Consórcio ou financiamento: escolha o melhor para você
As duas modalidades de compra a prazo têm vantagens e desvantagens; o AutoPapo lista e comenta quais são elas
As duas modalidades de compra a prazo têm vantagens e desvantagens; o AutoPapo lista e comenta quais são elas
Hoje, o consumidor pode optar, basicamente, por duas modalidades para comprar um carro a prazo: consórcio ou financiamento. Mas qual é melhor? A resposta é simples, mas depende do objetivo do comprador e pode se resumir em uma simples equação: custo x tempo.
O primeiro não tem taxa de juros, mas requer paciência do comprador. Já o financiamento permite colocar as mãos no carro novo imediatamente, mas custa mais caro para o consumidor.
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Como já dissemos, quando há dúvida sobre consórcio ou financiamento, lembre-se que a vantagem do segundo é permitir a posse imediata do carro, mas com um custo mais alto.
Pode-se dizer que existem três tipos de financiamento. O primeiro deles é o mais comum, no qual a instituição financeira fornece o crédito com juros normais de mercado.
Há também o subsidiado pelos fabricantes, com taxas menores, às vezes até a “taxa zero”.
Por fim, há o financiamiento que garante a recompra do veículo. Nesta última, normalmente, o cliente utiliza o próprio carro para dar entrada na troca por outro zero.
“Essa operação de recompra é muito utilizada em outro países, semelhante ao leasing operacional. É vantajosa, pois o cliente está sempre de carro novo em um período curto de tempo, dependendo da capacidade financeira dele”, explica o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, Luiz Montenegro.
Ao optar por um financiamento, o consumidor deve observar além da taxa cobrada, o chamado Custo Efetivo da Transação (CET), nos quais estão incluídos taxas e impostos cobrados na operação financeira.
Para Montenegro, para evitar confusão, o que importa mesmo é o valor da parcela.
“Se o cliente, por exemplo, quer comprar um carro de R$ 30 mil e tem R$ 10 mil de entrada, ele deve observar quanto será o valor da prestação e comparar. É basicamente o que as pessoas fazem quando vão comprar uma TV ou uma geladeira, comparam quanto podem pagar”, explica o executivo.
Precisa vender ou transferir um carro financiado? Saiba como fazê-lo.
É possível fazer o financiamento de um carro usado mesmo que não seja de uma loja, mas de uma pessoa física.
Este tipo de empréstimo financeiro é feito por bancos e agências especializadas que avaliam a situação do cliente e oferecem crédito para o solicitante. Esse modelo é conhecido como Crédito Direto ao Consumidor (CDC), em que a taxa de juros varia de acordo como o valor do bem a ser financiado. Ou seja, quanto mais velho for o carro, maior será a taxa de juros para cobrir um possível calote.
Para o financiamento de carro usado, são comuns os seguintes passos:
O primeiro passo para o interessado é procurar uma instituição financeira. Por meio desta, o consumidor irá prosseguir com todos os passos para obter o crédito para comprar o automóvel de outra pessoa.
É importante saber escolher bem a agência. Segundo o Diretor Superintendente da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras e dos Bancos das Montadoras), Flavio Croppo, “os interessados numa transação entre particulares, nunca devem se dirigir a um banco de montadora, pois este estará predominantemente voltado para o financiamento de veículos novos de sua marca. Nem aos que têm como origem um concessionário da própria marca.”
Procurar agências financeiras que não tenham esses vínculos particulares ampliam as opções do comprador.
A instituição solicitará documentação para fazer a avaliação de crédito do cliente. É comum que sejam solicitados documentos como RG, CPF, comprovante de residência, comprovante de renda, Documento Único de Transferência do veículo (DUT), o nada consta do DETRAN, para comprovar a regularidade do IPVA, multas e seguro obrigatório.
Por fim, a financeira avalia o perfil do cliente, e, se aprovado, define o valor e a forma de pagamento do financiamento destinado a compra do usado particular.
O consórcio é composto por um grupo de pessoas que se reúne com o mesmo objetivo. Os consumidores usam uma administradora para guardar o dinheiro para uma compra. Quando tem o fundo, há a compra.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), de janeiro a julho de 2022, o Sistema de Consórcios comercializou mais de 1,8 milhão de novos planos, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
“É como uma espécie de crowdfunding. É uma compra programada, para quem faz um planejamento financeiro. Quem tem o imediatismo de comprar o bem, deve procurar o financiamento”, define o presidente regional da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac), Bruno Correa Martins.
No consórcio não tem juros, mas sim a taxa de administração, que é cobrada ao longo do período de participação do cliente. Hoje, segundo Martins, esse valor não passa de o,15% ao mês.
O cliente é contemplado, ou seja, recebe a carta de crédito no valor do bem escolhido, por meio de sorteio ou de lance, como em um leilão. Esses dois processos acontecem uma vez por mês. Existem administradoras que aceitam veículos usados como lance, o que pode facilitar a vida de quem está trocando de carro.
Para evitar problemas, o consumidor deve entrar no site do Banco Central e verificar se a administradora do consórcio é autorizada pela instituição. Nele, também é possível verificar quantas reclamações ela tem.
O presidente regional da Abac também chama a atenção para um golpe envolvendo os consórcios: o de venda de cotas contempladas que simplesmente não existem.
Alexandre Gomes, da fintech Consorciei, descreve quatro golpes contra consorciados envolvendo o sistema.
É relativamente comum encontrar pessoas querendo vender uma conta contemplada. No entanto, é importante garantir – antes de realizar qualquer pagamento – que os dados da cota estão corretos e que a transferência será de fato realizada.
Alguns vendedores tentam “empurrar” o produto para uma pessoa menos interessada, garantindo que será contemplada. No entanto isso é incerto, tanto nos casos de sorteio, quanto por lance. A compra do veículo passa por análise de crédito tão rigorosa quanto a de um financiamento. Se não tiver quitado sua cota com o lance, o consorciado precisará deixar o veículo como garantia e seguir com pagamento das parcelas.
A quinta fraude mais comum no mercado atinge os mais desatentos. No famoso golpe da administradora fantasma, as cotas são vendidas por alguém que não tem autorização e nem estrutura para realizar consórcios.
Antes de escolher uma operadora, acesse o site do Banco Central e confira as administradoras credenciadas no Brasil.
Oportunistas tentam vender ou revender consórcios ativos ou contemplados dizendo que “contemplou, quitou”. Embora o consumidor possa dar um lance de contemplação que também quite o consórcio, caso o lance seja menor que o saldo devedor ou a contemplação tenha sido por sorteio, ainda será preciso pagar as parcelas restantes.
Ou seja, a contemplação não isenta o dono da cota de pagar o restante do consórcio. O cliente deverá continuar a pagar as prestações enquanto o bem adquirido ficar em garantia.
Se você for muito azarado e não for dar lance, vale mais a pena investir o seu dinheiro na poupança do que no consórcio. Afinal, enquanto no investimento há rendimento, no consórcio há a taxa de administração. E se você só for sorteado nas últimas assembleias, irá perder dinheiro.
Resumindo: está precisando do carro o quanto antes? O financiamento é a indicação, mas tem um custo mais elevado, mesmo em tempos de queda na taxa de juros. Tem mais prazo e quer se programar? Vá de consórcio.
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Boa tarde, Boris.
Isso mesmo.
Precisa de carro na hora, queima dinheiro e parte para financiamento, vai pagar outro carro de juros.
Tem tempo mas não guarda dinheiro para pagar a vista, vai de consorcio.
Mas verificar tudo antes de dar dinheiro, já que aqui é brasil e não suiça!!! infelizmente.