Encontro de carros antigos Águas de Lindóia: confira atrações
Voltada para o comércio, edição do evento reuniu cerca de 1.300 veículos, entre clássicos, réplicas e modelos artesanais
Voltada para o comércio, edição do evento reuniu cerca de 1.300 veículos, entre clássicos, réplicas e modelos artesanais
Os dois mais importantes acontecimentos de carro antigo no Brasil acontecem em Águas de Lindóia (SP) e Araxá (MG). O encontro de carros antigos Águas de Lindóia é o maior do país e voltado para o comércio: de carros, peças, acessórios, equipamentos, bicicletas, literatura e qualquer coisa mais ou menos relacionada com o antigomobilismo.
Há também, claro, a exposição de veículos antigos.
Neste ano, o encontro de carros antigos Águas de Lindóia começou no dia 28 de abril, e vai até o dia 1 de maio, aproveitando o ” feriadão” e atraindo verdadeira multidão de curiosos e colecionadores.
O encontro de Araxá é dentro de um mês (30 de maio a 3 de junho), também aproveitando um “feriadão”, o de Corpus Christi. Troca quantidade por qualidade, foca na relevância dos carros expostos, limita-os a 300 unidades e também abre espaço para o comércio de veículos e peças, em volume muito inferior ao de Águas de Lindóia. É tido como a versão tupiniquim de Pebble Beach, praia da Califórnia que abriga o mais sofisticado encontro de automóveis antigos do mundo.
O encontro de carros antigos Águas de Lindóia 2018 deixou ainda mais evidente sua vocação, com espaço ainda maior para o comércio: dos cerca de 1.300 antigos, mais da metade estava nas barracas dos comerciantes, que chegavam a exibir automóveis mais raros e valiosos que na área reservada aos colecionadores.
Um dos mais belos, singulares e caros veículos a venda era um Rolls-Royce 1923.
O Jensen Interceptor é um inglês raro no mundo, mais ainda no Brasil. Da década de 70, carrega uma curiosidade: extremamente parecido com o esportivo nacional Brasinca Uirapuru – dos anos 60 – há quem diga que o inglês foi copiado do brasileiro. Será?
Stutz foi marca famosa nos EUA que se lançou em 1911 nas pistas e continuou produzindo esportivos sofisticados. Fechou as portas em 1936, mas a marca ressurgiu na década de 70, produzindo modelos tão exóticos como um exemplar de 1974 exposto no encontro de carros antigos Águas de Lindóia. A empresa não resistiu e durou pouco mais de dez anos.
A mecânica DKW é muito conhecida no Brasil pois foi utilizada pela Vemag para produzir o Belcar, a Vemaguete, Fissore e o jipe Candango. Mas a marca foi centenária na Alemanha é uma das quatro argolas que caracterizam a Audi. Um “schnellaster” (carga rapida), fabricado na Alemanha Oriental em 1951, é bem anterior ao nosso DKW, também equipado com motor 2T, porém com apenas dois cilindros (o nosso tinha três). Difícil imaginar como poderia fazer entregas rápidas com seu motor de apenas 21 cv…
Veículos da Porsche foram agrupados em um espaço nobre, dedicado somente a eles. Por que? Simples: a marca alemã foi contemplada com uma homenagem pelo seus aniversário de 70 anos.
Uma das atrações do 5º Encontro Brasileiro de Autos Antigos de Águas de Lindóia foi a palestra de dois ícones do automobilismo brasileiro, Bird Clemente e Wilson Fittipaldi Jr. Bird falou sobre o desenvolvimento das corridas no Brasil, enquanto Wilson contou sobre a participação de pilotos brasileiros nas pistas europeias e do único carro de F1 construído por ele e seu irmão Emerson, o Copersucar.
Inclusive, o Renault R8 que proporcionou a primeira vitória de Emerson Fittipaldi está exposto em Lindóia. O colecionador Maurício Marx também o levou para o evento de Amelia Island na Florida (EUA), onde foi premiado e recebeu autografo do piloto.
