Carros ‘cringe’: 10 modelos que causaram constrangimento à indústria
Relembre alguns automóveis desnecessários que acabaram provocando aquela famosa vergonha alheia em seus fabricantes
Relembre alguns automóveis desnecessários que acabaram provocando aquela famosa vergonha alheia em seus fabricantes
O mundo contemporâneo e digital adora uns termos modinha. O da vez agora é “cringe”. O termo virou recorrente nos perfis de famosos e anônimos no Instagram e em canais no YouTube. Só que momentos “vergonha alheia” – ou do tipo – existem há muito tempo, sem nome em inglês e inclusive no setor automotivo.
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Não faltam casos de carros que se mostraram tão desnecessários e inusitados, que chegaram a ser constrangedores de ver. Confira 10 momentos cringe das montadoras no mercado brasileiro.
Em 1979, a General Motors resolveu lançar uma versão Jeans baseada no modelo mais barato do Chevette. Por fora, o sedã compacto passaria insuspeito pelas ruas. O momento cringe está na cabine. O revestimento dos bancos e painéis das portas era feito de jeans mesmo, como os das calças e com direito até a bolsos nas laterais dos encostos.
A ideia era atrair um público jovem. Tanto que a peça publicitária trazia a frase: “Chevette e Jeans: as duas coisas mais descontraídas, esportivas e resistentes que existem”. O modelo, contudo, fez bem menos sucesso que as calças jeans fazem até hoje e durou pouco. Hoje é raro encontrar uma versão deste Chevette inteira.
A Citroën sempre teve uma certa tradição em minivans e esse tipo de carroceria gozava de sucesso no início do século, é verdade. Porém, um SUV urbano já dava sinais para onde o mercado migraria: o EcoSport. Em 2010, então, a Citroën resolveu lançar uma espécie de rival do Ford, mas em formato monovolume.
Era o C3 Aircross, uma versão aventureira do C3 Picasso que já tinha sido apresentado na Europa. A despeito do visual controverso, tinha até mais espaço que o Eco, porém não se parecia nem um pouco com o jipinho. Além disso, o motor 1.6 16V era fraco para o seu peso e o carro provocava cringe até no posto de combustível.
Em 2007, a Fiat tentou novamente mostrar que sabia fazer carros mais sofisticados do que Uno, Palio e cia. Resolveu lançar o Linea, um sedã com acabamento caprichado, boa construção e bom pacote de equipamentos e serviços. Mas no posicionamento, tornou-se um momento cringe da montadora italiana.
A Fiat acreditou realmente que o seu carro brigaria de igual para igual com a dupla líder entre os sedãs médios, Honda Civic e Toyota Corolla – a categoria ainda tinha Chevrolet Vectra e Astra Sedan, Ford Focus Sedan, Renault Mégane, entre outros.
Acontece que o Linea estava mais para compacto premium nas dimensões e no espaço – ou seja, poderia brigar melhor com VW Polo Sedan, Honda City e Ford Fiesta Sedan. Com preços próximos aos médios, o Linea vendeu bem menos do que a marca imaginou.
Os fãs da Toyota meio que ficaram incrédulos em 2012, quando a marca lançou o Etios. O projeto indiano de baixo custo (descontinuado este ano) tinha ótima mecânica, mas já não era unanimidade no desenho. O acabamento simplório em excesso só piorava a situação: nem parecia um modelo da marca japonesa. Mas o momento cringe da montadora ainda estava por vir – e de forma pior.
Um ano depois da estreia do Etios, a Toyota resolveu fazer uma versão aventureira do hatch compacto. Obviamente, enchendo o carro com penduricalhos “off road”, conseguiram deixar o Eitos mais esquisito do que o original. O carro foi motivo de chacota e saiu de linha em 2018.
Um momento cringe coreano na nossa lista. Em 2011, o Grupo Caoa fez um marketing intensivo para o lançamento do Hyundai Veloster. A campanha ressaltava o visual bastante esportivo do cupê e o fato de o carro ter três portas, e prometia desempenho com um motor de 140 cv de potência.
