Dia do Professor: 10 carros que deram aulas de mercado
Nesta data relembramos 10 automóveis emblemáticos que adotaram estratégias certeiras e de sucesso no mercado, e ajudaram no beabá da indústria
Nesta data relembramos 10 automóveis emblemáticos que adotaram estratégias certeiras e de sucesso no mercado, e ajudaram no beabá da indústria
Neste domingo (15) comemoramos o Dia do Professor. E Tem muita marca de automóveis que dá lições de mercado. São estratégias com um ou mais carros que servem de aulas de como posicionar e vender um produto. São diversos os exemplos, mas separamos 10 modelos icônicos que ditaram tendências e se consolidaram no Brasil.
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Confira agora os carros que deram aulas no mercado brasileiro.
O carro de maior sucesso da indústria automotiva brasileira obviamente deu muitas aulas no mercado. Lançado em 1980, o hatch compacto foi um projeto bancado pela filial da Volkswagen e que se mostrou uma estratégia mais que acertada.
Feito para substituir o Fusca, o Gol não só o sucedeu com honras, como vendeu mais que o dobro que o Besouro. Em 42 anos de mercado, três gerações e muitas reestilizações e motores, o hatchback anotou mais de 8 milhões de unidades produzidas e ficou 28 anos seguidos como o veículo mais emplacado do país.
Exemplo mais recente de carros que deram aulas de mercado, o Onix foi uma virada de chave acertada da General Motors no Brasil. Com projetos que usavam a defasada base Opel do primeiro Corsa (de 1994), na década de 2010 a montadora resolveu se render às arquiteturas asiáticas, de custo mais baixo.
Desta forma, nasceu o Onix, em 2012. Bem mais moderno e espaçoso que o Celta, o modelo apostou em diferenciações dentro do segmento de compactos, como oferta de câmbio automático e central multimídia com espelhamento de celular. O Onix cresceu nas vendas até, em 2015, assumir o posto do veículo mais comercializado do país.
Em 2019, mais uma guinada. Nova geração, com plataforma mais moderna, motores inéditos de três cilindros (com direito a turbo) e mais equipamentos de segurança. Só não conseguiu manter a liderança isolada nos licenciamentos devido à falta de semicondutores, a partir de 2020. Mesmo assim, continua entre os três mais vendidos do país.
Em 2003 o Projeto Amazon, da Ford, apresentava o seu segundo modelo: um SUV compacto, feito sobre monobloco e baseado em um carro de passeio que deu aulas não só no mercado brasileiro, como no mundial. Afinal, o EcoSport pode ser considerado o primeiro utilitário esportivo genuinamente urbano da história.
Até então, mesmo SUVs pequenos eram mais caros ou feitos sobre longarinas. Tinham custo elevado de manutenção e a tração 4×4 que pouca gente usava. Porém, havia uma demanda reprimida de consumidores que queriam um jipinho para passar a imagem de aventureiro na cidade mesmo.
Desde o primeiro ano o Eco foi um estrondoso sucesso e o SUV mais vendido do país por 12 anos. Ganhou uma segunda geração em 2012, somou mais de 1,2 milhão de unidades e continuou a ditar tendências. Basta ver a quantidade de crossovers urbanos que todas as marcas no mundo lançaram nos últimos anos – inclusive as de luxo.
A picape compacta foi lançada no fim dos anos 1990 para alavancar as vendas de comerciais leves da Fiat. Sucessora da Fiorino e baseada no Palio, a picapinha logo se tornou líder da categoria. Capacidade de carga elevada, versatilidade de uso e uma infinidade de versões explicam o sucesso.
A Strada foi um carro que deu aulas também em seus pioneirismos. Foi a primeira com proposta “off-road de brincadeirinha”, com a configuração Adventure. Depois, teve a cabine estendida e foi a primeira picape leve a oferecer bloqueio do diferencial dianteiro.
Ainda foi estreante na categoria de compactas e ter cabine dupla e quatro portas. Recentemente, mais uma inovação dentro do segmento: motor turbo. Nos últimos anos tornou-se o veículo mais comercializado do país. Já são mais de 1,6 milhão de unidades da picape desde o início de produção.
O carro de passeio mais vendido do mundo dá aulas de mestrado. O sedã médio da Toyota é um caso de sucesso, mesmo 12 gerações depois. Confiança na mecânica, conforto na medida e a imagem da marca japonesa fazem o modelo ter uma legião de alunos, ou melhor, de seguidores fiéis até hoje.
A história do modelo começou em 1966, no Japão. Depois, o carro invadiu os Estados Unidos, onde até hoje faz a cabeça da classe média. No Brasil, desembarcou importado em 1994 e começou a ser produzido em 1998. Atualmente está em sua quarta geração feita aqui e ainda ostenta o título de primeiro carro com motor híbrido flex do mundo.
