5 dobradinhas entre fabricantes e celebridades que deram certo

A combinação entre celebridades e automóveis na publicidade pode dar um retorno muito positivo para os fabricantes; conheça cinco dessas boas parcerias

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Comercial com Wilt Chamberlain e Volkswagen Fusca (King Rose Archives / Volkswagen)
Por AutoPapo
Publicado em 28/11/2017 às 12h46
Atualizado em 11/08/2022 às 16h29

De acordo com Marshall McLuhan, um dos grandes teóricos da comunicação do século 20, “toda publicidade anuncia publicidade”. Pensando  assim, muitas marcas usam celebridades para endossar seus produtos. Às vezes, o resultado é ótimo, mas em outras oportunidades o retorno é desastroso, muito por conta da rejeição do público com relação ao comercial ou a quem foi utilizado na peça publicitária. No mundo automobilístico, acertos e erros também ocorrem. Separamos algumas das parcerias entre celebridades e fabricantes que deram “super” certo.

1. “THINK SMALL”

O mercado norte-americano pede por veículos grandes. Comercializar um compacto na terra do Tio Sam é uma missão complicadíssima para as fabricantes. No entanto, a Volkswagen caprichou e sua campanha de divulgação do Fusca, a “Think Small” (“Pense Pequeno”, em tradução literal), foi um grande sucesso na década de 1960. Até hoje é considerada por muitos como uma das melhores de todos os tempos. Um comercial em específico é genial. Wilt Chamberlain, um dos maiores jogadores da história do basquete, tinha “apenas” 2,16 m de altura. Na peça, Wilt tenta de todas as formas se acomodar no fusquinha; sem sucesso. Contudo, seu companheiro de Philadelphia 76ers, o igualmente emblemático Billy Cunningham, consegue entrar sem problemas no besouro – mesmo com 2,01 m de altura.

O marketing da VW foi tão genial que, anos depois, em 1979, Chamberlain estrelou a campanha da primeira geração do Golf, conhecido à época nos Estados Unidos como Rabbit. Wilt guiou o carango sem problemas, evidenciando o espaço interno do hatchback. O slogan pode ser “Think Small”, mas o marketing da VW pensou grande.

2. GODZILLA E RELÂMPAGO

No encalço dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a Nissan fechou uma parceria com o homem mais rápido do mundo para promover o GT-R. Usain Bolt, dono de um Godzilla (apelido do supercarro japonês) desde 2009, topou a empreitada, que foi sucesso absoluto. O jamaicano ganhou três medalhas de ouro na Inglaterra e se tornou a face do novo marketing Nissan – mais dinâmico, com foco no slogan “inovação que excita”. Tanto que Bolt foi eleito “Diretor global de Excitement” da marca com o objetivo de espalhar o conceito.

O corredor ganhou ainda um GT-R dourado, apelidado de Boltmobile. A edição limitada do Godzilla foi leiloada e o valor arrecadado foi doado para o projeto comandado pelo jamaicano em seu país de origem. Em 2014, o “relâmpago” veio ao Brasil para participar do desafio Mano a Mano, patrocinado pela fabricante nipônica. Em 2016 conquistou três ouros nos Jogos do Rio de Janeiro. O marketing da Nissan é veloz, amigos.

3. O HOMEM DE FERRO ATACA

O Marketing da Nissan é campeão no quesito timing, tendo a capacidade de fechar parcerias com determinadas celebridades no momento certo e na hora certa. Robert Downey Jr. foi indicado ao Oscar por sua performance na cinebiografia de Charles Chaplin, em 1992. No entanto, depois disso, ficou no limbo por mais de uma década por causa de problemas pessoais. Sua ressurreição aconteceu em 2008, quando foi escalado para interpretar o “gênio, bilionário, playboy e filantropo” Tony Stark, o Homem de Ferro. O filme foi um sucesso e deu início ao gigantesco Universo Cinematográfico Marvel.

Aproveitando a “volta” de Downey Jr., a Nissan firmou contrato em 2010 com o ator para ser a voz da campanha “Inovação para todos”, que exaltava as novas tecnologias presentes nos modelos da fabricante. Mais um acerto dos nipônicos.

4. BOND PROPAGANDA

Sob muita desconfiança, Daniel Craig teve a responsabilidade de substituir Pierce Brosnan como 007. Felizmente, o ator provou a que veio logo em sua estreia no icônico papel, em Cassino Royale, de 2006. Craig viveu Bond nas telonas em quatro filmes, atingindo o ápice em Skyfall (2012), considerado por público e crítica como uma das melhores películas no cânone do personagem.

Pensando na tradicional veia britânica de 007, a Land Rover pagou cerca de 1 milhão de dólares (de acordo com informações da imprensa internacional à época) para Craig divulgar o Range Rover Sport, em 2013, no Salão de Nova York. O vídeo de apresentação ficou bem bacana e a resposta foi, num todo, positiva.

5. O ORGULHO AMERICANO

Apesar de, hoje, italianíssima, a Chrysler ainda é sinônimo de “americanidade”. Em 2012, já absorvida pela Fiat, a marca lançou comercial fantástico no intervalo do Super Bowl – grande final da NFL, a Liga de Futebol Americano – estrelado por figura emblemática: Clint Eastwood. O lendário ator e diretor foi estrela da campanha “It’s halftime in America” (“É intervalo nos Estados Unidos”), que tinha como intuito mostrar a recuperação da indústria do país depois da crise de 2008.

O impacto foi tão grande que conservadores ficaram malucos, por acreditarem que se tratava de propaganda política favorável ao então presidente Barack Obama. A peça publicitária foi alvo de paródias em programas populares no país, como a série 30 Rock e o tradicional show de esquetes Saturday Night Live. Eastwood não fez mais comerciais para a Chrysler, mas “It’s halftime in America” é lembrado até hoje como uma das grandes campanhas da história da indústria automobilística.

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