Nós que trabalhamos olhando para carros o tempo todo acabamos vendo todo tipo de coisa, essas cinco foram frutos dessas observações
Os carros modernos são máquinas bastante complexas. Por isso, eles são cheios de detalhes que podem passar despercebidos em um primeiro contato e só notamos eles com o convívio.
Se você gosta de reparar em minúcias, essa matéria é um prato cheio. Listamos aqui cinco detalhes em carros vendidos no Brasil que você pode não ter notado.
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O nome “Argo” veio da mitologia grega. Ele batiza um barco que foi dado pela deusa Atena para Jasão e os argonautas navegassem de Iolcos até Cólquida para recuperar o Velocino de Ouro.
A Fiat chegou a explicar a origem desse nome durante o lançamento de seu compacto. Mas você pode não ter notado um detalhe que remete a isso na “cara” do Argo: os frisos de sua grade formam desenhos de barcos.
Esse detalhe foi perdido na reestilização da linha 2023, que trocou os barquinhos por um padrão de losangos mais comum. O padrão original da grade do Argo segue em outro carro, o Ford Territory. Agora você irá lembrar do hatchback da Fiat toda vez que ver o SUV médio da marca do oval.
A BYD possui duas linhas principais na China e que são vendidas por redes diferentes. A Dynasty, com nomes em referência às dinastias chinesas e desenho mais agressivo; e a Ocean, que vende carros mais arredondados e batizados com nomes de criaturas marinhas.
O Dolphin faz parte da linha Ocean, obviamente. Seu nome é “golfinho” em inglês e esse mamífero aquático não aparece apenas no emblema. A maçaneta interna tem o formato de uma barbatana de golfinho.
Esse detalhe não aparece no irmão menor Dolphin Mini. Esse carro se chama originalmente Seagull (gaivota em inglês), mudaram o RG dele no Brasil para pegar carona no sucesso do Dolphin.
A Peugeot desenvolveu no Brasil uma caminhonete compacta para concorrer com Fiat Strada e Volkswagen Saveiro, a Hoggar. Ela foi fruto da família 207, que por aqui era nada mais que um 206 reestilizado e com interior diferente.
Seu projeto era uma verdadeira salada com os componentes da prateleira: até o final das portas dianteiras era usada a plataforma do 206, daí para trás era usada a base do furgão Partner. Por isso, a Hoggar tinha suspensão traseira com barras de torção e a maior capacidade de carga já vista nesse segmento: 742 kg.
O detalhe mais curioso nesse carro foi a Peugeot do Brasil ter pego as lanternas do 1007 europeu. Esse carrinho urbano era um hatch subcompacto que usava portas corrediças elétricas para acessar a cabine, como existem na traseira de minivans grandes.
O Chevrolet Agile foi um projeto feito às pressas durante uma crise forte que a General Motors passou. Ela atrasou o Onix, que viria com uma base moderna, e criou esse compacto desengonçado sobre a plataforma do Corsa.
Apesar de todos os seus defeitos, o Agile possuía uma função escondida que ajudava em muito os motoristas que gostam de viajar à noite. Seu painel possui um modo noturno, que desliga a iluminação de todos os mostradores exceto o velocímetro.
Isso reduz o cansaço visual e permite que a visão se acostume com o ambiente escuro. É uma função que foi copiada da Saab, que por sua vez se inspirou nos aviões.
Um porta-objetos redondo próximo ao freio de mão do Renault Duster sempre chamou nossa atenção quando pegamos uma para testar. A única coisa que cabe nele é um controle de portão.
Só descobrimos o motivo desse buraco redondo estar lá depois de ver fotos da versão 4WD vendida na Argentina. Esse local é onde fica o seletor circular da tração integral, que não é oferecida no Brasil.
Outro carro que possui um nicho idêntico — e que só cabe um controle de portão — é a Ford Ranger Black. Ela também é 4×2 e teria um seletor de tração ali.
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