Em 2021, o Corolla atingiu o feito histórico de 50 milhões de unidades vendidas globalmente. E em 2022, bateu o recorde de licenciamentos em um único ano: mais de 1 milhão de exemplares do sedã foram comercializados em todo o mundo.
O segmento de compactos no Brasil era um marasmo, quando, em 1999, chegou um carro que daria aulas na fatia mais importante do mercado brasileiro. Inicialmente importado, o Peugeot 206 trouxe desenho e um ar de requinte para a categoria.
Em 2001, o hatch inaugurou a fábrica da PSA Peugeot Citroën no Brasil. O design com formas angulosas e cheio de vincos logo conquistou o público. Assim como o acabamento interno mais caprichado. O modelo também chamou a atenção pelos motores mais dispostos.
Pensado para o nosso mercado, o HB20 foi uma sacada e tanto da Hyundai Motor Brasil. A montadora sul-coreana aproveitou a imagem da marca construída por aqui pelo Grupo Caoa e fez uma linha de compactos mais ou menos dentro da mesma lógica do 208: design arrojado e acabamento menos simples.
O hatch caiu no gosto do brasileiro. Desde a estreia está entre os três carros de passeio mais vendidos do país, mas assumiu a liderança definitivamente em 2022. Ajudou, e muito, a Hyundai a atingir a recente marca de 2 milhões de veículos produzidos na fábrica de Piracicaba (SP) em apenas 11 anos. Merece aplausos no Dia do Professor.
Cansada de ver o Civic sempre ser superado pelo Corolla na década de 2010, a Honda decidiu investir em um segmento que se mostrava próspero e onde conseguiria manter um produto de valor agregado. Em 2015, o HR-V meio que abriu a grande leva de SUVs compactos urbanos dispostos a acabar com o reinado do EcoSport.
Com rodar extremamente confortável e aquele “H” na grade que logo é associado à confiança mecânica e ótimo pós-venda, o HR-V tornou-se um dos SUVs mais vendidos do país. Tanto que a Honda desistiu de focar esforços no sedã médio para fazer a segunda geração do crossover, lançada este ano, cheia de equipamentos e com preço de SUV médio.
Ainda sem o suporte da Stellantis, a Fiat descobriu uma brecha no segmento de picapes na metade da década passada: com as médias cada vez maiores em dimensões, por que não lançar um modelo intermediário? Acontece que a Renault foi mais rápida e estreou a Oroch, derivada do Duster, em 2015.
Só que a marca italiana foi bem mais sagaz. Criou a Toro com visual bem mais moderno, boa capacidade de carga, variantes turbodiesel e rodar de carro de passeio. Nem precisa lembrar que o modelo ofuscou totalmente a então fundadora do segmento de médio-compactas.
A Fiat deu aulas para o mundo com esse carro, inclusive. Depois do lançamento da Toro, em 2016, a Ford fez a Maverick e a Hyundai criou a Santa Cruz na mesma lógica. Por aqui, a General Motors vitaminou a Montana em sua terceira geração para atuar no segmento. Merece ou não elogios no Dia do Professor?
Um modelo médio e mais caro que os compactos que é o SUV mais vendido do país só pode ser um carro que dá aulas. Pois é, o Compass foi mais um projeto certeiro da Jeep no Brasil. Sobre a mesma base do Renegade e da Toro, a marca estadunidense desenvolveu um utilitário maior e com ótimo custo benefício.
Lançado em 2016, o SUV foi na mesma vibe da picape e do jipinho irmão, com opções flex e turbodiesel. Desde então, vive em constantes atualizações, seja com novos equipamentos, seja com versões ou séries limitadas. Recentemente, foi reestilizado e ganhou turboflex. Em 2023, superou a marca de 400 mil unidades feitas em Pernambuco.
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Eu incluiria o Etios, aquele “feio” que faz bonito!
Excelente desempenho e conforto, alta confiabilidade e robustez, baixissima manutenção, e custo-beneficio imbatível.
Mas infelizmente o nosso mercado ainda insiste em idolatrar meras estéticas, modismos e penduricalhos supérfluos…
A VW deveria ter dado o nome de Gol ao Polo atual.
Faltou o i30, que chegou chegando numa época em que os hatch médios era a principal categoria, dominado por Focus, Vectra GT, Golf
Não há o que contestar, de que a Toyota e Honda, deram e estão dando impulso, no desenvolvimento dos automóveis neste presente século, construindo veículos bons e práticos, incluindo as outras , com destaque, Ford, Mercedes, Gm, Renault, Citroen, peogeot, e Fiat.