A Toyota Hilux é a líder soberana entre as picapes médias vendidas no Brasil, mas será que a japonesa é tudo isso?
A Toyota Hilux é um daqueles casos a ser estudado no setor automotivo. A picape média é a mais vendida da sua categoria há anos, sem qualquer sombra de ameaça no segmento.
Obviamente, a Toyota Hilux tem suas virtudes indiscutíveis. Mas nada que justifique tamanha supremacia em um mercado com adversários bons – e até melhores.
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Nesta matéria, vamos desmistificar a Toyota Hilux.
Essa oitava geração da Toyota Hilux foi lançada em 2015. Produzida em Zárate, na Argentina, mantinha as versões com motor flex, mas adotou novo conjunto turbodiesel de 177 cv.

Ao mesmo tempo, de lá para cá, o motor aspirado a etanol e gasolina ganhou comando variável de válvulas e a picape teve diferentes séries especiais. Também passou por reestilizações, em 2018 e 2020.
Ainda teve uma série especial GRS com motor 4.0 V6 a gasolina. Depois, a variante assinada pela Gazoo Racing virou versão, só que com o motor 2.8 de 204 cv – as unidades flex foram descontinuadas em 2021.
Como dito, a Toyota Hilux vende muito, e bem mais que suas concorrentes. De janeiro a outubro de 2025, por exemplo, foram 41.359 unidades licenciadas, segundo os dados do Renavam informados pela Fenabrave.
A Ford Ranger, que é a segunda colocada, está bem atrás. O modelo teve pouco mais de 28 mil veículos emplacados no mesmo período.

Por que a Toyota Hilux vende tanto assim?
O sucesso da Toyota Hilux pode ser explicado por vários fatores. Em especial, o fato de a marca japonesa ter se consolidando no Brasil com a imagem de que faz carros “inquebráveis”.
Isso é muito importante, ainda mais para o público da picape. Seja para usar no trabalho pesado da fazenda, seja para frotistas. Tem ainda a questão do status para aquele cliente do agronegócio e para os picapeiros urbanos.
Atrelado a isso, não podemos esquecer que a Toyota tem uma fama de pós-venda eficiente.
Desta forma, o número de vendas não significa que a Toyota Hilux seja a melhor disparada da categoria. No desempenho, por exemplo, ela não é a mais potente.
O motor 2.8 gera 204 cv de potência a 3.400 rpm e torque máximo de 50,9 kgfm a 2.800 rpm. Só ganha de Nissan Frontier e de Fiat Titano – de versões básicas da Ranger. Perde para Chevrolet S10, VW amarok, a própria Ranger V6, e Mitsubishi Triton.
Com o câmbio automático de seis marchas, o 0 a 100 km/h da Toyota Hilux fica na casa de 12 segundos. Também inferior à boa parte das rivais.
Picapes feitas sobre longarinas geralmente são naturalmente mais “desengonçadas”. A Toyota Hilux já é um projeto com mais de 10 anos e com uma dinâmica mais datada.

Outros modelos da categoria se mostram mais acertados atualmente nesse sentido. Em especial a nova Ford Ranger, lançada em 2023, que virou referência no segmento.
7 airbags, bloqueio de diferencial traseiro, assistente à subida em rampas, central multimídia de 9” com conexão sem fio para smartphones, tomada USB e Bluetooth, ar-condicionado manual, trio elétrico, sensor de luminosidade, regulagens de altura da direção e do banco do motorista, para-choques na cor do veículo, rodas de aço com aros de 17″ pretas, protetor de caçamba e assistente de reboque.
Itens da STD Power Pack MT + câmbio automático de seis marchas.
Itens da STD Power Pack AT + controle eletrônico de descidas, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, ar-condicionado automático de duas zonas, volante com comandos de som, manopla de câmbio revestida de couro, bancos revestidos de tecido, faróis de neblina de LED e rodas de liga-leve aro 17″.
Itens da SR AT + regulagens elétricas do banco do motorista, partida por botão, retrovisores rebatíveis eletricamente, bancos de couro, rodas de liga leve aro 18″, faróis e lanternas de LEDs e maçanetas externas e capas retrovisores cromadas.
Itens da SRV AT + controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência, alerta de mudança de faixa, regulagem automática dos faróis e sistema de som JBL com 2 tweeters e 1 subwoofer.
Itens da SRX + kit aerodinâmico, bancos dianteiros com ventilação, bancos de couro perfurado, saídas de ar para o banco traseiro, acerto de suspensão com bitolas mais largas e rodas exclusivas.
*preços públicos sugeridos para modelos 0 km em novembro de 2025
Um dos segredos para o sucesso da Toyota Hilux está no pós-venda. As revisões com preço fixo até 60 mil km saem por um total de R$ 12.278,56 e estão entre as mais competitivas do segmento – manutenção de picape média não é igual a de um Yaris…
Além disso, a Toyota, que já oferecia cobertura de cinco anos, recentemente lançou um plano de garantia de 10 anos para toda a sua linha no Brasil, inclusive a Hilux.
Sim, ela é adorada mas tem seus problemas. Em fóruns com donos de Hilux, há relatos sobre defeitos na central multimídia e casos de infiltração na cabine. Fique atento ainda a ruídos estranhos vindos da suspensão.
No site do Reclame Aqui ainda há depoimentos sobre defeitos nos discos de freios. Importante lembrar que, recentemente, a Toyota convocou um recall por causa do defletor que fica sobre a janela traseira das versões SRX e GR-S da Hilux.
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