A vergonha alheia da Hyundai Caoa foi bem nessa questão mecânica. O motor do Veloster importado para o Brasil era o mesmo 1.6 do do i30 à época e que viria equipar o HB20 um ano depois. Este gerava 128 cv, e não 140 cv como anunciado. Claro que sobrou processo na justiça contra a empresa e o Veloster deixou de ser vendido em 2014.
Um dos piores momentos cringe das montadoras, sem dúvida, é a Troller Pantanal. Quer coisa mais constrangedora do que uma empresa ter de comprar de volta todos os modelos produzidos e destruí-los? Pois foi isso que a Ford fez com as picapes derivadas do jipe T4 após adquirir o fabricante cearense, em 2007.
Que fim levou a picape Pantanal? Boris Feldman explica em vídeo!
A linha de produção da Pantanal até já havia sido encerrada devido às baixas vendas. Só que a Ford detectou “problemas irreversíveis” na estrutura da picape, que afetavam sua manobrabilidade e implicavam em riscos de acidentes.
O fabricante americano decidiu recolher todos os exemplares vendidos até então e ressarcir os proprietários. Menos mal que a expectativa de vendas da Troller no lançamento, em janeiro de 2006 – de 1.000 carros/ano -, não se concretizou e só foram 77 unidades emplacadas em cerca de um ano de vida da picape.
A Montana já seria um cringe por si só. No fim de 2010, a General Motors lançou a segunda geração de sua picape compacta baseada no Agile, que usava plataforma do primeiro Corsa (1994) – enquanto a Montana original era derivada do hatch de segunda geração, de 2003.
Logo depois, a Chevrolet reeditou a versão Combo para a linha – que já existia na antecessora. Era uma variante com a caçamba fechada com revestimento de fibra. Ficou ainda mais esquisita, já que o desenho inspirado no Agile era desproporcional e controverso. Parecia até o Coupé Mal-Assombrado o desenho “Corrida Maluca”.
Um dos mais lembrados momentos de cringe da Peugeot é a Hoggar. Em 2009 a marca francesa resolveu se aventurar em um complicado segmento de picapes compactas – onde nem a Ford conseguia fazer graça. Criou, então, a Hoggar que se valia da arquitetura do 207 brasileiro – na verdade, uma adaptação da plataforma do velho 206 – e usava os mesmos conjuntos mecânicos.
Foi um fiasco em vendas. Para completar, a versão aventureira Escapade, com os para-choques com molduras destacadas, não agradava a todos – lembrava os dentes de um Conde Drácula. Obviamente não fez nem cosquinha nas vendas da Fiat Strada Adventure.
Tal qual o Chevette Jeans, a Fiat também quis colar a imagem jovem ao novo Uno, lançado em 2010. De olho em universitários em busca do primeiro carro, a Fiat lançou a série especial College do seu hatch compacto. Os detalhes estéticos eram inspirados em mochilas, com um adesivo imitando um zíper na lateral e capas dos retrovisores, anéis da grade frontal e maçanetas pintados de vermelho.
Já as rodas eram brancas. Dentro, porta-objetos com bolsos nos encostos dos bancos dianteiros. As molduras das saídas de ar e os detalhes do volante também eram na cor vermelha. Porém, o modelo mais parecia um carro alegórico e até os jovens descolados o consideram um cringe.
Está aí um dos maiores momentos cringe da indústria automobilística mundial. Em 2017, a Mercedes-Benz fez alarde para o lançamento de sua picape média. A Classe X era uma parceria da Daimler com a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, e de onde saíram a nova geração da Frontier e a Alaskan.
A picape foi um equívoco completo. Não entregava o conforto e o requinte que se espera de um Mercedes. E nem a robustez que se precisa em uma picape. Foi até prometida para ser produzida em Córdoba, na Argentina, mas só foi fabricada mesmo em Barcelona (Espanha) por três anos. De lá, saíram apenas 8.000 picapes com a marca da estrela de três pontas – do total de 38 mil unidades da plataforma compartilhada.
