Fiat Argo: 10 fatos que você precisa saber sobre o hatch
Compacto da marca italiana foi o carro mais vendido do país. Veja razões para o sucesso e também alguns aspectos negativos do hatch
Compacto da marca italiana foi o carro mais vendido do país. Veja razões para o sucesso e também alguns aspectos negativos do hatch
O Argo sempre figurou entre os 10 carros mais vendidos do país. Mas em maio passado o hatch assumiu o lugar mais alto do pódio de emplacamentos, segundo a Fenabrave. Claro que uma série de circunstâncias “extracampo” contribuiu para este feito, mas é fato que o modelo tem suas virtudes… e, claro, defeitos.
AutoPapo dissecou a linha do compacto produzido em Betim (MG) para entender as razões para o seu sucesso. E também levantou os pontos que ainda deixam a desejar em relação ao compacto. Confira 10 verdades sobre o Argo.
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A gama do hatch compacto tem uma boa diversidade de versões de acabamento, capaz de agradar diferentes gostos e bolsos. Hoje, são seis configurações entre R$ 62.690 e R$ 89.490, com três opções de motor, detalhes e opcionais que podem deixar o modelo com visual mais arrojado, além de versões aventureiras e com câmbio automático.
Toda a linha já sai de fábrica com o que se espera de um carro dessa categoria. Desde a 1.0, o Argo é equipado com ar-condicionado, direção elétrica, chave tipo canivete com telecomando das portas, vidros dianteiros e travas elétricos, computador de bordo, volante com ajuste de altura e limpador/lavador/desembaçador traseiros.
Porém, é na versão Drive 1.0 em que a coisa começa a ficar interessante. Esta agrega o sistema de monitoramento de pneus e a central multimídia Uconnect com tela de 7″, comandos de voz, duas entradas USB e conectividade com Android Auto e Apple CarPlay.
Sendo que a Fiat tem uma política de preços bem agressiva no varejo. É fácil encontrar ofertas na rede da marca italiana do Argo mais barato por volta dos R$ 57 mil. E a Drive 1.0, que na tabela oficial custa R$ 68.290, é vendida regularmente por menos de R$ 62 mil na concessionária.
O Argo tem uma linha de motores iniciais modernos. Falo da família Firefly, que consegue entregar desempenho condizente com eficiência (veja o consumo a seguir). O 1.0 três-cilindros rende 77/72 cv e 10,9/10,4 kgfm a 3.250 rpm e dá mais do que conta do recado na cidade. Já o 1.3 quatro canecos de 109/101 cv e 14,2/13,7 kgfm tem boa força em baixos giros e se mostra bem espertinho.
O ponto fora da curva é o 1.8 16V. Não que os 139 cv decepcionem, pelo contrário: as versões HGT e Trekking com o E.torQ esbanjam vontade. O problema é que trata-se de um projeto antigo, defasado, beberrão e áspero. Tanto que nem deve ser mantido em linha com a chegada do novo 1.0 turbo.
E esse é um ponto negativo do Argo atualmente. Enquanto muitos dos rivais já oferecem variantes turbinadas (Chevrolet Onix, Hyundai HB20, VW Polo), o exemplar da Fiat ainda padece. Os propulsores GSE 1.0 três cilindros com turbo devem ser lançados dentro da gama entre novembro e dezembro.
Como dito, os Firefly demonstram certo ímpeto no desempenho, sem beber muito por isso e são pontos a favor para o hatch. Tanto o 1.0 quanto o 1.3 obtiveram nota A na categoria de compactos pelas medições do Inmetro e asseguraram o Selo de Eficiência Energética do Inmetro. Já o Argo 1.8… Confira as médias de consumo em km/l:
Versão | Etan./cidade | Etan./estrada | Gas./cidade | Gas./estrada |
---|---|---|---|---|
1.0 | 9,3 | 10,0 | 13,2 | 14,2 |
1.0 (start/stop) | 9,8 | 10,3 | 14,2 | 14,5 |
1.3 | 8,9 | 10,4 | 12,5 | 14,7 |
1.3 (start/stop) | 9,4 | 10,5 | 13,4 | 15,0 |
1.8 HGT | 6,9 | 9,2 | 9,7 | 12,8 |
1.8 Trekking | 7,2 | 9,3 | 10,4 | 12,9 |
Outra vantagem do Argo é que ele ele não tem custo de manutenção como os carros “mais caros” da Fiat tradicionalmente “ostentavam”. Mais uma vez aplausos para as derivações com os motores Firefly. Elas estão entre as revisões mais em conta em toda a categoria de hatch compacto.
