Fiat Titano: 5 pontos positivos e 5 negativos da nova caminhonete
Caminhonete média chega na base do segmento com prós e contras em relação aos rivais como Toyota Hilux, Ford Ranger e Mitsubishi L200
Caminhonete média chega na base do segmento com prós e contras em relação aos rivais como Toyota Hilux, Ford Ranger e Mitsubishi L200
A categoria de picapes médias, que já era um vespeiro, ficou ainda mais acirrada. A chegada da nova Fiat Titano traz para o segmento de caminhonetes uma marca forte, com know-how picapeiro e custo-benefício agressivo.
Na prática, porém, ainda não se tem certeza de como se sairá a nova Titano. Aqui, adiantamos os pontos positivos que podem fazer a picape da marca italiana, que nasceu chinesa e é uma variante da Peugeot Landtrek montada em CKD no Uruguai, triunfar. Assim como aspectos negativos, que podem ditar o futuro do modelo.
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Começamos listando 5 pontos positivos da nova Fiat Titano
Sem dúvida, a nova Fiat Titano chega com pé na porta na base do mercado de caminhonetes médias. Já desde a opção de entrada Endurance, com câmbio manual e por R$ 219.990, o exemplar mira especialmente em vendas diretas e produtores rurais.
Neste aspecto, só é um pouco mais cara (exatos R$ 90) que a Mitsubishi L200 Triton Outdoor, que faz muito sucesso na área de compras governamentais. E segue a receita, com lista de equipamentos mais enxuta e sem firulas para atender a este modelo de negócio.
Só que o eficiente custo-benefício da nova Titano segue no restante da linha. A intermediária Volcano custa R$ 239.990 e se mostra mais bem equipada que as opções similares de Toyota Hilux e Chevrolet S10.
Mesmo a topo de linha Ranch, de R$ 259.990, com mais itens de série e badulaques como estribos e santantônio, tem tudo para atrair aquele consumidor picapeiro urbano.
Outro destaque da nova Fiat Titano é o volume da caçamba. No comprimento, o espaço tem 1,63 metro e outro 1,60 metro de largura. Além de uma altura de mais de 51 cm.
Com isso, o volume do compartimento de carga do modelo da Titano chega a 1.314 litros, um dos maiores da categoria. A capacidade de carga de 1.020 kg está dentro da média do segmento dos modelos cabine dupla.
Para início de conversa, são 520 concessionárias no Brasil e isso já faz uma diferença e tanto a favor da nova Titano. Sem contar a expertise da Fiat na categoria: 4 em cada 10 picapes vendidas no país são da marca italiana.
Além disso, a estreante chega com oferta de cinco anos de garantia e outros argumentos fortes de pós-venda. Segundo a Stellantis, dona da marca, a cesta de peças da nova Titano fica em R$ 114.484, 32% mais barata que a média da categoria.
As revisões também prometem não pregar sustos. As duas primeiras visitas à concessionária devem ter preços fixos na faixa dos R$ 1.800, cada. Condizente com os valores praticados por boa parte da concorrência.
A nova Titano é daquelas picapes boas de barro e terra. Com vão livre do solo de 23,5 cm, ângulo de ataque de 29 graus e ângulo de saída de 27 graus, a picape não tem medo de estrada ruim. Buracos, pedras, lama e alagamentos são superados sem dramas.
Tem mais: a capacidade de subida é de até 90% e promete até 60 cm de capacidade de imersão em trechos alagados. Não custa lembrar que toda a linha sai de fábrica com tração 4×4 e reduzida. Além de bloqueio do diferencial traseiro.
A posição de dirigir da Fiat Titano agrada, com volante com boa pegada e comandos que não exigem tantos contorcionismos por parte do motorista. Os bancos acomodam bem as costas e a configuração topo de linha Ranch oferece ajustes elétricos.
No banco traseiro, aquela posição mais ereta de dirigir típica das picapes médias. Mas o espaço para ombros é interessante e o assento recebe bem até três passageiros de estatura mediana – e não tão corpulentos como este que vos escreve.
Veja as primeiras impressões sobre a caminhonete da Fiat:
A nova caminhonete Fiat Titano tem alguns pontos que a colocam em desvantagem frente a rivais do segmento. Confira:
O desempenho da nova Titano nem é de todo ruim. Mas o câmbio automático de seis marchas depõe contra e os 180 cv do 2.2 turbodiesel configuram uma das menores potências do segmento – só supera as versões de entrada de Ford Ranger e Nissan Frontier.
O pouco entrosamento entre a transmissão automática e o motor 2.2 resultam em outro fato ruim da Titano: o consumo. As médias são pouco animadoras para um veículo diesel.
Segundo as médias aferidas para o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), a nova Titano automática consegue médias de até 8,5 km/l na cidade. Na estrada não melhora muito: 9,2 km/l. Com transmissão manual, fica em 9,6 km/l – tanto urbano como rodoviário.
Legal que a Fiat Titano saia de fábrica desde a versão de entrada com assistentes de descida e subidas, seis airbags, além dos obrigatórios controles de tração e estabilidade. Mas no que diz respeito aos dispositivos de auxílio à condução, a picape média deixa a desejar.
O único item elegível é um prosaico aviso de saída de faixa, e assim mesmo na opção mais cara da linha, a Ranch. Para uma picape deste preço e porte, merecia ao menos um controle de cruzeiro adaptativo e frenagem autônoma de emergência.
O sistema multimídia com tela de 10” é o mesmo da Peugeot Landtrek e bem menos rápido que as atuais centrais do Grupo Stellantis. A navegação é até intuitiva, mas o sistema tem respostas lentas e não oferece nem a possibilidade de conexão sem fio de Android Auto e Apple CarPlay, algo que modelos mais baratos, como Pulse e Toro, já dispõem.
É o calcanhar-de-aquiles da nova Titano. Apesar da robustez e do acerto de suspensão que a engenharia da Stellantis fez para o nosso mercado, a picape média é bastante desengonçada para os padrões atuais, mesmo comparando com a concorrência.
A cabine sacoleja demais nos buracos, a direção trepida em excesso e a carroceria entorta bem nas curvas. Boa parte de suas rivais melhorou bastante neste quesito e a nova Titano pede um ajuste melhor em uma futura atualização do modelo. Quem sabe uma produção de no Mercosul, de fato, não melhore esse aspecto?
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