10 carros que você não acredita que foram vendidos no Brasil
Você vai se surpreender com os modelos que foram importados para o Brasil… até num passado bastante recente
Você vai se surpreender com os modelos que foram importados para o Brasil… até num passado bastante recente
Nos anos 1990 o Brasil viveu uma babel de fabricantes que tentaram a sorte por aqui no embalo da abertura das importações. Mas automóveis excêntricos, que venderam pouco e que quase ninguém lembra não são exclusividade daquela época. Nos últimos 20 anos foram lançados muitos carros por aqui que você não vai acreditar que foram vendidos.
Falamos de alguns modelos importados para cá inclusive na década passada, por marcas estabelecidas e em um mercado bem mais amadurecido. Também relembramos veículos inusitados que desembarcaram por aqui no começo dos anos 2000 e que não vingaram nem três anos no mercado.
Veja agora 10 carros que você não vai acreditar que foram vendidos.
Começamos os carros que você não vai acreditar que foram vendidos com a régua lá em cima. O Equus foi importado pelo Grupo Caoa para ser a vitrine de requinte e tecnologia da marca sul-coreana. Noves fora o design exótico, tinha acabamento luxuoso e até um frigobar na cabine. O motor 4.6 V8 da família Tau acenava com 366 cv de potência.
A ideia era que o Equus disputasse mercado com os maiores sedãs das marcas premium alemãs, leia-se Audi A8, BMW Série 7 e Mercedes Classe S, só que com preço 40% abaixo dos rivais. Nem isso serviu de argumento e o carro vendeu apenas 68 unidades em dois anos – pouco, mesmo para um nicho de mercado.
A Effa foi a primeira marca chinesa a chegar com proposta de carro barato no Brasil, no fim dos anos 2000, com o subcompacto M100 (conhecido como Ideal lá fora). Não satisfeita com a má impressão que o carro deixou no mercado logo de cara, a empresa insistiu e em 2011 trouxe uma picape para brigar com Toyota Hilux e Chevrolet S10.
A Plutus usava chassi da antiga geração da Mitsubishi L200 e motor 3.2 diesel, mas não se engane pela capacidade volumétrica: o conjunto mecânico rendia apenas 103 cv de potência. Para piorar, o acabamento interno era tosco. A picape não vendeu nem 300 unidades.
Outro carro que você não vai acreditar que foi vendido no Brasil e que usava a mesma base – e mesma estratégia – do Equus que abre esta relação. Sedã de luxo da Kia, o Quoris foi apresentado no Salão de São Paulo de 2012, chegou a aparecer na novela das 21h da TV Globo, “Amor à vida”, mas só chegou para valer 2015
Também conhecido como K9 em mercados da Ásia, o Quoris já trazia itens de condução semi-autônoma, como controle de cruzeiro adaptativo, e usava motor V6 de 294 cv. Só que tinha a mesma auto-estima elevada do Eqqus: queria brigar com Mercedes Classe S, BMW Série 7 e cia.
Em 2003 a Citroën já fazia sucesso com a Xsara Picasso e resolveu subir o sarrafo na categoria de monovolumes familiares. Passou a importar da França a C8, sua maior e mais luxuosa minivan até então. Tinha portas laterais deslizantes elétricas, ar-condicionado dual zone, ESC e retrovisores rebatíveis eletricamente.
Além disso, oferecia 7 lugares de fato – com os bancos extras lá de trás removíveis, solução que o novo C3 Aircross adota hoje. Era um produto de nicho, mas é um dos carros que você não vai acreditar que foi vendido no Brasil. Em menos de dois anos teve apenas 295 unidades licenciadas.
A DaimlerChrysler tinha acabado de ser criada e a fabricante costumava fazer apresentações para a imprensa de modelos das diferentes marcas da parcela estadunidense da empresa ao mesmo tempo. O Sebring, por exemplo, foi mostrado junto com Chrysler Grand Caravan (lá fora Dodge) e Jeep Cherokee Sport.
Só que a vida do sedã foi curtíssima e sem qualquer sombra de sucesso. Importado em versão única com motor V6 de 203 cv, o carro só vendeu 18 unidades (isso mesmo, 18) e obviamente durou pouco mais de um ano no Brasil.
O simpático jipinho era uma alternativa menor ao Jimny. Usava o mesmo motor do parente de concessionária, o 1.3 16V a gasolina de 82 cv e 11,2 kgfm. O problema do Ignis foi a Suzuki. O carro foi lançado em 2002 mas a marca encerrou as operações aqui em 2003 – só voltaria pelas mãos do Grupo Souza Ramos anos depois – e por isso que você não acredita que ele foi vendido.
A Geely é dona da Volvo Car, da Lotus e de outras marcas chinesas, mas sua primeira passagem por aqui foi breve e se mostrou equivocada. O pequeno GC2 veioo importado do Uruguai com motor 1.0 12V de 68 cv.
O subcompacto tinha desenho inspirado em um urso panda, preço agressivo, mas foi um fracasso de vendas – assim como o EC7. O hatch vendeu apenas 500 unidades – o sedã umas três centenas a mais que isso, se tanto. A Geely ficou só um ano no Brasil.
A Dodge sempre teve uma relação conturbada com o Brasil. Mesmo nos tempos de FCA – Fiat Chrysler Automóveis não conseguiu emplacar carros por aqui. A última tentativa foi o Durango, SUV médio de 7 lugares importado dos Estados Unidos com motor V6 Pentastar de 286 cv e tração nas quatro rodas.
O problema é que chegou com preço mais alto que os rivais da categoria. Para piorar, o câmbio automático de cinco marchas era fonte de reclamações, assim como o consumo de combustível elevado. Em 2015, o SUV deixou de ser negociado por aqui com menos de mil unidades comercializadas.
A reputação da Renault não era das melhores no Brasil no começo do século 21. Principalmente porque o pós-venda da rede de distribuidores nos anos 1990 deixou muito a desejar. Para tentar melhorar a imagem, a marca francesa trouxe a segunda geração do Laguna.
Com motor 3.0 V6 de 210 cv, o sedã médio-grande era bem equipado, confortável e requintado. Porém, tinha que brigar com dois casca-grossas do seleto segmento: Honda Accord e Toyota Camry. Vendeu pouquíssimo e saiu de linha menos de um ano após o lançamento.
Um belo carro que você não acredita que foi vendido em nossas terras. E o Eos tinha tudo para fazer sucesso – condizente com sua categoria e preço, claro. Usava plataforma do Golf e seu conjunto mecânico incluía transmissão automatizada DSG de dupla embreagem, motor 2.0 TSI de 200 cv e tração integral.
Acontece que o mercado brasileiro não é lá adepto de conversíveis – e quando o é, dá preferência aos esportivos e marcas de luxo. Importado de Portugal, o cabriolet não comemorou dois Natais seguidos em nosso país.
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