As seis visitas do Argo 1.0 totalizam pouco mais de R$ 3.400, sendo que só a manutenção de 40 mil km tem uma conta superior a R$ 1 mil. Mesmo as versões 1.8 apresentam um total de revisões que fica abaixo de rivais diretos, como Honda Fit e Volkswagen Polo. Confira os valores das revisões com preço fixo, com base na cidade de São Paulo em 18/6:
Uma das razões para o sucesso do Argo também está no seu conforto. O hatch é um carro agradável de dirigir na cidade, com destaque para o acerto da suspensão traseira, com um prosaico eixo de torção e amortecedores bem calibrados que filtram bem os buracos e ajudam na estabilidade nas curvas.
O espaço também é condizente com o segmento no qual o Argo está inserido e os bancos acomodam bem os passageiros. Aplausos ainda para o isolamento acústico e os materiais usados no acabamento, bem superiores ao que a Fiat oferecia até então em modelos compactos como Punto e Uno, e até no finado Bravo
O Argo sofre daqueles vacilos na cabine. Em especial pela dirigibilidade. Apesar de confortável, o volante é grande e tem pegada ruim, a direção é leve demais e não tem retorno nas manobras e o câmbio mantém a “tradição” Fiat de engates esponjosos e curso longo.
O acabamento tem revestimentos de qualidade, mas há falhas em alguns encaixes do painel e das portas. Além disso, equipamentos legais e de segurança só aparecem nas versões mais caras.
A linha Argo tem poucas opções com câmbio automático. A caixa de seis velocidades está restrita às versões mais caras com o velho motor 1.8. Os bons propulsores Firefly, por sua vez, carecem de uma opção sem o pedal da embreagem. Tudo bem que é melhor não oferecer do que a finada transmissão automatizada Dualogic/GSR, que saiu de linha (felizmente), sem deixar saudades.
A boa notícia é que o Argo vai ganhar a caixa automática do tipo CVT – continuamente variável. Ela chegará depois da estreia do motor 1.0 turbo e deve ter marchas simuladas com opção de mudanças em aletas no volante.
Obviamente, uma das razões do sucesso do Argo é a concorrência. Ou melhor: a falta dela. A General Motors continua com a produção do Onix – líder absoluto do mercado brasileiro nos últimos cinco anos – parada em Gravataí (RS) devido à falta de semicondutores. A escassez do componente também já afeta as produções do Hyundai HB20 e do Volkswagen Polo.
Isso sem contar que a Ford deixou de ser um fabricante nacional ao encerrar a produção do Ka, em janeiro. Só o hatch que era feito em Camaçari (BA) contabilizou 60 mil unidades em 2020 e uma parte considerável desses clientes correu para outros compactos, entre eles o da Fiat.
O modelo da Fiat goza de boa liquidez no segmento de seminovos. É um carro que não pega muita poeira nos pátios de carros usados das concessionárias ou nas agências de veículos. Só que, além disso, o Argo tem baixa desvalorização. Quer dizer, forte valorização.
No ritmo da maioria esmagadora dos seminovos, o hatch também ficou mais caro nos últimos oito meses. Levantamento da KBB Brasil mostra que a linha toda valorizou de setembro de 2020 a abril de 2021, sendo que algumas versões tiveram valorização de mais de 10%. Veja a variação pelo índice “Preço de Revendedor KBB”.
Boris Feldman comenta: melhor um Argo ou um BMW usado?
Fotos Fiat | Divulgação
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Tenho um Argo 1.3 2018 completo, com multimídia, sensor de estacionamento, câmera de re, rodas de liga leve etc., o carro é muito bem acabado em todos os detalhes, design top, boa ergonomia, qualidade do som muito boa, econômico, não faz menos de 12,5l com ar condicionado ligado na cidade. A sofrencia desse carro é a falta de desempenho do motor, não tem torque, parece carro 1.0 mesmo tendo 101cv na gasolina, na estrada o negócio piora, ou seja, é um carro para se andar bem de boa. Não espere desempenho desse motor 1.3.
Argo o melhor carro fabricado no mundo,os concorrentes ficam devendo tecnologia e satisfação para esse robusto carrão.
Vc esqueceram de sitar q a suspensão é muito barulhenta, bate muito, parece q está caindo tudo.
Mecanicamente falando o Fiat argo é o melhor porque o motor é de corrente de comando dispensando revisão de correia dentada.
