Crossover com jeito de SUV raiz, Jeep Renegade já foi o mais vendido da categoria e é escolha de carro usado robusto
O Jeep Renegade foi lançado em 2015 já como linha 2016 mas em meio a uma leva de estreias no segmento. No mesmo ano apareceram Honda HR-V e Peugeot 2008, e logo depois Hyundai Creta e Nissan Kicks para sacudir uma categoria até então dominada por Ford EcoSport.
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Só que o SUV compacto, até hoje, é o que mais se aproxima do estilo de um utilitário esportivo de fato. Com desenho quadradinho simpático, boas capacidades e o DNA da Jeep, o Renegade chegou a ser o mais vendido do segmento – mesmo não sendo o mais barato.
Hoje, é uma ótima opção de usado. Por isso, reunimos as principais características e os principais fatos do Jeep Renegade na linha 2016, a de estreia do SUV no nosso mercado.
A estreia global se deu em 2014, quando o modelo começou a ser produzido na Itália e na Alemanha pela então FCA – Fiat Chrysler Automóveis. No Brasil, como dito, o Jeep Renegade nasceu linha 2016 e com duas opções de motor, flex aspirado e turbodiesel, o que possibilitou uma variedade de versões.
Ainda em 2016 o Jeep Renegade estreou uma de suas muitas séries, a 75 anos – em homenagem ao aniversário da marca estadunidense. Em 2017 e 2018 passou por uma leve reestilização, ganhou e perdeu versões de acabamento e começou a liderar o ranking de emplacamentos de SUVs
Depois das edições Willys e WSL, perdeu as variantes com câmbio manual na gama 2020. Por volta daquela época, passou a ter opções de entrada flex (STD) e diesel (Moab). Teve mais uma série, 80 Anos, em 2021 e em 2022 deixou de oferecer tais motores para adotar apenas o 1.3 turbo flex, acompanhado de uma nova remodelação.
Esse motor teve a potência reduzida recentemente para atender às regras do Proconve L8, ao mesmo tempo em que a Jeep reorganizou os nomes e posicionamento do Renegade e a série Willys foi reeditada.
O Jeep Renegade foi o primeiro carro produzido no Polo Automotivo de Goiana (PE), hoje da Stellantis. O SUV foi o pioneiro no Brasil a usar a plataforma Small Wide, derivada do então Fiat 500X e uma evolução da arquitetura SCCS, que serviu ao Punto e ao Linea.
Depois dele, a planta começou a fazer outros modelos, quase todos de enorme sucesso em vendas. Em 2016, um ano após o lançamento do Jeep Renegade, a Fiat Toro passou a ser feita na mesma fábrica. Na sequência vieram os Jeep Compass e Commander e, mais recentemente, a Ram Rampage.
Desde a linha 2016 até agora, o Jeep Renegade soma mais de 560 mil unidades emplacadas no Brasil.
“Não sobe nem meio-fio”. Você já deve ter ouvido ou lido muito disso sobre o Jeep Renegade. Não é bem assim. Realmente o motor 1.8 flex da linha E.torQ contrasta muito com o porte mais robusto e a proposta jipeira do SUV.
Com esse propulsor aspirado, o Renegade fica mais para um crossover urbano. Mas os 132 cv com etanol e 130 cv com gasolina não são essa tragédia toda. As acelerações são honestas, com 0 a 100 km/h na casa dos 11,5 segundos.
O problema é que o rodar é áspero e o câmbio automático de seis velocidades fica muito impreciso em determinadas situações de acelerações e retomadas, especialmente entre a terceira e quinta marchas.
Nas horas das retomadas, inclusive, a dica é pisar de forma leve e gradual no acelerador para minimizar os delays. Mas trata-se de um SUV bom para andar na cidade e também para pegar a estrada.
Um motor defasado, com uma caixa automática datada e um SUV com aerodinâmica menos favorável, obviamente vai ter fama de beberrão. Veja os números de consumo do Jeep Renegade 2016 pelos padrões do Inmetro para o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do referido ano.
A coisa muda de figura com as bacanas versões turbodiesel do Jeep Renegade 2016. Além do motor de 170 cv proporcionar arrancadas melhores e respostas mais ágeis, o câmbio automático da ZF de nove marchas é quase uma bênção.
