Dia do Trabalhador: 10 carros que nunca ‘morcegam’ em serviço
No Dia Internacional do Trabalhador separamos modelos emblemáticos e pitorescos que até hoje estão na labuta e não refugam
No Dia Internacional do Trabalhador separamos modelos emblemáticos e pitorescos que até hoje estão na labuta e não refugam
Automóvel é aquela máquina muitas vezes usada até a exaustão. Alguns veículos, então, graças à robustez e versatilidade viram carros que são usados para o trabalho até hoje. No Dia do Trabalhador, nada melhor que relembrar alguns deles.
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E não falamos apenas de picapes ou furgões. Carros de passeio e até vans de passageiro fazem sucesso entre quem precisa usar o carro para o trabalho, seja para carregar mercadorias, seja para fazer um negócio ambulante.
A picape naturalmente já era um carro para o trabalho. Mas tinha a limitação da altura de carga na caçamba aberta. A General Motors, então, desenvolveu uma cobertura de fibra com porta traseira e transformou a Montana numa espécie de furgão.
A solução foi adotada nas duas primeiras gerações da picape. Fica combinado que visualmente lembrava o “Cupê Mal-Assombrado”, pilotado pela dupla Medonho e Medinho no desenho “Corrida Maluca” – especialmente na Montana 2. Porém, foi uma forma barata e funcional de oferecer um furgãozinho.
Quando se fala de trabalho, não tem como deixar um carro como a Kombi de fora. Por 60 anos – e até hoje, vamos ser sinceros – foi a van com melhor custo benefício para ser usada em atividades de transporte de cargas e passageiros.
Com capacidade para até 1 tonelada e mecânica simples, virou carro de feirante. Ainda nos dias atuais é figura fácil nas ruas brasileiras, e não obrigatoriamente na configuração furgão. O que não falta é Kombi de passageiros usada para levar toda a sorte de mercadorias.
O primeiro Uno foi um daqueles projetos revolucionários. O hatch compacto lançado em 1984 tinha aproveitamento de espaço excelente, ergonomia acima da média e até coeficiente aerodinâmico diferenciado para a categoria.
Mas a Fiat conseguiu transformar o Uno em um carro para o trabalho. A variante furgão da Botinha Ortopédica, lançada em 1988, teve os bancos de trás retirados, recebeu assoalho contínuo, grade divisória e vidros esbranquiçados para virar um veículo de carga barato.
A Ford Pampa já era uma picape robusta e com boa capacidade de carga desde o lançamento, em 1982. A marca norte-americana, porém, optou por agregar mais funcionalidades e aptidões de trabalho pesado para o carro.
Em 1984, a Pampa ganhou tração integral que já era usada em uma versão famosa da Belina. O 4×4 credenciou a picape a fazer o transporte de mercadorias não só na cidade, mas também em áreas rurais e com muita estrada de terra. Durou até 1995, mas hoje ainda é avistada na roça.
Com seu porta-malas generoso, a station-wagon era um convite a carregar até o que não precisava. Quem nunca viu a valente Caravan transportando até geladeira?
A versatilidade era tanta que nos anos 1970 a Caravan virou sinônimo de ambulância ou de carro para um trabalho meio triste, de funerária. Hoje ainda é vista em algumas feiras livres ou para carregar quentinhas de comida na rua.
Nos anos 1990 uma picape da Peugeot com desenho datado fez a cabeça de muita gente que precisava de carro para o trabalho. Era a 504, importada da Argentina entre 1992 e 1999.
Foi o veículo de carga com motor a diesel mais barato do país por anos. E também oferecia carga útil de 1,3 tonelada orgulhosamente estampada na porta da caçamba. O que a tornou o comercial leve com maior capacidade do mercado, mesmo menor que a maioria das picapes médias da época.
Quem lembra da Towner associa o modelo ao transporte de passageiros – muitas vezes irregular – dos anos 1990. Era a opção menor, porém, bem mais barata de van para ganhar um trocado e conseguir levar até seis passageiros – além do motorista.
O carro foi muito usado para o trabalho entre 1993 e 1999, quando foi importado da Coreia do Sul (até a marca falir na derrocada da Kia Motors, da qual era subsidiária). As unidades sobreviventes continuam na labuta.
Porém, também virou veículo para transporte de mercadorias e é figura fácil em feiras livres. Uma ou outra ainda serve como carrocinha de cachorro-quente.
Como não considerar o Fusca velho de guerra um carro sempre disposto para o trabalho? Sua robustez mecânica, facilidade extrema de manutenção e tração traseira fazem o besouro pau para toda a obra em qualquer canto do Brasil.
Aí você vê Fusca sendo usado de todas as formas. Tem os colecionadores, claro, mas especialmente nas cidades do interior dos estados, é comum se deparar com o Volkswagen mais querido de todos os tempos transportando toda a sorte de coisas.
A multivan foi outra solução funcional de carro para o trabalho. O aproveitamento absurdo do espaço do Doblò o fez virar carro de transporte de passageiros – sempre teve opção de sete lugares. Mas você vê o mini furgão de passageiros servindo também a pequenos empresários, desde para levar equipamentos de som em eventos, até carregar plantas.
Mas o espaço do modelo era tão incrível que não tardou a ter uma versão furgão, com compartimento para carga. No fim de vida, ainda estreou uma configuração preparada de fábrica como ambulância.
Outra van que virou “referência” de transporte alternativo nas grandes capitais no Brasil. O modelo da Kia Motors começou importado em 1993 em configuração com 10 lugares e logo se tornou uma “rival” da Kombi. O que fez a Volks até brincar nas propagandas de que a única concorrente da veterana era “uma besta”.
O nome, na verdade, era uma junção de “Best” com “A”, algo como “o melhor da categoria A”, como era vendida nos mercados asiáticos. Sua segunda geração trouxe a variante 16 passageiros, que fez ainda mais a festa dos “perueiros”.
Apelidada de torradeira – enquanto a Kombi e a Towner eram os pães de forma -, a Besta ainda foi comercializada até 2005. Poucas resistiram ao tempo e as existentes continuam como carros de trabalho para transporte de passageiros.
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O mais clássico, sem dúvida, é a Kombi. Mesmo já fora de linha há algum tempo, ela ainda é presença marcante nas ruas, sítios e fazendas – por sua versatilidade, robustez, e fácil manutenção.
Sem esquecer dos seus também bravos “irmãos” Fusca e Brasília, modeloas ainda favoritos de quem vive e trabalha em áreas rurais – pelas mesmas virtudes que a Kombi.
As vans de passeio coreanas foram a febre nos anos 90-2000, Kia Besta, Asia Topic, Hyundai H100… principalmente no transporte escolar, informal e etc. Hoje substituído pelas grandalhonas Doblò, Sprinter, Master e cia. Muito pouco resistiram a falta de manutenção e peças, bem raro de se ver hoje, rodando em condições “dignas”. Motivo pelo qual a Kombi continua soberana até hoje.
Alguns da lista tem meritos. Nunca houve veículo mais castigado do que Kombi. A velha senhora prestou grande serviço ao Brasil desde 1960.
Cadê o icônico uno com a escada em cima?