Fotos: Divulgação
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Monza branco hatch nos anos 80 era super gringe
Monza branco hatch nos anos 80 era super gringe
Pior que os carros só essa reportagem imbecil. Só poderia ser Uol
Isso vcs fica esc o lhambando o s carro pra quem nao Tem condições p comprar um sabemos que antes nos andavam montado a cavalo jegue burro e hoje nos tamos em cima de moto carro É etc. Vcs nos traçamos os cavalos de carnes por cavalo de fogo abre o olhos jovem cuidado com o que falam
MEU PAI TINHA UM FORD 39 DENTRE OUTRAS RARIDADES, E FUI OBRIGADO A SER UM EXCELENTE MANIVELEIRO, QUALQUER BOBIADA ADEUS MEU BRACINHO DE GAROTO. BATERIA DE 6 VOLTS!!!. TIVE UM FIAT 147, 78, VERMELHO FERRARI. ALVO DE PRECONCEITO GENERALIZADO, INCLUSIVE DE MECÂNICOS. NA ESTRADA, AO FAZER ULTRAPASSAGEM, O MONZA INCONFORMADO,ME ULTRAPASSAVA A TODO INSTANTE AO LONGO DOS 500 KM A VISTA. “TIRA ESSA POMBA GIRA DA FRENTE”, E ASSIM RODEI QUASE 300km. CURIOSO QUE A FIAT, AO FINDADAR SEU PRIMEIRO ANO NO BRASIL, APRESENTOU UM BALANCETE COM LUCRO SÓ COM O TERRENO, SEM TER MONTADO UM CARRINHO SIQUER. DIAS ATUAIS, O CARRINHO VIROU ‘VINTAGE” E MAIOR SUCESSO ENTRE OS JOVENS, ABONADOS OU NÃO, VALENDO 40.OOO PAUS….
RESUMINDO O FRITAR DOS OVOS ,QUER COMPRAR UM BOM CARRO DE QUALIDADE E ACABAMENTO, COROLLA E HONDA CIVIC,O S JAPONESES ACERTARAM EM CHEIOOOOOOOOOOOOO NESSES MOTORES
O RESTO É PRA TIRAR DINHEIRO DO BOLSO DO BRASILEIRO E DAR DOR DE CABEÇA..
Caríssimos Boris & Equipe,
Permitam-me, é imprescindível deixar de lado um carro da AUTOLATINA, muito bonito, sobretudo na versão WOLFSBURG, mas bem ruim, exceto por ser extremamente veloz, por conseguinte – mal projetado – muito perigoso!
Era o LOGUS GLSi. Acredite, por gentileza, de São José dos Campos a Belo Horizonte o FORDWAGEN LOGUS GLSi foi o carro mais rápido; se precisasse de parar – UAU!
Dava ‘fading’ no sistema em qualquer descida de serra, sobretudo quando um caminhão a 20 resolve ultrapassar outro – a 30: frear põe em xeque a eficácia do sistema…
MAS, O LOGUS ERA LINDO, NA COR VERMELHO-STILUS, nunca mais refeita, bem como a cor “branco-nácar” , e a “preto (um preto esverdeado…
FALTOU AINDA O DOGINHO 1800 !!!!
Citroën Aircross cringe? Um dos Citroën que mais vende! Tenha santa paciência. Saco desta galera que acha que entende e fica falando mal do carro da gente.
Cringe é carro chinês com gravata de símbolo e que pega fogo sozinho.
Kkkkkkkk. Calma moço, você pode vender o seu ainda. Sempre tem um bobo pra comprar
Pois é, kkkkk.O cara compra um treco estranho igual o Etios que nem painel tem,aí fica bravo com as verdades,kkkkk
Boa noite, será por ser Brasil ,que somos obrigado a todo tipo de produtos! tentem empurrar em países de primeiro mundo produtos reprovados em teste de colisão!, só aqui !
mas o mais engraçado disso tudo e que esses carros depois de algumas décadas valem mais do que os da mesma época, por isso que não vendo minha Honda MUTANTE.