A caixa faz as trocas de forma rápida e com poucos trancos. O resultado é um zero a 100 km/h abaixo dos 10 segundos. Destaque ainda para a boa força em baixos giros típica de um turbodiesel (são 35,7 kgfm a 1.750 rpm) e o consumo:
Mesmo com o motor aspirado, o Jeep Renegade tem capacidades boas para quem quer usar o SUV em um fora de estrada leve. Ou até mais pesado no caso das opções diesel, que usam tração 4×4 com reduzida.
Veja alguns números do Jeep Renegade 2016 para trafegar em trechos de terra e esburacados.
Apesar da altura de 1,71 m e do jeito quadradinho, o Jeep Renegade é muito bom dinamicamente. A suspensão tem boa calibragem e equilibra bem rigidez na estrada e a filtragem dos buracos na cidade.
Além disso, o SUV compacto torce pouco nas curvas. A direção é direta e precisa na maior parte do tempo, sem pedir correções demasiadas em altas velocidades na rodovia.
No conforto, está longe de ser um carro familiar. Os 2,57 metros de entre-eixos resultam em espaços apenas satisfatórios para motorista e carona. O condutor ao menos tem uma posição alta de dirigir e com vários comandos ao alcance das mãos e dos olhos.
O banco traseiro acomoda dois adultos, sem folgas para joelhos e pés. O porta-malas é sofrível e menor que o de muito hatch pequeno. São apenas 260 litros de espaço para bagagens no Jeep Renegade 2016.
Como mencionado, o acerto da suspensão é competente e lida bem com os buracos. Já o acabamento salta aos olhos, ainda mais se comparado aos rivais da época do Jeep Renegade 2016. As peças são bem encaixadas, o design é de bom gosto e remete a outros modelos da marca e, conforme a versão, há materiais emborrachados no revestimento.
Vamos de Jeep Renegade 2016 na opção Longitude – que contemplava os dois motores. Na segurança, airbag duplo (laterais e de cortina eram opcionais), controles de estabilidade e de tração, freios a disco nas quatro rodas, assistente de partida em rampas, câmera e sensor de ré, luzes diurnas e Isofix.
No mais, ar-condicionado automático de duas zonas, direção elétrica, trio, volante com ajustes de altura e profundidade, piloto automático, freio de estacionamento elétrico, porta-objetos no assento do passageiro dianteiro, tapetes de borracha, lavador, limpador e desembaçador do vidro traseiro, banco traseiro com encosto bipartido e rebatível.
A central multimídia tem tela colorida sensível ao toque de cinco polegadas, GPS nativo, conexão Bluetooth, entrada USB e comandos por voz. O volante multifuncional é revestido de couro. Por fora, faróis de neblina, rodas de liga leve aro 17”, rack preto no teto e maçanetas e retrovisores externos na cor da carroceria.
Faróis de xenônio, retrovisor eletrocrômico, bancos de couro, assento do motorista com ajustes elétricos, sensor de chuva e de luminosidade, teto panorâmico, chave presencial, alerta de ponto cego e monitoramento da pressão dos pneus eram opcionais.
O Jeep Renegade não é um carro barato de manter. Aqui, vamos listar peças das versões flex e diesel do SUV compacto.
Nas versões 1.8 flex são comuns os relatos no Reclame Aqui e em grupos de donos do SUV de problemas no sistema elétrico do Jeep Renegade. Desde falhas no acionamento dos vidros elétricos, mau contato nos faróis de neblina e panes na central multimídia.
O câmbio automático de seis marchas costuma dar defeito no trocador de calor da caixa. Outros depoimentos falam do óleo da transmissão que se mistura ao líquido do sistema de arrefecimento.
No caso das unidades diesel, também são comuns as queixas sobre problemas na transmissão. Fique atento ao consumo excessivo de óleo e motores com alta carbonização.
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Melhor e único SUV Compacto raiz, tanto que, só ele, oferece versões 4d4.
Estou no meu terceiro Renegade e só alegria.
Só o Renegade tem…
O ESTILO RENEGADE
A PERSONALIDADE RENEGADE
O ACABAMENTO RENEGADE
O NÍVEL DE EQUIPAMENTOS RENEGADE
A ROBUSTEZ RENEGADE
A SUSPENSÃO ROBUSTA SEM SER DURA E CONFORTAVEL SEM SER MOLENGA
O resto não passa de um Hatch Bombado.