Rapaz, tenho minhas duvidas quanto a durabilidade desses motores de três cilindros feitos de alumínio… independente de serem fiat, hyundai, chevrolet… a junta de cabeçote aquecer por qualquer motivo… vish!!.se bloco de ferro fundido já não aguenta trafegar muitos quilômetros num caso destes… quem dirá o alumínio, mesmo que forjado… o segundo dono dessas “modernidades” que preparem seus bolsos…
Bloco de alumínio não tem nada a ver com durabilidade. A BMW fez blocos de motor em alumínio das V8 (motores M60) em 1992 e só teve problemas por causa do enxofre no combustível (algo que não é problema hoje em dia) e ainda andam por aí sem problemas. Vamos ver como os motores 3 cilindros vão estar daqui a alguns anos mas esse medo por ser de alumínio é infundado.
Amigo, A questão é justamente essa, BMW é outro patamar de construção, muito superior, não podemos comparar com esses blocos três cilindros pé de boi atuais…. abraço.
Fiat tbm tem que avisar que é o primeiro carro mais roubado o step, que deixa de ser uns dos carros menos seguros, em 10 carros, 09 já foi roubado o step inclusive o meu
Rapaz, você mora ou anda por onde? Já tive inúmeros carros, 4 só da Fiat, inclusive um Idea Aventure que o pneu fica externo e nunca tive um até o rodado. Que viagem
Carro muito fraco, tenho um 2018 já troquei tudo do carro, só falta trocar o motor peças caras e difícil de encontrar e só tem 130.mil rodados, não vejo a hora de terminar de pagar pra trocar.
Eu já tive mais de vinte carros, sendo que mais ou menos, a metade de novos.
De tanto ler na internet sobre as qualidades da Fiat, adquiri um. Foi meu penúltimo carro e certamente o último Fiat.
Fiat nunca mais!
Rapaz, só se for o seu porque o meu anda super bem, canta pneu até em segunda marcha. Carro esperto, Boa arrancada, anda muito bem. O seu modelo acredito não deve ser o motor 3 cil, pois o motor Firefly é muito bom. Comprei o meu em junho 2019, ou seja, a dois anos, já Rossi quase 95 mil, e o carro continua super bem. Só utilizo etanol, faço 11.3 km/l e tirando as revisões, só troquei amortecedores e pneus. Restante do motor todo original.
Não vale a pena ter carro com esses preços altos. Ainda tem mais as despesas com combustível, Seguro, IPVA licenciamento, manutenção, multas, depreciação do carro, juros do financiamento etc etc etc…
Se botar tudo na ponta do lápis com toda a dinheirama gasta pra ter e manter um carro dá pra andar de Uber a vida inteira e sem estresse e preocupação.
E a segurança? Como fica?
Ele tem o sistema ASR, ou seja, controle de tração, só com isso já ganha alguns pontos. No último teste da Latin NCaP a versão comum recebeu 3 estrelas, isso que não tinha esse ASR.
Jesus , 73 conto?..eu adquiri o meu ao fim de maio ano passado, por menos de 48 mil a versão S-design, (que havia trocado pouco antes de faturaram o carro, pois iria pagar á vista) só alegrias com o carro, ar digital, direção elétrica, espelhos com seta e retrovisor elétrico, acabamento interno em preto…e outras parafernálias eletrônicas (comando voz, 2 usb, etc, mas é só frescura isso aí). Passado alguns meses fui a concessionária pegar o documento, qdo pra minha surpresa o mesmo carro que eu adquiri, porém versão Drive mais simples, estava acima de 54 mil ….PQP, fiquei pasmo e estarrecido o qto eles ganham com as crises, (o tb perdem, eu pelo menos ganhei)…é surreal os valores, por isso se for trocar de carro, se vier a calhar (especificamente nesse período de pandemias), pague a vista….
Cara foi o mesmo comigo meu argo está valendo 60 mil,eu paguei 52 mil com juros da financeira
E eu que comprei um hgt 2018, completissimo com todos os opcionais que que Fiat oferece para a versão hgt, exceto o s8debag dianteiro 0km em abril de 2019, paguei 63 mil reais (a vista) e meses depois o carro já estava beirando os 72 mil. Hoje, 2 anos e 3 meses depois o carro com os mesmos opcionais do meu, está beirando os 100 mil pica paus, já o meu 2018, está com apenas 18 mil kms e já está avaliado em 74 mil pica paus… estou super satisfeito com ele, embora a galera fale muito e aumente muito em relação a consumo…
70 Mil??? Tá de brincadeira aqui não é a suíça compro um Renegade 2017 por esse preço que é muito mais carro.
Estamos falando de hath e o cara vem falar de renegade, compra um posto de gasolina junto…pq de econômico não tem nada
Fui olhar o preço desse carro com motor 1.3 e está inacreditáveis 73 mil reais. Eu acho que só milionário vai comprar carro zero no Brasil.