Design peculiar e desempenho interessante fazem desse crossover compacto uma boa opção de carro usado, para quem gosta de estilo
Um carro bonito faz toda a diferença para uma boa parcela de quem compra carro. A primeira geração do Kia Soul abusa nesse quesito. Porém, apesar de ser o que mais chama a atenção no modelo coreano, está longe de ser a única virtude.
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Desempenho interessante, boa dose de conforto e dirigibilidade agradável também são trunfos do estiloso modelo, que tem jeito de SUV e comportamento de hatch. Veja agora 10 fatos sobre o Kia Soul.
Lançado mundialmente no Salão de Paris de 2008, o Kia Soul surgiu sob a definição de crossover urbano. Desembarcou no Brasil em julho de 2009, importado da Coreia do Sul. Usou apenas motor 1.6 da família Gamma, mas com versões com câmbio manual e automático.
Já em 2010 esse mesmo motor 1.6 passou a ser flex e ganhou discretos números na potência. A transmissão manual passou a ter seis marchas. O mesmo ocorreu com a caixa automática: de quatro para seis velocidades. No fim do ano seguinte o Kia Soul sofreu sua primeira reestilização.
A segunda geração do Kia Soul foi lançada em 2014, com a mesma proposta quadradinha e moderna. Nesta fase, o crossover coreano só teve opção automática no mercado brasileiro até 2019, quando deixou de ser vendido.
Vamos combinar que a Kia podia abusar desse adjetivo tranquilamente com o Soul. E ao colar essa imagem, a marca atraiu o público jovem para o seu compacto. Tanto que foi um dos modelos mais emplacados pela marca por aqui.
Para se ter ideia, a Kia vendeu quase 9 mil unidades do Soul em seu primeiro ano, 2010. No ano seguinte, os licenciamentos do carro dobraram: 18 mil veículos entregues. Foi o 36º carro de passeio mais emplacado do país, nada mal para um importado e com uma rede de concessionárias menor que a maioria dos rivais.
Com este volume, por exemplo, superou modelos fabricados no Brasil e outros mais tradicionais do mercado. O Kia Soul, em 2011, ficou à frente nos emplacamentos de carros como Ford New Fiesta, VW Polo Sedan, Chevrolet Corsa Sedan, Nissan Livina e Citroën C3 Aircross.
Porém, em 2012 veio o Inovar-Auto e quem não tinha fábrica no Brasil de seu mal. O programa setorial criou uma sobretaxa para veículos sem conteúdo local. O Soul e outros carros da Kia ficaram mais caros. Em 2012, as vendas do crossover despencaram para menos de 4 mil unidades.
O Kia Soul é um dos carros que mudou a identidade visual dos carros da marca sul-coreana, movimento liderado pelo cultuado designer alemão Peter Schreyer. Ex-Grupo Volkswagen, o pai do Audi TT chegou à fabricante sul-coreana em 2006 e o crossover foi uma das suas primeiras crias.
A propósito, na “rádio corredor” dizem que o Kia Soul foi idealizado por Peter Schreyer ainda na Volkswagen. Quando era designer da marca alemã, ele integrou o time que desenvolveu um crossover compacto inspirado – vejam só – no Fox brasileiro.
Porém, o que corre à boca miúda é que o carro foi rejeitado internamente, mas que Schreyer teria se inspirado muito neste projeto para criar e desenhar o Kia Soul.
O motor Gamma 1.6 16V é bem familiar no mercado brasileiro. Equipou a primeira fase dos Hyundai HB20 e Creta, por exemplo. Além de outros modelos da Kia que foram vendidos aqui, como o Cerato.
Nos primeiros Kia Soul que desembarcaram no Brasil, os 124 cv já garantem arrancadas competentes. Ao se tornar flex, o motor ficou discretamente mais esperto com os 128 cv (etanol) – com gasolina, 122 cv. Mas não espere nenhum bólido: o 0-100 km/h fica na casa dos 11 segundos.
É um carro para andar suave. Se quiser um pouco mais de interação e agilidade no desempenho, o câmbio manual de seis marchas é uma pedida. A caixa automática, mesmo a de seis velocidades, tem algumas imprecisões. Porém, garante um rodar bem mais confortável no trânsito pesado.
Na estrada, contudo, o Kia Soul embala bem. Em velocidades de cruzeiro a 100 km/h o conta-giros fica na faixa das 2.500 rpm.
Para quem gosta daquela posição de dirigir mais alta e ereta de alguns SUVs, o Kia Soul atende bem. Motorista e carona ainda desfrutam de espaço condizente para pernas, ombros e joelhos.
No banco traseiro, o espaço é limitado e mais indicado para dois adultos. O porta-malas de 330 litros é razoável para o segmento, recebe uma mala grande e outra média, mas a altura dificulta um pouco a colocação das bagagens.
O acerto da suspensão faz o carro sofrer nos buracos. Em contrapartida, a rigidez da carroceria agrada no que diz respeito à dinâmica e estabilidade, especialmente em curvas mais fechadas.
Para um carro design, o acabamento interno poderia ser mais estiloso e caprichado, e ter menos plástico rígido. O isolamento acústico é apenas regular.
Vamos de Kia Soul 2013, já reestilizado, com motor flex e câmbio automático de seis marchas. Na segurança é equipado com airbag duplo dianteiro, freios com ABS, câmera de ré, retrovisor eletrocrômico e encostos de cabeça para todos os ocupantes.
Na parte de conforto, ar-condicionado, trio elétrico, ajustes de altura e de profundidade do volante multifuncional, sistema de som com CD player, Bluetooth e tomada USB, além de encosto traseiro rebatível e bipartido. O Kia Soul 2012 também recebe faróis com parábola dupla, rodas de liga leve com aros de 16″ e luzes de neblina.
Preços médios do Kia Soul 2013, segundo a KBB Brasil.
O motor 1.6 16V Gamma já conhecido do mercado ajuda na questão de parte da manutenção do Kia Soul. Porém, é preciso atenção com preços e a oferta de certos componentes e com peças externas de acabamento.
Preços de peças do Kia Soul 2013:
Um dos problemas mais comuns relatados por donos de Kia Soul se refere à vida útil da bobina de ignição. Outros proprietários relatam também dificuldades ao dar partida no motor por causa do uso de filtro de combustível não original.
Dê uma checada boa em componentes da suspensão, no comportamento da direção (especialmente em trechos irregulares) e no sistema de embreagem, que costuma ser também uma fonte de problemas no Kia Soul.
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