Dia do Fusca: o brasão, a raposa, o índio e o bandeirante
O Fusca é rodeado de histórias, elementos e simbolismos, alguns deles estampados no próprio carro como a imagem de uma raposa, um bandeirante e um índio
O Fusca é rodeado de histórias, elementos e simbolismos, alguns deles estampados no próprio carro como a imagem de uma raposa, um bandeirante e um índio
Neste sábado (20), se comemora o Dia Nacional do Fusca. A data se refere a 20 de janeiro de 1959, quando teve início a produção do carrinho na planta da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP). E todo ano, a data serve para resgatar curiosidades sobre o simpático Volks, que ficou em linha até 1986 e retornou entre 1993 e 1996.
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E uma das curiosidades a respeito do Fufu era sobre aquela raposa gravada no volante e que também aparecia na ponta do capô, pertinho da maçaneta, em modelos importados. Trata-se de uma reprodução da heráldica da cidade de Wolfsburg, onde fica a sede da Volkswagen e tinha um lobo sobre uma fortificação do burgo. O emblema adornou o carro vendido na Alemanha e também nos Estados Unidos. Durante os anos, o brasão de armas foi ajustado e redesenhado, com estilo minimalista. Versões não oficiais também brotaram no mercado, inclusive por aqui, como item de decoração para valorizar o carrinho.
No Brasil, a VW resolveu fazer o mesmo, mas ao invés da heráldica do burgo germânico, foi aplicado o brasão da cidade de São Bernardo do Campo, que tem como destaque um bandeirante ao lado de um indígena e inscrição em latim: “Paulistarum Terra Mater”, que se traduz em: “mãe de todas as terras paulistas”.
O brasão foi aplicado no capô do Fusquinha de 1959 a 1966, quando o modelo passou por atualização de estilo e ficou com visual simplificado.
Reza a lenda que a remoção do escudo se deve pelo número de furtos do adorno. Nos EUA retirar o brasão virou uma mania. A molecada usava com enfeite ou presente para as meninas. E com a mudança lá fora, o Fusca nacional também perdeu seu brasão.
O volante original do Fusca era lindo, tinha aro fino, dois raios e buzina em formato de meia-lua. Ao centro também vinham os emblemas. No Brasil, o brasão da cidade paulista e lá fora a heráldica de Wolfsburg.
O volante do Fusca, assim como os detalhes externos foram se simplificando com o tempo. Nos anos 1970, o brasão desapareceu do volante, que recebeu um desenho mais simples.
O Lobo de Wolfsburg voltou para o volante na virada dos anos 1970 para 1980, quando o Fusca passou por nova atualização e ganhou as lanternas “Fafá”. Mas logo o emblema foi trocado pela “bolacha” tradicional da marca.
Hoje, um brasão de capô de São Bernardo do Campo pode custar entre R$ 100 e R$ 400. Anunciantes juram que são originais. Já réplicas do escudo de Wolfsburg variam de R$ 80 a R$ 120, no varejo online.
Já um volante da safra 1959 a 1966 custa em média R$ 400. Coisas de Fusca.
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Tal e qual o Brucutu.