Nos EUA foi criado, na década de 40, o conceito do veículo de carga “COE”, iniciais em inglês para “cabine sobre energia”. Foram produzidos caminhões Ford e GM neste estilo. Uma empresa do Paraná (COE Garage) resolveu produzir réplicas do tipo picape (R$ 250 mil) e furgão (R$ 350 mil) com mecânica da pick-up Mitsubishi L200, suspensão variável pneumática e acabamento super caprichado. Levou para o encontro de carros antigos Águas de Lindóia o “original” e suas criações…
Um curioso “mini jipe willys” foi integralmente fabricado na oficina de Antonio Espedito Lopes, de Monte Sião, cidade vizinha a Águas de Lindóia. Tem mecânica de Chevette e partes da carroceria em chapa, dobradas e finalizadas no “martelo”…
Não é antigo (pelo contrário) e nem está à venda: Alexandre Salzano é um ítalo-brasileiro que, além de restaurar, projeta e fabrica esportivos. Levou para Lindoia o molde de seu próximo “filho”, um GT com toda a cara de uma Ferrari. Que, por sinal, vai receber a mecânica de uma 456 (V12) que se acidentou. Alexandre se formou em cursos de design de automóveis na Itália e na Inglaterra. Além da oficina, é professor de design no “Studio Salzano”.
Veja a galeria de fotos com algumas das máquinas expostas em Águas de Lindóia
Fotos Boris Feldman | Auto Papo
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Errata: COE significa “cab over engine”, ou cabine sobre o motor, não tem nada a ver com energia. De nada…
Corrigindo, COE significa “cab over engine”, ou cabine sobre o motor, nada a ver com energia.
Acompanho o evento indo todos os anos, quanto ao encontro de carros, são exemplares de alto nível sim, mas infelismente a cidade nestes anos não mudou nada, não avistei se quer uma ambulancia, não investiu no mínimo em sanitários apenas um na praça, fila enorme e sujo, os banheiros químimos estavam localizados do outro lado do evento, na rua que passavam carros muito perigoso, e impossível passar próximo mal cheiro insuportável, entrar no banheiro sem sanche, e próximo a barracas de alimentação, para sair da cidade gastei duas horas para sair, isso saindo as 15 do domingo, minha opnião a cidade não mais comporta esse grandioso evento.
A organização do evento deveria colocar aquelas fitas de isolamento para dividir as vias em duas direções, vai e volta, para as pessoas não darem umas de cara com as outras.
Olá
Estive no encontro de carros antigos edição 2018 no domingo, conforme a reportagem mencionou os carros são um show a parte mesmo, um mais bonito e raro do que outro, mais, a organização do evento está deixando e muito a desejar no que se diz respeito principalmente a praça de alimentação e aos banheiros. Estive em todas as edições e já vinha notando essa deficiência, que esse ano chegou ao absurdo de só ter banheiro na praça de alimentação e os de fora (de comerciantes e moradores) eram pagos, alguns chegaram a cobrar R$8,00 o mais barato que eu vi foi de R$3,00. Na praça de alimentação não existia em nenhum barraca preço dos alimentos, na parte da manhã alguns lanches e pastéis custava R$10,00 na parte da tarde os mesmo foram cobrados R$12,00 /R$15,00.
Na área fora do evento também era prático essa prática (se é assim que posso chamar) de não ter o preço à vista do visitante, quando cheguei um cidadão do estacionamento na rua de entrada do evento quis me cobrar R$80,00 para eu estacionar, não deixei o carro ali, acabei sobindo uma rua e deixei no pátio da igreja por R$30,00.
Gosto muito da cidade de Águas de Lindóia e sou fã do encontro de carros antigos, mais não sei sê volto pra esse evento novamente.
Marcos Antônio
Santana de Parnaíba SP
Estive lá em Aguas de Lindóia no domingo evento muito bom
ESSE ENCONTRO DE CARROS ANTIGOS ESTÁ SENDO REALIZADO EM ÁGUAS DE LINDÓIA
Fui nesse encontro e achei muito desagradável ser chamado de curiosos ao invés de apreciadores de carros antigo!
Quando vocês vão aprender a não chamar Águas de Lindóia, simplesmente de Lindóia? São duas cidades diferentes sabiam?