Celta 2025 é mais uma mentira da Internet para você cair
Chevrolet Celta 2025 se tornou assunto da vez no noticiário automotivo e nas redes sociais, mas é só mais um click bait
Chevrolet Celta 2025 se tornou assunto da vez no noticiário automotivo e nas redes sociais, mas é só mais um click bait
Certamente o amigo já se deparou com o chamado Celta 2025 em algum perfil de rede social ou até mesmo num site confiável. O assunto tem ganhado atenção do público e, claro, dos produtores de conteúdo.
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Mas não se engane, não existe, e nem existirá, um Celta 2025. O hype se dá por conta do novo Chevrolet Aveo, lançado na China pela SAIC. Trata-se de um hatch compacto desenvolvido para o mercado asiático, mas com exportações para o México, desde 2022, e possibilidade de escalar para praças andinas.
Mas como chegou ao México com a gravata da Chevrolet, o assunto virou fofoca. Por aqui não há a menor possibilidade de o Celta 2025 chegar. Isso porque a GM já produz o Onix. O hatch gaúcho se posiciona na base da marca e não carece de um irmão.
Além disso, na atual configuração do mercado, assim como as exigências ambientais e de segurança, produzir um carro de entrada totalmente novo é botar fogo em dinheiro. Isso porque um modelo de entrada custa quase o mesmo que um SUV para produzir, mas com a diferença de ter uma margem de lucro bem menor.
Afinal, o Celta 2025 precisaria concorrer com a patota da base como Kwid, Mobi e C3. Ou seja, muito esforço para pouco retorno.
Terceiro ponto: o consumidor, que ainda compra carro novo, não quer saber de popular. Ele busca um SUV, nem que seja um aventureiro como Pulse, Kardian e o futuro VW Tera. São carros com maior apelo de mercado e margens mais gordas.
Assim, a GM deverá investir seus dobrões num utilitário menor que o Tracker. E de acordo com o portal Autos Segredos, o Baby Tracker já está em desenvolvimento com o projeto Carbon.
O Chevrolet Celta foi um projeto de carro popular derivado da primeira geração do Corsa. Ele chegou no mercado em 2000, pouco antes da GM colocar no mercado a segunda geração do compacto. Ou seja, basicamente manteve as duas carrocerias do Corsa, mas com modificações para aparentar ser um produto novo.
Simples, o Celta era o concorrente direto do Fiat Uno, do Ford Ka, assim como das variantes simplificadas do Gol. Naquela época a marca italiana contava com o Uno e Palio em seu portfólio, enquanto a Ford se preparava para lançar sua revolucionária geração do Fiesta. Já a VW vendia Gol como se fosse água no deserto.
O Celta teve boa aceitação de mercado devido ao seu preço agressivo. Era um carrinho barato, desprovido de refinamentos. Além disso, nos anos 2000 as exigências de segurança se limitavam basicamente aos cintos de três pontos (exceto no assento central) e encostos de cabeça (desprezado para o quinto passageiro).
Tudo isso fazia do Celta um carro barato e com boas margens de lucro para a GM. No entanto, com a chegada do Onix, em 2012, a GM resolveu enxugar a linha. Ele foi descontinuado em 2015. Com duplo airbag e ABS, assim como a companhia do irmão mais moderno, o modelo deixou de ser um bom negócio para a General Motors.
Dessa forma, não há um Celta 2025 no cenário, apesar de seu nome ainda ser forte e o Celtinha bombar no mercado de usados. Para o Celta voltar à vida seria necessário um retrocesso em normas de emissões e segurança. E claro, uma taxa de juros baixa e limite de crédito jorrando pelos bancos para atrair o consumidor que hoje se mata para comprar um usado.
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