Entenda como agir quando seu carro está funcionando, ou não, e qual o procedimento correto em casos de incêndio no veículo
Além dos riscos mais comuns que envolvem a circulação no trânsito urbano com outros veículos, os motoristas devem estar preparados para situações atípicas. Um bom exemplo disso é a fiação elétrica rompida ou caída na pista, que pode representar enorme risco para os ocupantes do veículo.
Por isso é de extrema importância saber o que acontece quando essa fiação cai sobre um automóvel e a melhor forma de agir dependendo das circunstâncias em que você se encontra. Confira nesta matéria o passo a passo do que fazer em diferentes situações e dicas para manter sua segurança.
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De acordo com o Tenente Henrique Barcellos, porta-voz do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais:
A energia elétrica tem um risco oculto porque geralmente não manda avisos. Ela não tem cheiro, não tem cor, ela pode parecer que está desligada, mas ainda assim gerar uma tensão e consequentemente um choque elétrico.”
Em alguns casos, quando a rede de distribuição tem um cabo rompido são enviados alguns pulsos de energia aumentando a tensão. Isso serve para averiguar se há mesmo algum acidente com a rede elétrica de um consumidor que, eventualmente sofrendo uma tensão de energia, vai parar de consumir, desarmar.
Esses pulsos vão fazer com que os cabos gerem faíscas e até um ricocheteamento no solo onde estiverem expostos. Esse é um forte indício de que o cabo está energizado, mas não dá só para confiar só nesse fator, pois mesmo sem os pulsos a fiação pode ter tensão e dar choque.
Por isso, o mais recomendado é sempre considerar que o local em que a fiação está dependurada ou rompida está energizado. Dessa forma, o primeiro passo é manter uma distância segura, que no caso de cabos da rede de distribuição urbana, seria de um raio de de dez metros. Isso vale para pedestres, motociclistas e motoristas.
O porta-voz do Corpo de Bombeiros mineiro ainda destaca que:
Os materiais que funcionam como isolantes dentro de casa para tensões domésticas, como uma sandália ou bota de borracha, não funcionam para uma tensão de rede de distribuição. Essa última é muito superior à nossa casa, por isso tem que ser usados isolantes bem mais específicos, como os da concessionária de energia.”
O porta-voz do Corpo de Bombeiros mineiro esclarece que, em um primeiro momento, o carro fornece uma proteção contra o choque elétrico seguindo o conceito da Gaiola de Faraday. De forma muito resumida, o carro funciona como uma malha metálica condutora que impede que campos elétricos penetrem em seu interior.
Logo, o mais indicado é permanecer dentro do veículo e, se ele estiver funcionando, se afastar o mais rápido possível da fiação perigosa. Isso porque, por mais que o veículo não transmita o choque pra quem está do lado de dentro, há um risco de incêndio no carro.
Agora, se você se acidentou contra a rede de distribuição de energia, o carro não funciona e percebeu que existem vários cabos ali, não saia do carro! A primeira hipótese de segurança é a mesma: considerar que a fiação está energizada, logo toda a parte de fora do veículo e o solo ao redor está a um toque de te dar um perigoso choque elétrico.
Desse modo, a primeira orientação nesse caso, já que o veículo não consegue trafegar, é permanecer dentro dele. Em seguida é preciso acionar as equipes do Corpo de Bombeiros pelo número 193.
Assim que chegarem ao local os profissionais vão usar o equipamento isolante para afastar aquele cabo de alta tensão. Só depois de afastá-lo, a equipe vai retirar as pessoas em segurança, seja puxando o veículo, seja chegando até o seu condutor.
De acordo com o Tenente Barcellos, a situação que representa maior perigo é quando você se encontra dentro de um veículo que não funciona, está exposto à fiação elétrica e dando sinais de incêndio, como: fumaça, chamas e aquecimento. Nessas circunstâncias, é hora de abandonar a regra anterior e sair do veículo, pois não há tempo para aguardar uma equipe já que o incêndio vai se propagar rapidamente.
No entanto, isso precisa ser feito seguindo um procedimento de segurança muito específico. Esse protocolo deve ser seguido a risca para não gerar o risco de choque elétrico:
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