvir falar de SUV.
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Importado da Coreia do Sul, o Hyundai i30 foi um daqueles trabalhos intensos de marketing da marca quando ainda era representada pelo Grupo Caoa. Por isso mesmo, foi um dos cases de sucesso da fabricante por aqui.
Veja agora 10 fatos sobre o Hyundai i30.
O Hyundai i30 começou a ser importado para o Brasil em março de 2009 com motor 2.0 16V. Espécie de hatch do Elantra, chegou com pompa e circunstância, e com o forte apelo publicitário naquela fase do Grupo Caoa de que tudo da marca coreana era o “melhor do mundo”.
Em 2013, a segunda geração chegou aqui sem o mesmo impacto, muito por culpa do motor 1.6 (sobre o qual falaremos a seguir). Um ano se passou e a Caoa mudou a motorização para 1.8 e o hatch foi reestilizado ainda em 2015. Deixou de ser vendido em 2016 com mais de 120 mil unidades comercializadas.
Como frisado, o Hyundai i30 foi um sucesso de vendas no Brasil. Ao menos no começo. Mesmo importado da Coreia, foi o hatch médio mais licenciado do país nos anos de 2010 e 2011, isso brigando com modelos que ou eram feitos aqui, ou vinham da Argentina, beneficiados pelos acordos do Mercosul.
Para se ter ideia, naqueles dois anos, o Hyundai i30 teve mais de 35 mil carros vendidos (cada ano). Ficou à frente de Volkswagen Golf, Ford Focus, Chevrolet Astra e Vectra GT, além de Citroën C4 e Peugeot 307.
O negócio esfriou quando a Caoa passou a importar a segunda geração do Hyundai i30 com o mesmo motor do HB20, a partir de 2013. Isso mesmo, o médio, que era bem mais caro, compartilhava o motor com o compacto recém-lançado.
Com potência de 128 cv com etanol e 122 cv, com gasolina, o novo i30 era um balde de água fria para um público que se acostumou com o propulsor 2.0 a gasolina de 145 cv. Isso se refletiu nas vendas, que caíram de 35 mil unidades em 2012, para 6 mil em 2013 e para pouco mais de 5 mil, em 2014.
A Hyundai até deu um upgrade no i30 em 2015. Passou a vender o carro por aqui com o motor 1.8 a gasolina da linha Nu, com 150 cv de potência (mais, inclusive, que o 2.0 da primeira geração) e 18,2 kgfm de torque máximo. A transmissão é a automática A6GF1, de seis marchas.
Apesar do ganho em desempenho e conforto no rodar, o estrago já estava feito. Sem o mesmo custo benefício competitivo de antes e em um segmento que só desidratava, o Hyundai i30 vendeu menos de 3 mil unidades em 2015 e não chegou a 2 mil emplacamentos, em 2016.
Bem, vamos focar no Hyundai i30 de primeira geração, com mais ofertas no segmento de usados e com o bem disposto 2.0 da linha Beta. Ele tem opções manual e automática, contudo em ambas o desempenho nas acelerações é interessante, com 0 a 100km/h em 10,5 segundos.
Usando bem as reduções na transmissão de cinco marchas se tem retomadas boas. Nas versões com a caixa automática de quatro velocidades é que precisa ter certa paciência, pois há imprecisões a médios giros. Em contrapartida, a transmissão reforça o conforto do hatch médio.
Para quem curte aquela posição mais baixa de dirigir típica dos hatches, o Hyundai i30 é um prato cheio. Em velocidades maiores na estrada a carroceria demonstra solidez nas curvas e a direção com assistência elétrica é precisa, enquanto se mostra bastante suave para as manobras de estacionamento.
A suspensão firme e com curso curto sofre bastante nos buracos, e os passageiros do banco traseiro sentirão mais isso. Ao mesmo tempo, o espaço é interessante, com 2,65 metros de entre-eixos e vão suficiente para pernas e joelhos. O isolamento acústico é eficiente, o acabamento mais do mesmo e o porta-malas leva 340 litros.
Vamos de Hyundai i30 2012 na versão GLS. Oferece airbag duplo frontal, freios com ABS e EBD (e a disco nas quatro rodas), ar-condicionado, direção elétrica, trio, volante com ajustes de altura e profundidade, retrovisores rebatíveis eletricamente, som com USB e Bluetooth, sensores de chuva e de luminosidade, rodas aro 17”, faróis de neblina e banco do motorista com ajuste lombar.
Entre os modelos à venda, existem aquelas opções “completíssimas” equipadas com os pacotes de opcionais que eram oferecidos à época. Aí, você pode encontrar um Hyundai i30 com controles de estabilidade, de tração e de subidas, airbags laterais e do tipo cortina, retrovisor eletrocrômico, bancos de couro, teto solar, ar automático e sensor de ré.
Preços do Hyundai i30 2.0 16V AT ano 2012 na KBB:
O Hyundai i30 adota esta nomenclatura em diversos mercados onde é vendido, menos nos Estados Unidos. Lá ele é chamado de Elantra GT, justamente por usar a mesma plataforma do famoso sedã médio.
O Hyundai i30 não tem peças tão fáceis de achar, porém os preços costumam não ser salgados.
Preços de peças do Hyundai i30 2012 com motor 2.0:
Um dos problemas crônicos e fonte de queixas da primeira geração do Hyundai i30 diz respeito à direção. Se a mesma apresentar excesso de vibrações e barulhos, pode ser a bucha plástica da coluna, que se desgasta precocemente.
Fique atento também a imprecisões demasiadas no câmbio automático de quatro marchas, aos batentes dos amortecedores (outro item que costuma apresentar desgaste acentuado) e à parte elétrica.
Ainda tem a questão do lubrificante. Pesquise se os antigos donos seguiram as recomendações da fabricante – o óleo recomendado era 5W20 ou 5W30. Porém, muitos donos usavam óleo mais grosso por ser mais barato.
Recalls da primeira geração do Hyundai i30:
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