Cringe é o próprio motor a combustão que existe há mais de 130 anos e já era pra ter virado peça de museu há tempos. Infelizmente continuam insistindo nesses carros com motor à combustão pouco eficientes e com preços absurdos.
Por enquanto, ainda é a melhor opção.
Os motores elétricos existem há décadas. Já existiam fords elétricos no início. O problema até hoje é a bateria. São bem melhores hoje, mas têm problemas que ainda impedem descontinuar o motor a combustão: carga muito lenta; peso; baixa autonomia; poucos pontos de recarga. Estes não são os principais problemas, os dois principais são: 1- não há matriz energética elétrica para substituir a frota mundial por completo. 2- a mineração do lítio é extremamente agressiva ao meio ambiente. Então, no momento, carros elétricos apenas mudam a poluição de lugar.
Mudarão essa realidade,assim que acharem um novo jeito dos donos de postos nos roubarem
A Fiat aliás é campeã em lançar carros e depois tirar de linha em um curto espaço de tempo, foi assim com Linea, Tipo, Punto, Stilo, Marea… e por aí vai….
A chevrolata fez igual ou pior… Astra, Vectra, Meriva, Zafira, Celta, Corsas, Agile… vish… mercado nacional é triste mesmo. Agora temos uma capivara para 7 pessoas, um tal de bateu, morreu chamado onix… e a morte do cruze é este ano.
Quanta baboseira, Jesus…
HOJE esses carros são “cringe”, mas AMANHÃ aposto que serão verdadeiras raridades e/ou moscas brancas de olhos azuis (aliás, o Chevette Jeans já é)
Tem toda razão, vide os “micos” la de fora que hoje são caçados pelos colecionadores.
Citroën Aircross e Etios cross são os unicos cringes aí
Quem comprar um Etios Cross, pode guardar na garagem para mostrar pros netos como um erro que nunca mais deve ser cometido. kkkkk
Pra quem anda de Mercedes 40 lugares, todo carro é cringe. Vai andar de Aircross pra falar alguma coisa.
Bando de estendidos por WhatsApp.
O Etios Cross era o cão chupando manga da indústria brasileira. Tem alguns amarelos que dá vontade de consolar quem comprou… só se for pra rodar sem seguro (ninguém rouba!).
Essa palavra “cringe” chega a ser ridícula… Sem necessidade criar termos esdrúxulos para vergonha alheia.
Parabéns falo tudo…essa palavra cringe não tem nada haver
Concordo totalmente com vc. Essa palavra é ridícula mesmo
Concordo totalmente com vc. Essa palavra é ridícula mesmo. Que mania que o brasileiro tem de copiar o que vem de fora
jOELSON, ESTOU ELABORANDO UM “LIVE”, A RESPEITO DA ENXURRADA DE COISAS DESSE TIPO. “COACH” NÃO É O COACHAR DOS SAPOS, SOU “CRUSH”. CRUZ CREDO…
Exato. Mania que nós temos de ficar babando por essas expressões estrangeiras…aff
Se tivesse pesquisado direitinho, saberia que o tecido usado no chevette Jeans não era jeans propriamente dito! Era apenas um tecido que oimitava!
Opa…Agora mudou tudo,com certeza o interior deixou de ser ridículo
Eu curti a Classe X… rs
Entendo que faltou espaço pra listar tanta “inspiração” dos fabricantes. Mas é digno de nota lembrar de Doblò, Meriva SS, ou os frutos da Autolatina……..
Se naquela época o Chevette Jeans tivesse sido lançado com o motor 1,6-l, eu teria comprado.
Para quem lembra, o interior era bem bonitinho, mas o motor fraco de 1,4-l era um desastre.